“Este projecto tem tudo para ser uma referência no andebol da margem sul”

“Este projecto tem tudo para ser uma referência no andebol da margem sul”

“Este projecto tem tudo para ser uma referência no andebol da margem sul”

Tem infra estruturas, condições financeiras, condições materiais, bons atletas e, acima de tudo, pessoas que gostam muito do clube.

 

O trabalho que o Pinhal de Frades tem vindo a realizar no andebol culminou esta época com excelentes resultados tanto nos escalões de formação como a nível da equipa sénior que não subiu de divisão por apenas um golo.

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A equipa comandada por Filipe Rita terminou em segundo lugar com os mesmos pontos do primeiro classificado [Esfera Andebol] mas em desvantagem no confronto directo porque empatou em casa (30-30) e perdeu no pavilhão do adversário (18-17).

 

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Toda a gente é unânime ao dizer que foi uma época muito boa mas o treinador na entrevista que concedeu ao SETUBALENSE confessa que ficou com um sabor amargo porque faltou colocar a cereja no topo do bolo.

 

Que análise faz ao trabalho da equipa, esta época?

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Tivemos uma reunião muito recentemente para analisar aquilo que foi a época e todos tinham a mesma opinião, foi excelente. Eu também concordo mas para mim poderia ter sido fantástica se tivesse sido coroada com a subida de divisão, faltou colocar a cereja no topo do bolo. Uma equipa que faz 31 jogos oficiais, com 25 vitórias, 3 empates e 3 derrotas e não sobe de divisão por um golo, tem que sentir um sabor amargo. Empatámos em casa e perdemos por um golo no Pavilhão do Esfera, num jogo em que até tivemos bola para empatar.

 

Quer dizer que houve equilíbrio entre as duas equipas?

A grande diferença acabou por ser a falta de experiência do Pinhal de Frades, porque tem muita juventude e pouca maturidade que é fundamental nos momentos decisivos. Direi que não jogámos com as mesmas armas e passo a explicar porquê. Esta é a segunda época do Pinhal de Frades que o ano passado fez todo o campeonato apenas com um jogador sénior, com a minha chegada ao clube vieram três ou quatro mais experientes que se juntaram aos restantes. Quando digo que não jogámos com as mesmas armas, estou a referir-me ao facto de nós termos uma equipa em que 85% dos jogadores são da nossa formação enquanto o Esfera Andebol, por ser uma equipa com apenas um ano de existência e não ter formação, recrutou jogadores que passaram pelas camadas jovens do Benfica, Sporting e Belenenses, que lhe dão mais maturidade”.

 

Na Taça de Portugal foram eliminados na 3.ª eliminatória pelo Boa Hora, de uma divisão superior. Quer falar desse jogo?

Nos 60 minutos do jogo estivemos 59 minutos e 50 segundos à frente do marcador. A 50 segundos do fim estávamos a ganhar por dois golos mas deixámo-nos empatar, por manifesta falta de experiência que pesa bastante nestes momentos. Como se costuma dizer, encostámos o Boa Hora (que na época anterior tinha estado na 1.ª Divisão) às cordas, mas fomos eliminados depois no prolongamento.

 

Que opinião tem sobre este projecto do Pinhal de Frades?

Este projecto tem tudo para daqui a uns anos ser uma referência no andebol da margem sul, e até mesmo a nível nacional, porque tem infra estruturas, condições financeiras, condições materiais e, acima de tudo, pessoas que gostam muito do clube e que ambicionam torná-lo cada vez maior. Estas coisas levam o seu tempo mas eu acho que o Pinhal de Frades tem uma estrutura e uma capacidade que permitem chegar lá. Neste momento tem mais de 200 atletas inscritos na Federação, tem todos os escalões de formação e treinadores para todos, infra estruturas, material e boa capacidade de treino.

 

E tem obtido bons resultados na formação…

“É verdade. O projecto iniciado pelo Diogo Luís num ringue que havia no clube tem evoluído imenso e este ano aconteceu o corolário porque foi um dos 10 clubes que, a nível nacional, conseguiu colocar todas as equipas de competição em provas nacionais. Pinhal de Frades juntou-se assim a clubes de grandes tradições e muitos anos de Andebol, como é o caso do FC Porto, Águas Santas, Gaia, Desportivo da Póvoa, Lagoa, Almada, Benfica, Sporting e São Bernardo. Isto é o culminar de um grande trabalho feito na formação, liderado pelo Diogo Luís que é também treinador.

 

Há algo mais que queira acrescentar?

Dizer apenas que depois de 8, 9 ou 10 horas de trabalho temos por semana quatro dias de treino e jogo ao sábado, isto acarreta um grande esforço, é preciso um grande espírito de sacrifício, acreditar no projecto e ter muita resiliência para chegar onde chegámos esta época. Conseguimos meter o Pinhal de Frades no mapa do andebol nacional pela boa época que fizemos e isso deu-nos mais visibilidade.

 

Colocar o clube na 2.ª Divisão Nacional é o objectivo para a próxima época

 

Filipe Rita tem 33 anos e esta foi a sua 11.ª época de treinador. Como jogador começou na formação no Almada, depois entrou para a faculdade, em Educação Física, e como tinha mudado para o Ginásio do Sul foi-lhe feito um convite para agarrar um equipa de minis, juntamente com um amigo que depois saiu e deixou os meninos nas suas mãos, numa altura em que não tinha qualquer experiência como treinador.

Quatro anos depois recebeu um convite para trabalhar no Sporting, depois regressou ao Almada como treinador dos juniores, no ano em que surgiu o Covid.

Seguiu-se o Samora Correia, voltou ao Ginásio do Sul e depois surgiu o convite para ingressar no Pinhal de Frades, onde vai permanecer na próxima época com o objectivo de colocar o clube na 2.ª Divisão Nacional.

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