Edu Machado: “A equipa está sem confiança, mas existe alguma qualidade dentro do plantel”

Edu Machado: “A equipa está sem confiança, mas existe alguma qualidade dentro do plantel”

Edu Machado: “A equipa está sem confiança, mas existe alguma qualidade dentro do plantel”

O Botafogo Futebol Clube, de Cabanas, que se encontra num dos lugares do fundo da tabela, em zona de perigo, viu-se obrigado a contratar um novo treinador para ocupar o lugar deixado vago com a saída de João Gomes e a opção foi Edu Machado, de 43 anos, uma figura bem conhecida da região que na condição de treinador já orientou o Palmelense, Comércio Indústria e Lagameças.

Edu Machado reconhece que o trabalho que o espera não é fácil mas na entrevista que concedeu ao Setubalense mostra-se confiante em relação ao futuro. “Se não pensasse assim, nem teria aceite o convite do presidente”, disse a propósito.

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Depois de uma breve paragem está de volta ao activo e a um clube que representou como jogador. Qual foi a sua reacção quando recebeu o convite?

Foi com muita alegria e um enorme prazer que recebi o convite do Botafogo. Sempre foi um clube que gostei muito e sempre tive um enorme carinho e pela relação com as pessoas envolventes, que muitas ainda são do tempo em que lá joguei. É sempre bom voltar onde fomos felizes e sempre irei estar junto de quem me quer e acredita em mim e no meu trabalho.

Que lhe foi pedido para fazer neste seu regresso à actividade, agora como treinador do Botafogo?  

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Este clube é, e sempre foi, um clube especial. Já na altura em que joguei, aquilo que tu sentes nunca é uma pressão enorme ou uma obrigação desmedida em atingir metas ou objetivos. Mas, o factor sentimento e a forma como és tratado fazem com que tu próprio dês a vida por estas pessoas. Por toda a envolvência que te sabe receber e te trata como se fosses um deles, sentes-te “obrigado” a dignificar e retribuir tudo aquilo que recebes de quem lá trabalha diariamente. Objetivo para um clube como o Botafogo será sempre garantir a manutenção e lutar todos os jogos pelo vitória. Temos muita malta nova com vontade de dar o salto e aparecer e essa, foi sempre uma ideia clara daquilo que é o clube, dar oportunidade aos novos talentos e fazê-los crescer nesta nova etapa das suas carreiras desportivas.

Que análise faz ao comportamento da equipa nos três jogos que efectuou sob o seu comando?

É uma equipa que está sem confiança, mas é visível que existe alguma qualidade dentro do plantel, que neste momento é difícil de exteriorizar. É um plantel com muita malta jovem, alguns seniores de primeiro ano e outros também com pouca experiência ao nível sénior. Temos muito trabalho pela frente, temos que trabalhar muito e mais se queremos estar à altura dos nossos adversários, o campeonato é muito difícil com muita qualidade espalhada entre as equipas e teremos que nos apresentar a cada domingo com muito mais concentração e muito mais querer do que aquilo que temos vindo a apresentar até aqui. Nos últimos três jogos não conseguimos ser melhor que os adversários e os resultados são espelho disso.

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A paragem no campeonato deu mais tempo para trabalhar e implementar melhor as suas ideias. Concorda?

Embora a ideia e o espaço temporal faça com que isso seja verdade, na realidade é sempre um período difícil para trabalhar, relembro que estes jogadores não ganham um cêntimo para representar o Botafogo e temos que aceitar que nesta altura quer tu ganhes muito ou nada é sempre uma altura de estar com a família, de viagens e de aproveitar as “férias”. Contudo houve um compromisso enorme e creio que houve uma evolução enorme neste defeso.

A equipa está a atravessar uma acentuada crise de resultados e encontra-se numa zona de perigo. É da opinião que vai ultrapassar esta fase?

Se não pensasse assim, nem teria aceite o convite do presidente. Vai ser uma tarefa muito dura e complicada, sem dúvida, mas aquilo que queremos também é que sempre que os adversários joguem contra o Botafogo, também seja complicado e duro para eles. Vai ser um campeonato longo e super exigente, mas acredito muito nestes jogadores e se nos mantermos unidos, iremos alcançar o que nos propusemos a fazer.

Tendo em conta a situação dos clubes da região no Campeonato de Portugal é muito provável que venham a ser despromovidos mais clubes na 1.ª Divisão Distrital. Como prevê a luta pela fuga aos últimos lugares?

Vai ser uma “guerra” até ao final, tanto no CP como na distrital. Prevejo um grande equilíbrio tanto na parte superior da tabela como na parte inferior com 3/4 equipas a lutar pela subida e 6/7 equipas a tentarem fugir à despromoção. Quanto às equipas do CP vamos acreditar que vão dar a volta e conseguir os seus objetivos pois é sempre bom para o distrito e para os jogadores da zona ter equipas noutras divisões que não a distrital. Nós não temos que nos preocupar com isso, temos que trabalhar e lutar pelos 3 pontos de domingo a domingo, no final se farão as contas.

Desejos para o novo ano?

Sobretudo que se tenha muita saúde, porque sem isso nada do resto é possível. Espero de coração que o Botafogo e as suas gentes possam estar felizes e orgulhosos do seu clube e dos seus jogadores no fim do campeonato que colectivamente sejam atingidos todos os objetivos, para assim, retribuir a aposta feita em mim e na minha equipa técnica, estamos muito agradecidos.

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