Depois de ter em 2007/08 e de 2016 a 2018 representado o Vitória como jogador na I Liga, Edinho, de 41 anos, assumiu na temporada actual a função de director técnico dos sadinos no Campeonato de Portugal. Tal como sempre fez quando envergou a camisola verde e branca em campo, o ex-avançado alcançou novamente, desta vez fora das quatro linhas, o objectivo traçado, ajudando à subida à Liga 3.
Numa altura em que o clube aguarda o resultado do recurso apresentado ao Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) de forma a perceber se o licenciamento é aprovado, os responsáveis sadinos têm procurado passar a mensagem de que entregaram toda a documentação necessária, defendendo por isso que preenchem todos os requisitos exigidos.
Ao lado do presidente Carlos Silva, que se tem desdobrado em entrevistas nos órgãos de comunicação social para explicar o processo, tem estado Edinho, antigo internacional A por Portugal, que confia num veredicto favorável ao Vitória. “Acredito que estaremos na Liga 3, Queremos voltar ao sítio que merecemos e estamos a trabalhar para isso de forma tranquila, honesta e segura”.
Conhecedor do dossiê do licenciamento apresentado, o director técnico não tem dúvidas que, havendo justiça, o clube estará em 2024/25 a competir no terceiro escalão do futebol nacional, patamar que atingiu por direito próprio. “Só queremos que sejam justos com quem todos os dias luta para que o Vitória seja um clube credível que continua a ser conhecido pelo clube centenário”.
O ex-jogador, que esteve sentado ao lado do presidente quando ambos falaram a O SETUBALENSE, reiterou as afirmações do líder dos vitorianos. “Todos lutam para que o clube chegue ao lugar que merece. O Vitória tem a sua situação regularizada, está estável, respira saúde e uma ambição tremenda em provar que merece estar onde conseguiu chegar dentro do campo: na Liga 3. A falta de respeito para com esta instituição tem de acabar”, disse.
De forma a transmitir a realidade do clube, Edinho não hesitou em fazer a comparação da actualidade com os períodos em que foi atleta. “Vivi momentos de sucesso no Vitória que eram acompanhados por muita instabilidade. O Sindicato vinha ao Bonfim regularmente, havia salários em atraso. Nos últimos anos, o Sindicato não entrou no Vitória. Graças às pessoas que aqui estão tornou-se um clube cumpridor”.
Por último, o director técnico não tem dúvidas de que as notícias que dão conta da incerteza em torno do futuro do clube fizeram mossa no plantel na final do Campeonato de Portugal, que os sadinos perderam (3-0) com o Amarante na final do Jamor, a 10 de Junho. “Procurámos que isso não acontecesse, mas a verdade é que afectou os jogadores animicamente. As notícias de insolvência levou a que os jogadores não mudassem o ‘chip’”.