22 Julho 2024, Segunda-feira

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“É preciso uma reestruturação em que se tem praticamente de começar do zero”

“É preciso uma reestruturação em que se tem praticamente de começar do zero”

“É preciso uma reestruturação em que se tem praticamente de começar do zero”

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“O Vitória continua vivo e fará este ano 113 anos quando tudo dizia que ia morrer com 110”, vincou dirigente

 

Acompanhado por alguns dos elementos que compõem a sua lista, A, actual presidente da direcção do Vitória, formalizou ontem ao final da manhã a sua candidatura às eleições de 26 de Março para os órgãos sociais do clube no triénio 2023-2025. Depois de ter assumido a presidência dos sadinos, em Dezembro de 2020, o jurista, de 64 anos, é o primeiro a apresentar-se à corrida ao acto eleitoral, cuja data limite para entrega de listas termina este domingo.

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No Estádio do Bonfim, pouco depois de ter entregado a lista na Gestão de Sócios, o candidato explicou a O SETUBALENSE as razões que o levaram à recandidatar-se. “Vim para o Vitória para servi-lo e continuo a fazê-lo. Conseguimos estabilizar e salvar o Vitória. Agora é o momento de lhe dar outra organização. É preciso uma reestruturação em que se tem, praticamente, de começar do zero. O meu trabalho ficará mais completo se conseguir fazer essa reestruturação”.

 

 

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Carlos Silva explicou que a decisão foi tomada após reflexão, tal como tinha acontecido quando assumiu funções há mais de dois anos. “Tive muito que ponderar porque foi um desgaste tremendo. Não foi fácil porque aceitámos liderar o Vitória num momento muito complicado, com um passivo de 62 milhões de euros”, lembrou, vincando o papel desempenhado pelo investidor Hugo Pinto. “Não posso esquecer e deixar uma palavra de apreço ao Hugo Pinto, que acreditou em mim e veio comigo para o Vitória”.

O dirigente confessa-se orgulhoso por não ter deixado o Vitória morrer, combatendo o que muitos vaticinaram. “Senti desde o primeiro momento que tinha de tentar salvar o Vitória, contrariamente à ideia que circulava de que o Vitória estava morto. Não me revia nisso e procurei contrariá-lo. Por isso, em 2020, decidi candidatar-me ao Vitória. Consegui que o Vitória não morresse e este é um facto que não pode ser negado por ninguém. O Vitória continua vivo e fará este ano 113 anos quando tudo dizia que ia morrer com 110”.

Questionado sobre as prioridades do próximo mandato, caso seja eleito, o líder dos sadinos frisa a necessidade de reestruturar o clube. “Pela dimensão que tem o Vitória tem de ter uma reestruturação de base. Não quero ainda pormenorizar muito, mas entendemos que tem de ser ao nível dos recursos humanos e infra-estruturas. O Vitória esteve parado no tempo e tem muita coisa para fazer de modo a criar outras condições”.

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Instado a levantar a ponta do véu sobre o que têm planeado, refere. “Na Várzea muita coisa já foi feita mas há ainda mais por fazer, reforçar a aposta na Formação, que é o futuro do clube é um objectivo primordial”. Sobre o futebol, Carlos Silva é peremptório. “Os nossos objectivos do futebol mantêm-se: o Vitória tem de estar no lugar que é seu por direito, mas, para lá chegar, tem de se organizar. É isso que me proponho fazer no triénio que aí vem”.

Ainda sobre a equipa principal de futebol, que vai na presente época lutar para se manter na Liga 3, o presidente lembra que as eleições são para o clube e não para a SAD, que gere o futebol a partir do escalão de sub-16. “Tratam-se de eleições para o clube e não para a SAD, razão pela qual as coisas devem ser separadas. O poder do futebol está com a SAD, apesar de o clube ter a sua representatividade no órgão. Em defesa do clube na administração da SAD posso garantir que os interesses do Vitória serão sempre salvaguardados”.

 

“Se fosse pelo investimento que foi feito, Vitória estaria a lutar para subir à 2.ª Liga”

 

Não obstante o momento actual da equipa principal, Carlos Silva assegura “que o Vitória vai sempre lutar pelos seus objectivos”, afirma, desmentindo a ideia dos que dizem que não foi feito um investimento na equipa que compete na Liga 3. “Se fosse pelo investimento que foi feito, o Vitória estaria a lutar para subir à 2.ª Liga. Ao contrário do que alguns dizem, houve um forte investimento no futebol para subir de divisão. Acontece que o futebol não é uma ciência exacta, por esse motivo, infelizmente, não conseguiu os seus objectivos”.

Questionado por O SETUBALENSE se espera ter adversário nas eleições de 26 de Março ou ser candidato único, como sucedeu nas eleições de Dezembro de 2020, o dirigente mostra-se cauteloso. “Pelo que se ouve, é expectável que surjam outras listas. Vamos aguardar para ver se se confirmam ou não. Não me vou pronunciar, enquanto não forem formalizadas outras candidaturas”.

Na hora de caracterizar a sua lista, que tem como mandatário Francisco Alves Rito, Carlos Silva, que pretende manter-se à frente da Direcção, explica que foram feitas “algumas alterações de forma a reforçar os órgãos sociais”, que mantêm o advogado David Mestre Leonardo como candidato a presidente da Mesa da Assembleia Geral. No Conselho Fiscal e Disciplinar, João Lopes, actual líder do órgão, também volta a ser candidato.

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