“É muito importante olhar para a formação e perceber que mesmo nesta divisão há talento”

“É muito importante olhar para a formação e perceber que mesmo nesta divisão há talento”

“É muito importante olhar para a formação e perceber que mesmo nesta divisão há talento”

Ricardo Diogo, treinador dos sub-19 do Vitória, confessa-se-orgulhoso do trabalho realizado pelo plantel que no passado fim-de-semana, após vencer (2-0) na casa do Lusitano de Évora, assegurou o segundo lugar na série E da II Divisão Nacional e a consequente presença no lote de equipas que vai discutir a fase de subida ao primeiro escalão de juniores do futebol nacional.

No entanto, o técnico salienta que há outros aspectos que devem também ser enaltecidos por reflectirem o trabalho que o departamento de Formação do clube tem vindo a desenvolver, contribuído para a chamada de jovens atletas sub-19 à equipa principal, entre eles o médio ofensivo Martim Seca e o avançado Tiago Miguel que apontaram os golos do triunfo diante dos alentejanos.

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Além dos dois atletas de 18 anos, também o médio Berna, de 17 anos, já se estreou em 2024/25 com a camisola verde e branca na 2.ª divisão distrital da AF Setúbal. Questionado por O SETUBALENSE sobre de que forma vê a chamada de jovens da sua equipa à equipa comandada por Paulo Martins, Ricardo Diogo é peremptório. “Vejo com naturalidade porque são atletas do Vitória e todos os anos existem jogadores a participar nos treinos e jogos dos nossos seniores. Ao longo dos anos, temos jogadores que se tornam profissionais passando pelos nossos escalões de formação. Acho que é muito importante olhar para a formação e perceber que  mesmo nesta divisão há talento”, vinca.

Em relação a Martim Seca, Tiago Miguel e Berna, o jovem treinador, de 31 anos, recorda o percurso diferentes que tiveram no Vitória. “O Martim Seca é um jogador da nossa formação que está há muitos anos no clube [cumpre a sétima época no Bonfim]. Sabemos que é um extremo que já foi Internacional e tem margem para continuar a evoluir e que nos pode dar alguma irreverencia no ultimo terço do campo”.

No caso de Berna a situação é “um bocadinho diferente”, refere. “Fomos buscar o Berna [ao Fabril] que é um atleta com características especiais. Sabíamos que poderia passar ao patamar seguinte porque sempre se viu que tinha algo de diferente mas não era palpável. Falámos e percebemos que poderia ser o momento de desvanecer as dúvidas que pudessem existir”, explicou.

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Sobre Tiago Miguell, o treinador dos sub-19 começa por lembra que era um jogador que já fazia parte do grupo do ano passado, apesar de actuar noutra posição. “Falámos  e tentei convencê-lo a jogar numa nova posição. Ele concordou, eu ouviu-o e percebi aquilo que ele também gostava de dar ao jogo. Tentámos e parece que foi um casamento feliz. A posição que ele está neste momento a desempenhar neste grupo está a fazer toda a diferença”.

O facto de ser o melhor marcador da equipa, com nove golos em 17 partidas nos sub-19, chamou a atenção e contribuiu para a chamada de Tiago Miguel à equipa principal. “O seu desempenho faz com que se abram portas que possa mostrar”, disse, sublinhando que o trio de atletas é júnior de primeiro ano. “Têm qualidade e são líderes dentro do grupo”.

Vão aparecer mais jogadores

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Em relação aos demais elementos que compõem o plantel, Ricardo Diogo vaticina que existem mais atletas de qualidade que vão seguramente despontar e ter a sua oportunidade. “Também temos aqui outros jogadores que com o decorrer da época certamente vão aparecer e vão ser vistos de uma outra forma”. E acrescenta: “em anos anteriores houve atletas a chegar a campeonatos profissionais e este não é excepção. Há qualidade e talento para poder integrar e equipa principal. O facto de a nossa equipa não estar num patamar tão alto poderá abrir  portas a mais jogadores da formação e pode-se tirar dividendos mais à frente”.

“O nosso objectivo é representar o Vitória de uma forma digna e também fazer com que os jogadores evoluam e possam fazer parte de grandes projectos dentro e fora do Vitória. Temos alguns casos recentes, há jogadores que são vendidos internacionalmente que passaram pelas nossas equipas de formação. Tentamos potenciar ao máximo para que os nossos jogadores sejam vistos. Não nos podemos esquecer que trabalhamos para um histórico do futebol português”.

Instado a revelar os aspectos que gostaria de melhorar, Ricardo Diogo é categórico. “No grupo não mudava nada. O plantel era reduzido e foi feito em pouco tempo. Uma semana antes começarmos a nossa pré-época, tivemos de começar com muitos jogadores em observação. Estamos a mudar aos poucos, a acrescentar, e isso está a fazer a diferença para o grupo ser mais competitivo”.

“As grandes mudanças que fazia não têm que ver com  os nossos jogadores, mas sim com as infra-estruturas do clube. É do conhecimento público de que há carências. Competimos com realidades totalmente diferentes, quer seja neste escalão ou qualquer outra competição nacional. Esse facto só nos dá mais força para sermos melhores e com o pouco fazer muito. Esse é também o ADN do Vitória”.

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