O Vitória FC vai agendar eleições para para dia 27 de Novembro devido à renúncia da direção presidida por Carlos Silva por falta de quórum, revelou David Mestre Leonardo, presidente da mesa da assembleia geral (MAG) do clube. A decisão foi anunciada pelo dirigente após a conclusão da sessão que reuniu na noite de sexta-feira, no pavilhão Antoine Velge, cerca de 300 associados do emblema sadino.
“A direcção caiu por renúncia da maioria dos seus membros. Dos 11 que a compunham inicialmente, ficaram três. O presidente Carlos Silva reconheceu que, com tanta gente a entrar por cooptação, a própria legitimidade desta direção ia ficar posta em causa e, por isso, achou que tinha de se conformar com a queda automática da direção”, explicou o líder da MAG.
Com a demissão, David Leonardo confirmou à Lusa que a MAG vai agora proceder ao agendamento do ato eleitoral para que os sócios possam apresentar as candidaturas para dirigir os destinos do clube. “Irei marcar de imediato eleições para que as pessoas se apresentam ao sufrágio de 27 de Novembro. A nossa esperança é que surja alguém que tenha alternativas ou pegue no projeto que o presidente cessante estava a abraçar e que garantia a salvação do Vitória”.
No final da assembleia geral, Carlos Silva, que liderava a direção desde Dezembro de 2020, não escondeu tristeza pelo momento e confessa não pensar numa recandidatura ao cargo para que tinha sido reeleito a 26 de Março de 2023. “Saio muito magoado. Não pelo Vitória, porque a instituição não merece mágoa, mas por muita gente que se diz adepta do clube, mas claramente não o é. Dificilmente me vou recandidatar. No entanto, estarei disponível para colaborar com alguém da minha confiança que possa forma uma lista e concorrer às eleições do Vitória”, afirmou o presidente quem em março de 2023 tinha sido reeleito para o mandato 2023-2025.
Refira-se que estava prevista na ordem de trabalhos da AG, que ficou marcado por alguns momentos de tensão entre os sócios, a “apresentação e discussão do projeto imobiliário para os terrenos do Complexo Desportivo do Bonfim e a deliberação sobre a alienação de bens imóveis que integram o património do clube”, pontos que não chegaram a ser abordados.