Diogo Salgueiro: “O nosso melhor ‘jogador’ foi o espírito de grupo”

Diogo Salgueiro: “O nosso melhor ‘jogador’ foi o espírito de grupo”

Diogo Salgueiro: “O nosso melhor ‘jogador’ foi o espírito de grupo”

Treinador dos sub-15 do Vitória FC sublinha valorização individual e confiança no futuro dos jovens formados no clube

Depois do 7.º lugar na primeira fase do Campeonato Nacional de Sub-15, o Vitória concluiu a fase de manutenção na 2.ª posição. Que balanço faz da época 2024/25?

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Foi uma época muito positiva, na medida em que atingimos os objetivos a que nos propusemos. Alcançámos os resultados desportivos desejados e aliado a isso promovemos o crescimento individual e coletivo da equipa.

O desfecho correspondeu ao que perspetivaram no início da temporada ou esperavam ter ido mais além?

A época decorreu de acordo com o que prevíamos. A primeira fase contava com equipas de grande qualidade e sabíamos que íamos competir com clubes que, estruturalmente, tinham outros argumentos. Por isso, o nosso principal foco foi preparar a equipa para garantir a manutenção o mais rapidamente possível.

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Na segunda volta da 2.ª fase, a equipa terminou invicta (sete vitórias e dois empates). Como explica esse excelente desempenho final?

É verdade que terminámos muito bem, mas importa referir que, nos últimos 14 jogos, perdemos apenas um (em casa, frente ao Famalicão). Este desempenho prova que os bons resultados não se deveram a fatores momentâneos, mas sim a um processo de crescimento sustentado e consistente ao longo da época.

O Vitória terminou a série C (2ª Fase – Manutenção) com o melhor ataque (31 golos). Esse foi o ponto forte da equipa?

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Essa é a identidade do Vitória e da nossa equipa técnica: privilegiar um futebol coletivo ofensivo de posse, domínio dos espaços do campo, valorização do jogador e foco na baliza adversária. Procurámos sempre jogar de acordo com essas premissas, até pelas características dos atletas. No entanto, para nós, o verdadeiro ponto forte da equipa foi a capacidade de trabalho e união do grupo.

Qual foi o melhor momento vivido na época 2024/25?

Houve vários momentos marcantes, como os jogos realizados no Estádio do Bonfim, mas destacaria o triunfo na casa do Boavista como um marco muito importante no nosso percurso.

E o mais difícil?

O mais complicado foi quando soubemos que o João Gil, num lance da 2.ª jornada, tinha sofrido uma lesão grave (rotura do LCA e menisco), que o obrigou a ser operado. Só agora está prestes a receber alta médica.

Se pudesse mudar alguma coisa, o que seria?

No final de uma época, é fácil identificar momentos ou decisões que não correram como idealizávamos. No entanto, tudo o que foi feito foi pensado e planeado com detalhe. Os erros fazem parte do nosso crescimento enquanto treinador e equipa técnica, e o importante é aprender com eles.

Quais os jogadores que mais se destacaram no plantel Sub-15?

É-me difícil destacar individualidades quando o espírito de grupo foi, claramente, o nosso melhor ‘jogador’. Tivemos muitos atletas com momentos muito positivos e, nesta fase de desenvolvimento do atleta, é natural que haja variações nos momentos de forma. Gostaria também de salientar o número elevado de atletas Sub-14 que integraram regularmente os treinos e convocatórias.

Como vê a valorização dos jovens jogadores que teve à sua disposição?

Com naturalidade. O ADN do Vitória é formar e vencer, e é mais fácil os atletas acreditarem no processo quando se obtêm bons resultados. Isso também contribui para a valorização individual. Um exemplo disso foi a pré-convocatória de um dos nossos atletas para representar a seleção nacional num torneio em Timor-Leste.

Acredita que alguns destes jogadores podem afirmar-se nos Sub-17?

Tenho a certeza disso. Já há um grupo que vai iniciar a pré-época com os Sub-17, e acredito que, ao longo da época, outros terão também essa oportunidade.

A saída de jogadores para projetos mais ambiciosos deixa um sabor agridoce ou é motivo de orgulho?

O Vitória deve continuar a ser um clube capaz de reter e potenciar o talento. No entanto, quando os jogadores partem para contextos mais ambiciosos, devemos sentir orgulho. A nossa principal missão é formar homens e atletas.

Já sabe qual será o seu futuro? O clube já falou consigo?

Sim, já tenho o futuro definido. Existiu a possibilidade de permanecer no clube mas irei em busca de um novo desafio, que só é possível graças a tudo o que o Vitória e a sua estrutura me proporcionou nos últimos anos.

Tem 32 anos. Se a decisão dependesse apenas de si, o que gostaria que acontecesse?

Quero, acima de tudo, continuar a crescer e evoluir como treinador. Procuro estar em contextos que me desafiem e me permitam desenvolver, com o objectivo de trabalhar profissionalmente no futebol. Sinto que o próximo passo que irei dar está sustentado e em linha com essa ambição.

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