Dias que antecedem final do Jamor manchados por possível chumbo à participação na Liga 3

Dias que antecedem final do Jamor manchados por possível chumbo à participação na Liga 3

Dias que antecedem final do Jamor manchados por possível chumbo à participação na Liga 3

Cerca de 48 horas depois de o Vitória ter assegurado o 1.º lugar da série 2 da fase de subida do Campeonato de Portugal, posição que lhe permite a 10 de Junho (segunda-feira, 16:00 horas) discutir com o Amarante a final da prova no Estádio Nacional, os adeptos sadinos foram confrontados com a notícia de que o clube poderá, em 2024/25, não participar na próxima edição da Liga 3.
Em causa, segundo notícia veiculada pelo jornal A Bola, estão “questões de secretaria que impedem o cumprimento dos requisitos financeiros necessários para participar na competição”. A direcção vitoriana, que foi, tal como os restantes clubes, notificada a 31 de Maio da decisão da Comissão de Licenciamento da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), recorreu da decisão e só a 20 de Junho, dia em que é publicada a listagem de clubes licenciados para as competições FPF 2024/25, saberá qual o veredicto.
O SETUBALENSE sabe que o clube planeia realizar esta semana uma conferência de imprensa em que irá explicar o momento actual. O que é ponto assente para os dirigentes setubalenses é o facto de o objectivo e o “timing” da notícia veiculada terem o propósito de desestabilizar num momento importante, disse ao nosso jornal Eugénio da Fonseca, presidente do Conselho Vitoriano.
“Vejo o momento actual com grande preocupação e precipitação da parte de quem torna públicas estas notícias, uma vez que o dossiê nem sequer está finalizado. A direcção do Vitória recorreu e tudo depende do resultado do recurso. Os advogados estão a acompanhar a situação. Foi prematuro e até contribuiu para a desestabilização do próprio clube”, disse, afirmando que “há quem esteja interessado em que o Vitória desapareça”.
Segundo os regulamentos da FPF, caso a inscrição dos sadinos não seja homologada, o principal beneficiado será o U. Santarém, equipa que terminou a série 2 do Campeonato de Portugal na 3.ª posição. Curiosamente, os ribatejanos têm nas últimas semanas, já depois de terem protestado o jogo em que as equipas empataram (0-0) e valeu aos sadinos a promoção, acusado o Vitória de estar em incumprimento.
Pedro Patrício, presidente do U. Santarém, disse em entrevista ao jornal O Mirante, publicada a 29 de Maio, que o Vitória compete “com armas desiguais”. “Pagamos a tempo e horas a jogadores, treinadores, ‘staff’, fornecedores e obrigações ao Estado. Como é público, no dia 2 de Maio, o Vitoria Futebol Clube SAD foi declarado insolvente. A lista provisória de credores é superior a 26 milhões de euros, incluindo, pelo menos, dívidas à Autoridade Tributária (AT), Segurança Social (SS) e clubes. Como tal, aguardamos o cumprimento dos regulamentos por parte da FPF”, lê-se no comunicado distribuído pelo dirigente à comunicação social.
O SETUBALENSE teve acesso ao texto que o Vitória enviou à publicação para exercer o direito de resposta às acusações de Pedro Patrício. “Mais uma vez o presidente da União de Santarém vem atacar o Vitória de forma infundada e caluniosa. As suas palavras demonstram uma total falta de conhecimento sobre a realidade do nosso clube e um lamentável recurso a falácias e mentiras para tentar denegrir a imagem de um clube histórico e incomparável com o dele”.
Na resposta assinada pela SAD vitoriana, o clube apresenta números que desmentem o incumprimento. “O Vitória, apesar da sua situação de insolvência, que partilha com outras equipas em Portugal, é um clube cumpridor das suas obrigações. Nos últimos 21 meses, pagámos cerca de 10 milhões de euros, leu bem, Sr. Presidente da União de Santarém, 10 milhões de euros, aos credores que refere (SS, AT e restantes) um valor que o Sr. e a sua União nunca pagarão durante toda a sua existência e mais lhe dizemos que as contribuições e impostos mensais, desde 2018, para aquelas duas instituições, estão regularizadas e em dia”.
E acrescentam: “É lamentável que recorra a métodos ardilosos para tentar justificar os seus próprios fracassos desportivos. O Vitória é um Clube ‘enorme’ com uma história gloriosa e uma imensa base de adeptos fiéis. Somos um Clube que se orgulha de competir com ‘fair-play’ e de sempre defender os valores do desporto. As suas tentativas de nos denegrir não nos demoverão do nosso compromisso em construir um futuro melhor para o Vitória. Sugerimos que se preocupe em gerir o seu próprio Clube da melhor forma possível, em vez de perder tempo a atacar os seus rivais. O desporto deve ser um espaço de união e ‘fair-play’, e não de discórdia e calúnia. Não vale tudo para tenta ganhar na secretaria o que não se consegue em campo. Não vale tudo para tentar influenciar”.


Bilhetes para o Jamor à venda a partir de hoje

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Entretanto, os bilhetes para a final do Campeonato de Portugal, entre o Vitória FC e o Amarante, a realizar na segunda-feira, vão estar à venda a partir de hoje, no Estádio do Bonfim. Além disso, os ingressos também estarão disponíveis na bilheteira do Estádio Nacional a 9 (10:00 às 19:00 horas) e 10 de Junho (10:00 às 17:00). Os bilhetes têm um custo de 6€ (Categoria 1 – Bancada Central) e 4€ (Categoria 2 – Bancada lateral e topo), informa a FPF.
Refira-se que O SETUBALENSE vai na sexta-feira, no último jornal que publica antes da final do Campeonato de Portugal, dedicar parte da sua edição à presença do Vitória no mítico palco do Jamor, recinto em que vai defrontar o Amarante. Além de vários conteúdos relacionados com a partida que marca o regresso do Vitória ao estádio onde ergueu três Taças de Portugal, o seu jornal trará um cartaz A3 que servirá para apoiar o clube nas bancadas do Estádio Nacional.

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