“Descida de divisão provocou um sentimento de profunda tristeza, foi um pesadelo”

“Descida de divisão provocou um sentimento de profunda tristeza, foi um pesadelo”

“Descida de divisão provocou um sentimento de profunda tristeza, foi um pesadelo”

Na próxima temporada o plantel do GD Sesimbra vai sofrer profundas alterações com o objectivo de regressar ao patamar mais alto do futebol setubalense.

 

 

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O Grupo Desportivo de Sesimbra está a passar por um dos momentos mais negros da sua história no que ao futebol diz respeito porque caiu de forma surpreendente na 2.ª Divisão Distrital, coisa que nunca antes tinha acontecido.

 

Razões para que isto tivesse acontecido houve certamente algumas, foi isso que procurámos saber junto do presidente da direcção, Sebastião Patrício.

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Como presidente do GD Sesimbra, como viu e sentiu a descida de divisão da equipa de futebol sénior?

A descida de divisão da equipa de sénior futebol foi um sentimento de profunda tristeza, um pesadelo e um sentimento de difícil explicação, numa época em que o objectivo seria a realização de um trajecto tranquilo, mas o desporto tem destas situações, para a qual teremos que tirar as devidas ilações e efectuar uma profunda reflexão, e uma análise bastante detalhada e cuidada, sobre todos os factores que levaram a uma situação impensável num clube histórico e com história no futebol português. Com serenidade, mas também com enorme paixão por este grande clube, vamos como referi, reflectir sobre todo o processo que envolveu a época de 2022/23.

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Em sua opinião quais foram as principais razões para o insucesso?

Foram várias as razões que culminaram com este desfecho. Sabendo quais foram, teremos que ter a capacidade de não as repetir. É muito injusto as avaliações ao desempenho de quem decide, temos todos a consciência de tudo termos feito para que nada faltasse aos atletas e a toda a estrutura da equipa de futebol sénior. Já agora aproveito para dizer que nada faltou também às outras modalidades em actividade. Mas, por vezes somos surpreendidos por decisões e atitudes que o GD Sesimbra e os seus dirigentes não mereciam. Assim, as decisões que forem tomadas têm que ter sempre em atenção os motivos e foram vários que levaram, como já referi, a um resultado final inesperado e totalmente desajustado da realidade desportiva que vivemos.

 

A contratação de Élio Santos não terá sido feita tarde demais?  

A contratação de Élio Santos foi feita num tempo em que tínhamos que alterar, face a decisões tomadas por outros que não as deveriam ter tomado e que muito lamentamos, pela falta de respeito ao Grupo Desportivo de Sesimbra, mas que registamos para memória futura. Por isso, temos que estar gratos ao treinador Élio Santos por ter aceite um desafio, muito desafiante, sabendo de antemão que era tudo muito complicado.

 

E agora como vai ser. A nova época já está a ser planeada?

Depois de algum tempo de reflexão, estamos a preparar com cuidado um plantel e uma equipa para subir de divisão. Teremos que nos assumir como candidatos, somos um clube histórico que merece ter lugar em outros patamares e não neste para que fomos relegados dentro das quatro linhas, sem deixar de assumir também as nossas responsabilidades, mas quem decide está sujeito a tudo. Queremos um plantel com  jogadores que nos dêem total garantia de compromisso, seremos irredutíveis nesta vertente, jogadores que sintam o clube, que sejam de uma aplicação e de uma determinação a todos os níveis decisivos para o sucesso que queremos na próxima época.

 

Prevêem-se muitas mudanças?

Sim, o plantel vai sofrer profundas alterações. Tudo iremos fazer para que jogadores formados localmente e de preferência formados e, ou, com passagens pelo Grupo Desportivo de Sesimbra, possam vir a integrar o plantel da próxima época, mas com o dever de um compromisso sério e exigente a serem decisivos para a respectiva contratação e integração no plantel. Logicamente que a formação com qualidade que fazemos no futebol jovem vai ser levada em linha de conta pela Direcção e equipa técnica. Será perfeitamente normal o facto de jogadores que integraram o plantel da presente época continuarem connosco, mas para isso também é necessário que os atletas efectuem uma análise individual ao que se passou ao longo das competições oficiais da AF Setúbal em 2022/23, não basta um lamento, e foram muitos. É necessário sim um esforço para que em conjunto, possamos a partir do momento do assumir do novo compromisso, ficarmos comprometidos com o projecto da “subida de divisão” em 2023/2024.

 

A subida de divisão vai ser mesmo o objectivo?

Sem dúvida nenhuma, será esse o principal objectivo. Sabemos que não vamos jogar sozinhos e que vamos defrontar emblemas prestigiados mas só com compromisso, e a rumarmos todos para o mesmo lado, podemos chegar em festa em Maio/Junho de 2024. É para isso que estamos a trabalhar, com muita atenção e de forma cuidada, tentando errar o menos possível.

 

Há algo mais que queira dizer?

Queremos pedir desculpa aos sócios pela descida de divisão. Podem estar cientes que tudo fizemos, e a Direcção tudo fez, para que nada faltasse a toda a estrutura, mas por vezes somos impotentes para coisas que não controlamos e para as quais fomos surpreendidos. Assumimos sim,  de forma clara, que não vamos repetir os erros cometidos, mas o desporto e o futebol de forma particular tem momentos e “vidas” difíceis de controlar. Peço que acreditem no nosso trabalho, acreditem naquilo que foi feito pela grandeza deste grande clube. Só com o apoio de todos os nossos adeptos e simpatizantes podemos arranjar forças para repor “já” o nosso clube no lugar de onde nunca devia ter saído. Somos Sesimbra e convosco seremos muito mais fortes.

 

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