Sadino João Marques ficou perto do empate aos 90 minutos, momento em que acertou no ferro da baliza contrária.
O Vitória Futebol Clube foi esta quarta-feira afastado da Taça de Portugal ao ser derrotado, no Estádio do Bonfim, por 0-1, pelo Académico de Viseu, da II Liga. Apesar da réplica que deram no jogo, os sadinos não conseguira evitar a queda na competição na partida de estreia, a contar para a segunda eliminatória da prova rainha. Paul Ayongo, aos cinco minutos, foi o autor do golo que deu a passagem aos beirões à próxima fase da prova, onde vão agora defrontar o Montalegre.
A jogar frente a um adversário de um escalão superior ao Campeonato de Portugal, os sadinos sentiram muitas dificuldades em suster a boa entrada do adversário. Logo aos dois minutos, o guarda-redes João Valido foi posto à prova num remate de Yuri Nascimento, que quase inaugurou o marcador para os forasteiros.
Depois do aviso, o emblema da II Liga não tardou a fazer a festa, aproveitando as facilidades concedidas pela defesa vitoriana. Aos cinco minutos, o avançado ganês Paul Ayongo finalizou uma jogada rápida de ataque ao rematar cruzado, desta vez não dando colocando a bola fora do alcance do guardião sadino.
A perder por 1-0, os comandados de Alexandre Santana conseguiram travar o ímpeto do Académico, que, moralizado pelo triunfo obtido no sábado no campeonato diante do Benfica B, viu o Vitória ameaçar a sua baliza, aos 17 minutos, momento em que Mathiola, no interior da área, não conseguiu emendar depois de uma boa assistência de um colega.
Num estádio vazio devido à pandemia de Covid-19, gritou-se golo no banco de suplentes do Vitória, aos 24 minutos, mas a jogada foi anulada. O árbitro, indiferente aos protestos vitorianos, entendeu que o lance em que a Kamo-Kamo introduziu bola na baliza é precedido de falta atacante.
O médio Mathiola, que tinha sido o autor do golo do triunfo (0-1) do Vitória diante do Moncarapachense (partida da terceira jornada da série H do Campeonato de Portugal), foi o mais inconformado dos sadinos junto da área contrária. Aos 27 minutos, o brasileiro disparou uma ‘bomba’ de fora da área que só não deu golo e o respectivo empate devido a uma excelente intervenção do guarda-redes Ricardo Fernandes.
Na baliza contrária, volvidos dois minutos, assistiu-se a uma intervenção ainda mais extraordinária e com um grau de dificuldade superior. André Carvalhas cobrou um livre directo a cerca de 25 metros da baliza de João Valido, jovem guarda-redes de 20 anos que voou para evitar que a bola entrasse junto do ângulo superior direito da baliza dos setubalenses.
Antes do árbitro João Pinto, da Associação de Futebol de Lisboa, apitar para o intervalo, há a destacar mais uma jogada de perigo, desta vez protagonizada pelo ataque vitoriano. Aos 35 minutos, o médio Bruno Ventura, que tinha sido o autor do golo que deu no sábado a igualdade (1-1) na recepção ao Esperança de Lagos, errou o alvo num remate do ‘meio da rua’.
Depois do reatamento, o Vitória entrou mais dinâmico e veloz nas transições ofensivas, acercando-se da área contrária e dando indícios de poder criar maior perigo junto da baliza de fendida por Ricardo Fernandes. Depois das dificuldades que sentiu nos primeiros 10 minutos do segundo tempo, o Académico de Viseu resistiu e começou novamente a ter o ascendente no encontro.
Apesar da reação, dos beirões, o Vitória não deixava de visar a baliza do adversário sempre que possível. Aos 62 minutos, depois de assistência de Zequinha da esquerda, Kamo-Kamo cabeceou ao lado do poste esquerdo da baliza de Ricardo Fernandes.
Com os sadinos balanceados no ataque na tentativa de repor a igualdade, o Académico tentaram explorar o contra-ataque. Num desses lances ganharam um livre directo em zona frontal que, aos 69 minutos, quase permitiu que André Carvalhas, num remate à malha lateral da baliza, ampliasse a vantagem.
Aos 72 minutos foi a vez de o Vitória criar perigo de bola parada. Após canto na esquerda, o defesa João Serrão foi à área viseense cabecear com perigo ao lado da baliza. À entrada para o último quarto de hora do jogo, o jogo baixou ainda mais de qualidade devido ao facto de se ter tonado mais faltoso e de alguns atletas terem entrado em picardias.
Já depois de ambos os treinadores terem efectuado várias alterações, o Vitória dispôs da sua melhor oportunidade em todo o jogo para marcar. Aos 90 minutos, o recém-entrado João Marques (substituiu Bruno Ventura aos 87) desferiu um remate forte que acertou em cheio na base do poste esquerdo da baliza do Académico de Viseu. Na sequência do lance Mathiola rematou cruzado ao lado do alvo.
Com o Vitória a pressionar, o empate voltou a estar perto no último dos cinco minutos de compensação dados pelo árbitro. André Sousa, após cruzamento ao segundo poste, surgiu a rematar com perigo num lance em que um defesa contrário tirou a bola próximo da linha de golo, esfumando-se desta forma a derradeira hipótese que a equipa setubalense teve para chegar à igualdade e levar a decisão da eliminatória para o prolongamento.