Os sub-17 do Vitória estrearam-se domingo na fase de apuramento de campeão com uma derrota (1-2) com o Sp. Braga, conjunto que venceu a 1.ª fase da zona Norte. Que análise faz ao jogo em que a equipa inaugurou o marcador no 1.º minuto através de Duarte Rosa e sofreu o golo da derrota aos 90?
Precisamos de melhorar alguns aspectos relacionados com o foco, durante todo o jogo, temos tido alguns momentos de perda do mesmo nos últimos 15-20 minutos. Julgo que os jogos contra adversários com esta qualidade são decididos nos detalhes e pequenos erros que na 1.ª fase passavam, neste momento custam pontos. Neste jogo houve semelhanças com a forma como defrontámos o Benfica, não só pela forma como abordámos o jogo, mas também pelo seu desenvolvimento. Foram jogos onde estivemos com vantagem no resultado durante 70’ e nos últimos 15’ do jogo começou-se a sentir alguma fadiga física e mental. O discernimento para fazermos a leitura do jogo deixa de ser o mesmo, corremos riscos desnecessários na nossa primeira fase de construção. Considero que SC Braga chega ao empate por mérito, perceberam onde estávamos mais frágeis e exploraram até provocar o erro que deu origem ao 1-1 e a derrota acontece aos 90’ por demérito totalmente nosso, num momento onde tivemos jogadores a pretender ganhar em vez de pontuar, que era o nosso principal objectivo. A ambição dos jogadores é muito grande, mas têm de entender os momentos e o que o jogo solicita. Continuaremos a trabalhar com intuito de os fazer evoluir diariamente, nesse e em todos os aspectos.
Apesar do desaire sofrido com a equipa que concluiu a 1.ª fase da zona Norte em 1.º lugar, ficou satisfeito com o comportamento dos seus atletas ou houve aspectos de que não gostou?
Ficámos muito satisfeitos porque demonstraram que conseguem competir contra as melhores equipas a nível nacional. Está a faltar demonstrar que lhes podemos ganhar, mas para isso acontecer temos de ter um autoconhecimento superior. Só reconhecendo de forma plena o que somos, é que podemos saber como lidamos com os outros. Não olhamos para esta derrota como um desaire, mas como uma forma de nos tornarmos melhores. Temos de corrigir os aspetos menos positivos. Esta fase de apuramento de campeão, vai servir para estarmos e demonstrarmos que merecemos estar entre os melhores, julgo que independentemente do resultado essa imagem ficou vincada. Fomos competitivos, equilibrámos o jogo. Tivemos em vantagem muito tempo. Os jogadores têm de estar com a cabeça bem levantada, deram o seu melhor dentro das condições que temos.
A forma como a equipa perdeu poderá deixar mossa nos jogadores para o próximo jogo?
Hoje o meu discernimento ainda não é o mesmo e acredito que o dos jogadores também não seja, pois custa muito ver o que fizemos, o espírito competitivo incrível que temos e a não conseguir arrancar esta fase conquistando pontos. Tinha sido muito positivo e os jogadores trabalharam muito e bem para que acontecesse, mas é futebol. O nosso foco a partir de hoje tem de estar no jogo com o Famalicão.
O que disse à equipa no final quando estão todos reunidos no relvado?
Disse o que referi anteriormente, que estava muito orgulhoso da equipa que tenho o gosto de liderar, mas que neste jogo em particular, empatámos por mérito do Sp. Braga, mas perdemos por demérito totalmente nosso.
Em partida da 2.ª jornada, o Vitória desloca-se sábado (15h) ao reduto do Famalicão. O que espera deste adversário e de que forma vai a sua equipa encarar o encontro?
Esperamos um adversário muito sólido defensivamente, a sair forte nas suas transições ofensivas, com qualidade individual nos seus jogadores da linha ofensiva. Nesta fase não vão existir jogos fáceis, todos os jogos vão ser muito competitivos, temos de entrar em campo com a mesma mentalidade competitiva contra todas as equipas.
Quão importante é para o plantel conquistar pontos nesse jogo depois de ter perdido na ronda de estreia?
Vai ser fundamental para a confiança da equipa, todos querem mostrar que são capazes. No futebol não existem vitórias morais, não podemos referir que fazemos bons jogos sem existir acompanhamento de pontos. Não podemos dizer que somos sólidos defensivamente e sofrermos dois golos em 15 minutos. Na nossa visão não é suficiente, nunca poderemos sair de um jogo satisfeitos sem conquistar algo, pois dedicamo-nos e trabalhamos diariamente para chegar ao momento competitivo e ganharmos ao adversário.