Equipa foi perdulária no regresso aos jogos da Liga 3 em Setúbal
O Vitória FC falhou no sábado o objectivo de se reencontrar com os triunfos ao permitir, ao cair do pano, que o Cova da Piedade chegasse ao empate (1-1), aos 90+1 minutos da partida da 10.ª jornada da série B da Liga 3.
Em vantagem no marcador desde os três minutos, altura em que Varela fez o 1-0, os sadinos levaram com um balde de água fria já em tempo de compensação, quando João Gomes marcou para os piedenses.
Num encontro em que foram quase sempre superiores ao adversário – mais posse de bola, ascendente territorial e oportunidades –, os sadinos podem apenas queixar-se de si próprios pelo facto de não terem arrecadado os três pontos.
Perdulários na finalização, os jogadores dispuseram de várias ocasiões para ampliar a vantagem ao longo da partida, mas a eficácia voltou a não ser a desejada para desespero dos adeptos que estiveram no estádio.
Sem actuarem em casa no campeonato desde 28 de Agosto, dia em que, a contar para a 3.ª jornada, tinham goleado (5-2) o Oliveira do Hospital, os vitorianos entraram a todo o gás, conseguindo, aos três minutos inaugurar o marcador num remate certeiro de Varela.
O extremo culminou uma jogada de envolvência do ataque em que intervieram Mendy, Robson e Bruno Ventura, que assistiu o luso-cabo-verdiano que rematou colocado sem hipóteses de defesa para Cléber.
A perderem por 1-0, o Cova da Piedade reagiu e dispôs de uma oportunidade soberana para igualar o marcador, aos 13 minutos, por Diogo David, atacante que só não celebrou o golo porque o guarda-redes João Valido encheu a baliza com uma defesa (a melhor da partida) a evitar o tento do adversário.
Aos 31 minutos, o mesmo jogador voltou a testar a atenção do guardião num remate em zona frontal facilmente travado pelo número 1 dos sadinos.
Apesar dos sustos, o conjunto setubalense foi na primeira parte a equipa mais perigosa. A ilustrá-lo estão as oportunidades criadas junto da baliza defendida por Cléber.
Já depois de Daniel Carvalho, com remates aos 15 e 43 minutos que erraram o alvo, a melhor ocasião de todas teve Bruno Ventura como protagonista. Aos 45, o médio falhou por um triz um chapéu ao guardião Cléber, que viu a bola raspar no poste esquerdo da sua baliza.
Mesmo com meia dúzia de elementos impedidos de dar o seu contributo à equipa por estarem a cargo do departamento médico – François, Miguel Lourenço, Marouca, Kamo Kamo, Badara e Zequinha –, os comandados de Pedro Gandaio, técnico que foi confirmado pela Direcção no sábado (antes do jogo) que será o homem do leme até ao final do campeonato, mantiveram a toada no segundo tempo.
Exemplo disso mesmo foi dado pouco depois do reatamento quando Robson desferiu um disparo forte à entrada da área que saiu à figura de Cléber. Aos 55 minutos, logo após um remate acrobático de Celsinho ao lado da baliza de João Valido, o Vitória voltou a ameaçar na área contrária por intermédio de Mendy.
O avançado, que tinha sido suplente na ronda anterior e substituiu agora o lesionado Badará no onze, cabeceou sobre a trave, após canto de Nuno Pinto na esquerda.
Com mais posse de bola e mais tempo instalado no meio-campo contrário, o Vitória foi gerindo sem dificuldade a magra vantagem trazida do primeiro tempo. Não obstante as oportunidades criadas, a equipa não conseguiu materializar as ocasiões de golo.
A melhor de todas aconteceu já aos 86 minutos, momento em que Varela cruzou na direita e Bruno Ventura, ao segundo poste, com tudo para marcar, rematou ao poste direito.
Nas últimas jornadas, o Vitória, para infelicidade dos seus adeptos, tem levado à letra o ditado de “quem não marca, sofre” e foi isso que aconteceu. Depois de terem na partida anterior permitido o empate ao Oriental Dragon com o 1-1 aos 86 minutos, anteontem no Bonfim, o balde de água fria aconteceu já em tempo de compensação.
Aos 90+1 minutos, quando já poucos pensavam que tal fosse possível, João Gomes, num remate enrolado, colocou a bola fora do alcance de João Valido, que não conseguiu evitar o 1-1.
Mesmo atordoados pelo golo sofrido ao cair do pano, ainda antes do apito final, os setubalenses fizeram um derradeiro assalto à área contrária para tentar voltar para a frente do marcador. Aos 90+4 minutos, o jovem defesa Bruno Almeida só não se tornou o herói do encontro porque o seu remate cruzado, após livre cobrado no flanco direito, saiu ao lado do poste esquerdo.
Com a igualdade registada no Bonfim entre os dois conjuntos, os sadinos somam agora 14 pontos em oito jogos, enquanto o emblema do concelho de Almada tem 11 em 10 partidas realizadas. Na próxima ronda, agendada já para esta quarta-feira, o Vitória desloca-se ao reduto do Alverca (18 horas), enquanto o Cova da Piedade recebe o Oriental Dragon (11 horas).