“Contexto de intranquilidade” obrigou a “trabalho com pinças” durante a semana

“Contexto de intranquilidade” obrigou a “trabalho com pinças” durante a semana

“Contexto de intranquilidade” obrigou a “trabalho com pinças” durante a semana

Equipa melhorou com substituições e golo de Daniel Carvalho desbloqueou o jogo no Bonfim

 

Depois de dois jogos sem vencer, qual a importância do triunfo (2-0) sobre o Sintrense?

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Percebo o grau de exigência que há, mas todos os jogos são extremamente difíceis e temos que ter a capacidade de dar sempre boas respostas. É por esse motivo que estamos em 1.º lugar. Na Vidigueira, mesmo com um jogo menos conseguido da nossa parte, conseguimos aumentar de um para dois pontos a vantagem para o Moncarapachense (2.º) e manter a distância para o 3.º e 4.º lugar. Temos que olhar também para esse aspecto. Sabemos que temos de ganhar e a equipa tem dado sempre boas respostas. Temos consciência que o jogo na Vidigueira foi o nosso jogo menos conseguido durante a época, mas agora a equipa deu uma boa resposta depois dos dois resultados menos positivos que tivemos. Destaco que estamos em 1.º, ganhámos, fizemos dois golos e voltámos a não sofrer frente a um adversário difícil.

A equipa só conseguiu desbloquear o jogo na segunda parte com golos apontados aos 70 e 75 minutos…

Não foi um dos nossos melhores jogos, mas dominámos por completo um adversário que veio ao nosso estádio para não perder. Defrontámos aquele que era o 3.º classificado a par do Lusitano de Évora. O Sintrense apresentou-se com um bloco baixo e a tentar explorar o erro, que raramente cometemos. Não permitimos ao adversário uma oportunidade clara de golo. Talvez pelo quadro de intranquilidade das duas semanas anteriores, não fomos na primeira parte a equipa incisiva que costumamos ser. Depois do intervalo, melhorámos muito e chegámos merecidamente à vantagem e aos três pontos. Foi uma vitória inteiramente justa. O grupo está de parabéns pela boa resposta que deu, pela postura e entrega.

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Que problemas identificou ao intervalo que levassem a que o Vitória criasse pouco perigo junto da baliza contrária e que mensagem passou aos jogadores?

Ao intervalo comecei a palestra dizendo que sentia a equipa presa, algo inibida devido ao contexto de intranquilidade das duas semanas anteriores. Tínhamos a responsabilidade de voltar às vitórias contra um adversário bom, uma das melhores do campeonato. Pedi-lhes que se soltassem e aparecessem como têm feito ao longo da época. Com as substituições melhorámos e o 1-0 marcado pelo Daniel Carvalho acaba por ser o desbloquear do jogo. Além da inibição, faltaram-nos alguns movimentos de profundidade e ruptura na primeira parte. As entradas do Daniel Carvalho e do Mauro Antunes ajudaram-nos a libertar mais um homem para a zona ofensiva, conseguindo empurrar cada vez mais o Sintrense para trás, e a chegar ao golo. A partir daí a história foi completamente diferente. Chegámos ao 2-0 com mais um excelente golo, desta vez do Caleb, e, a partir daí, fomos nós que estivemos muito mais próximos do 3-0 do que o Sintrense de marcar.

A cinco jornadas da fase final, o Vitória vai defrontar adversários em posições na tabela completamente diferentes. Com a equipa cada vez mais próxima de atingir uma presença na fase de subida à Liga 3, o que vai transmitir aos jogadores e o que gostaria de dizer aos adeptos?

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Vou dizer à minha equipa para serem iguais a eles próprios. Podemos não ganhar, mas jogaremos sempre para vencer seja contra quem tem ou não a sua posição definida na classificação. O facto de algumas equipas precisarem de pontos para não descerem de divisão pode ser benéfico porque vão ter de se expor e arriscar mais. Espero que isso aconteça porque temos encontrado equipas que baixam o seu bloco, jogam no seu meio-campo defensivo e procuram o nosso erro.  Até garantirmos o apuramento para a 2.ª fase, vamos ser iguais a nós próprios, independentemente de ser em casa ou fora, ou do nosso adversário precisar, ou não de pontos. Queremos passar à 2.ª fase e subir de divisão, tal como está estipulado desde o início. Não podemos pensar de maneira diferente.

Mais do que o empate (0-0) a deslocação que fizeram à Vidigueira ficou marcada pelas agressões de adeptos a jogadores no final do jogo. Enquanto treinador, como viu esse incidente?

Foi lamentável. Estamos em 1.º lugar, somos a equipa com mais golos, jogamos em campos difíceis e as pessoas não têm essa percepção. Naturalmente, temos de ouvir críticas e estar receptivos a isso. O que não pode acontecer são as agressões. Estamos no século XXI…

Depois dos incidentes no final do jogo na Vidigueira houve necessidade de fazer um trabalho psicológico suplementar com os jogadores.

Já não é a primeira vez que temos de redirecionar o foco dos jogadores que já tinham antes sido visados nas redes sociais. Pegámos no que aconteceu antes e fizemos disso força. Fizemos o mesmo neste jogo, mas o desempenho (menos conseguido) na primeira parte terá estado relacionado com tudo o que se passou durante uma semana em que tive de ter, com pinças, um trabalho diferenciado de uma semana normal. A equipa respondeu bem, o grupo é homogéneo e os mais velhos com os mais novos enquadram-se muito bem. O trabalho da equipa técnica tem permitido ao grupo ser forte.

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