Sub-17 do Vitória despedem-se da fase regular no sábado em Águas de Moura.
De que forma está a equipa a encarar o jogo de sábado (11h) com o Casa Pia, no campo do Olival, em Águas de Moura, sabendo que a conquista de um ponto garante o segundo lugar nesta fase?
Com a ambição que nos caracterizou em todos os jogos até ao momento, com vontade de conquistar os três pontos em casa e permanecer no lugar que mantivemos ao longo de 17 jornadas.
O facto de ter havido um interregno de duas semanas no Campeonato Nacional de sub-17 foi benéfico para a equipa?
Consideramos que estas paragens não são benéficas para nenhuma equipa, pois existe sempre quebra do ritmo das equipas, apesar de realizarmos jogos treino em todas as paragens, o foco e a competitividade nunca será semelhante.
Considera que a abordagem ao jogo de ambas as equipas será diferente pelo facto de já terem há algum tempo assegurado um lugar na fase de apuramento de campeão?
Julgamos que a abordagem vai ser muito idêntica ao jogo da primeira volta. Ambas as equipas são muito competitivas e vão querer superar o adversário dentro de campo.
Vai dar oportunidade de atletas menos utilizados fazerem mais minutos neste jogo?
Iremos dar oportunidade à equipa de se preparar para a fase de apuramento de campeão, tentaremos não defraudar os objectivos internos definidos e os jogadores ao longo de toda a época, tiveram e continuaram a ter desafios constantes, deste que sintamos que estão preparados para os mesmos e que irão beneficiar e evoluir com eles. Os desafios devem ser sempre dentro ou um pouco acima das capacidades dos atletas, de modo a tirá-los da zona de conforto e promover evolução, nunca iremos lançar os jogadores de modo a prejudicar a sua evolução, numa lógica de dar tempo de jogo, apenas e só.
Na primeira volta, o Vitória ganhou 1-0 na casa do adversário. Quais as principais diferenças que espera encontrar no confronto deste fim-de-semana em comparação com o jogo de 20 de Outubro?
As diferenças que esperamos, estão relacionadas com a evolução que considero natural do ponto de vista individual e com processo de jogo que está em constante evolução ao longo de uma época desportiva e que depende da forma como os jogadores vão evoluindo, ficando mais maduros e acrescentando ‘nuances’ novas ao seu e ao nosso jogar. Vai ser um jogo muito competitivo, certamente.
O Vitória tem a melhor defesa da prova (10 golos sofridos em 17 jogos). A solidez defensiva tem sido o principal segredo da boa campanha realizada?
Temos estado muito bem ao nível defensivo, somos uma equipa muito compacta, todos lutamos por um objectivo colectivo, estamos a ficar mais maduros e a saber interpretar as nossas qualidades. O nosso jogo sem bola e a paciência para saber esperar pelos momentos certos, têm sido determinantes.
Quais os aspectos que gostaria de ver melhorados na sua equipa nos jogos que vai ter daqui para a frente?
Necessitamos de melhorar a nossa eficácia, continuamos a criar muitas oportunidades, o que é bom sinal, mas precisamos de fazer golo com mais frequência. Vamos continuar a trabalhar, de modo a melhorar esse e todos os aspectos relacionados com a nossa ideia de jogo.
De que forma vai o Vitória encarar a 2.ª fase? Ser campeão é o objectivo?
Vamos encarar a 2.ª fase, com orgulho e ambição, pretendemos ser competitivos contra todos os adversários e ser dignos de vestir a camisola do Vitória Futebol Clube. Ser campeão, face às condições que apresentamos comparadas com as dos nossos adversários, nunca poderá ser um objectivo, temos de saber encarar a realidade, poderemos considerar um sonho.
É legítimo equipararem-se, em termos de probabilidades de vitória na prova, aos concorrentes que habitualmente são apontados como favoritos?
É impossível fazermos comparações com esses concorrentes, no contexto desta fase final somos um ‘outsider’ ou ‘underdog’. Esta fase final deve-se a um conjunto de atletas que independentemente do contexto actual do clube, não o abandonaram e acreditaram que seria possível, e por um conjunto de pessoas que constituem os recursos humanos da formação do clube e que ao longo das últimas sete épocas desportivas, apesar da instabilidade que o clube tem vivido, têm estado a dar tudo por tudo para manter o Vitória nos patamares mais altos do futebol de formação a nível nacional, liderados pelo Carlos Chaby que tem sido um “gladiador incansável”, pela forma como lidera, sente e vive a formação do nosso clube, com uma paixão e dedicação únicas.
Qual a sua opinião sobre a série Norte? Considera que, em termos gerais, há alguma das séries e equipas que são mais fortes do que outras?
Ainda não finalizámos a análise às equipas da série Norte, mas de um ponto de vista geral diria que a série norte é mais forte, do ponto de vista da maturidade, entendimento do jogo e qualidade individual. Parece-nos que as classificações das tabelas da série norte e sul, demonstram bem quem são as duas melhores equipas a nível nacional.