10 Agosto 2024, Sábado

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Cardoso Pereira, o “Peyroteo” do Sado

Cardoso Pereira, o “Peyroteo” do Sado

Cardoso Pereira, o “Peyroteo” do Sado

Nas ruas de São Domingos e no clube do bairro despontou um dos melhores avançados que Setúbal viu jogar, de seu nome José Cardoso Pereira e popularmente conhecido como “Sarrabuga”. Nascido em Setúbal em 1 de abril de 1916, cresceu no Beco Gonçalo de Abreu e, depois de casar, passou a morar na Travessa da Fava. Sempre dentro do bairro. A origem da alcunha de “Sarrabuga” é incerta, dizendo as gentes do bairro que já vinha do pai e estaria ligada à palavra “sarrabulha”, um tipo de enchidos do Norte.

Estreou-se na equipa principal do São Domingos Futebol Clube na época de 1934/1935, afirmando-se como titular aos 18 anos. Ao lado de símbolos do clube como Hermínio Guilherme, “Finini”, Julião Alves ou Isaías d’Almeida, estará na histórica equipa do São Domingos que participa no Campeonato Nacional da II Liga (1935/1936). No ano de 1936/1937, marca 5 tentos (cinco!) na goleada de 15-1 ao Grupo Desportivo “Os 13” e passa a ser cobiçado por grandes como o Vitória.

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Porém, é o Barreirense que consegue contratar o jogador em 1939. Na visita ao São Domingos, em 1940/1941, Cardoso Pereira marca pela primeira vez à sua antiga equipa, ainda por cima com o golo decisivo da vitória, por 2-1. Afirmar-se-ia no Barreirense como avançado centro, chamando-lhe a revista Stadium, em março de 1942, o “Peyroteo do outro lado do Tejo”. O seu ponto alto, sem dúvida, é a final do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão de 1942/1943, quando marca todos os golos do Barreirense na goleada 6-1 sobre a Sanjoanense. Dava o título à turma do Barreiro, e em grande estilo!

Em 1943, volta a Setúbal, agora para representar o Vitória. Seria a consagração, jogando aí até 1950, de onde ainda sairia para alinhar por um ano no Ginásio Clube do Sul, de Cacilhas. Apesar de não chegar à seleção nacional, em 1948 joga pela seleção distrital de Setúbal contra a de Lisboa, sendo dele o primeiro golo de uma vitória por 2-1. Um goleador setubalense que, apesar de hoje distante, nunca poderá ser esquecido!

Estas e outras histórias farão parte do livro do São Domingos Futebol Clube, a lançar no centenário do clube em 2021. 

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João Santana da Silva

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