Venezuelano Jhonder Cádiz fez golo do (merecido) triunfo sobre o Marítimo
Os adeptos do Vitória FC já tinham saudades de festejar no Bonfim, estádio onde não venciam há cinco meses. A longa espera acabou este domingo, dia em que um golo do venezuelano Jhonder Cádiz deu à equipa treinada por Sandro Mendes os três pontos que lhe permitiram ganhar (1-0) ao Marítimo.
Aos 37 minutos, o avançado sul-americano, autor de todos os seis golos do Vitória leva na segunda volta da prova, foi o autor do único golo. Com o 1-0, o Vitória, que na ronda passada já tinha marcado no triunfo sobre o Feirense, subiu ao 11.º lugar, ultrapassando na classificação o Boavista, Aves e o próprio Marítimo, que segue agora na 13.ª posição com 30 pontos, menos um que o conjunto setubalense.
A actuar perante o seu público, os sadinos assumiram desde o início as despesas do jogo, conseguindo materializar esse ascendente antes do intervalo com um golo do avançado Jhonder Cádiz, aos 37 minutos. Antes desse momento, Vitória e Marítimo reclamaram grandes penalidades por pretensas mãos na bola no interior da área. Em ambos os casos, nos minutos um e quatro da partida, respetivamente, depois de ouvir as indicações do vídeo-árbitro, o juiz Manuel Oliveira nada assinalou.
Perante um Marítimo, que raramente conseguiu incomodar, os setubalenses quase inauguraram o marcador, aos 13 minutos, por Jhonder Cádiz, que falhou de forma incrível, após um desentendimento de Charles com a sua defesa. Na área contrária, Makaridze deixou a sua equipa em apuros ao tentar fintar um adversário fora da área, acabando por perder a bola e ser obrigado a fazer falta – e ver o respetivo cartão amarelo – para evitar males maiores.
Aos 37 minutos, numa altura em que eram, de longe, a equipa mais dinâmica num jogo que esteve longe de empolgar, o Vitória de Setúbal fez o 1-0 pelo inevitável Jhonder Cádiz. O venezuelano, melhor marcador da equipa com oito golos, só teve de encostar após assistência primorosa de Éber Bessa.
A perder por 1-0 ao intervalo, o treinador dos madeirenses, Petit, prescindiu no início do segundo tempo, de Pelágio e Barrera e lançou em campo Jean Cléber e Correa, argentino que, aos 53 minutos, rematou sem perigo sobre a trave. Mais perigo criou o Vitória na área contrária volvidos quatro minutos num tiro de Nuno Valente, à entrada da área, a obrigar o guarda-redes dos insulares Charles a defesa difícil.
Aos 71 minutos, Joel Tagueau, do Marítimo, introduziu a bola na baliza sadina, mas o lance foi invalidado pelo vídeo-árbitro por fora-de-jogo do atacante camaronês, momento que foi celebrado pelos adeptos da casa como se de um golo se tratasse.
Depois do susto, os sadinos foram mais perigosos até ao final. Aos 78 minutos, de livre direto, de Éber Bessa obrigou Charles a defesa atenta. Na derradeira oportunidade do jogo, Correa, aos 90+2 minutos, rematou de fora da área para defesa segura de Makaridze, que segurou a vantagem de 1-0 até ao apito final.
Sandro Mendes: «Equipa tem melhorado de jogo para jogo»
“Parabéns aos meus jogadores que muito têm feito para alcançarmos os nossos objetivos e somarmos os pontos necessários para o conseguir. Ganhámos bem. Na primeira parte, houve alguns períodos bem jogados. Tentámos jogar por dentro e por fora. A segunda parte foi menos bem jogada devido à ansiedade e importância de termos de somar pontos. Fomos superiores ao Marítimo neste jogo.
[Equipa está mais tranquila por ter passado de 15.º para 11.º em dois jogos?] Ainda é muito cedo. As vitórias dão algum alento e tranquilidade, mas sabemos o que sofremos para chegar aqui. Os jogadores não vão facilitar e vão continuar a trabalhar para amealharmos pontos e conseguirmos a permanência.
Temos condições para fazer muitas coisas, mas o nosso lugar na classificação não nos permite mostrar a qualidade que os jogadores têm. Já se nota alguma tranquilidade. A equipa tem vindo a melhorar de jogo para jogo.
[Importância de Jhonder Cádiz] Para a bola chegar a ele hoje, passou antes pelo Rúben Micael e pelo Éber Bessa. Temos tido a sorte dele [Cádiz] estar a fazer golos. A equipa tem qualidade para isso. Qualquer jogador pode chegar ao último terço para fazer golos. Esperamos fazer mais golos.”
Clubes da região presentes
São Domingos, Ídolos da Praça, Brejos de Azeitão, Os Amarelos, Pelezinhos, Grandolense, Escola de Futebol Feminino de Setúbal e Comércio e Indústria foram os clubes que estiveram representados no Bonfim com jovens atletas dos respectivos escalões de formação. A iniciativa foi tomada pelo Vitória que convidou vários emblemas de região a marcarem presença no Bonfim.
Sub-23 dão 6-2 à Académica com poker de Amâncio
A equipa de Sub-23 do Vitória FC goleou a Académica, por 6-2, em jogo da 8.ª jornada da segunda fase da Liga Revelação, disputada sexta-feira no Complexo de Atletismo de Setúbal (Vale da Rosa), com quatro golos do avançado moçambicano Amâncio. O conjunto de Coimbra foi o primeiro a marcar, mas o inspirado Amâncio desfez a muralha defensiva da Briosa, com dois golos na primeira parte (20′ e 34′) e outros tantos no segundo tempo (54′ e 62′). Canadas (59′) e Rodrigo (88′) fecharam a contagem numa partida em que os sadinos, ao somarem mais três pontos, isolaram-se no comando da competição.
Luto pela morte do sócio n.º 23
João Poeira Albino, associado n.º 23 do Vitória, que na Gala do 108.º aniversário do clube foi galardoado com o emblema de “Diamante”, pelos seus 75 anos de filiação, faleceu na passada sexta-feira. Depois de ter estado em câmara ardente na Capela de São Paulo, em Setúbal, as cerimónias fúnebres continuaram no Cemitério da Paz, em Algeruz, onde foi cremado. Em homenagem ao falecido sócio, a bandeira esteve a meia haste no fim-de-semana. À família enlutada, O Setubalense – Diário da Região endereça as sentidas condolências.