António Pereira: “Continuo a ver coisas no Vitória que não tenho visto nem na I Liga”

António Pereira: “Continuo a ver coisas no Vitória que não tenho visto nem na I Liga”

António Pereira: “Continuo a ver coisas no Vitória que não tenho visto nem na I Liga”

Eliminação da Taça de Portugal com o Vizela não esmoreceu aplausos aos atletas

 

Apesar de o Vitória FC, da Liga 3, ter sido no domingo afastado da presente edição da Taça de Portugal, após derrota caseira (0-2) com o Vizela, há aspectos muito positivos a reter do jogo em que o conjunto da I Liga foi claramente superior. Quem o diz é o treinador António Pereira, que no final do encontro sublinhou a grandeza de um clube que se manifesta de variadas formas.

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O técnico que chegou ao Bonfim a 7 de Julho, fundamenta a sua opinião na forma como o público acarinhou a equipa antes, durante e depois do jogo, inclusive após sofrer os golos do adversário. “O Vitória é um clube de outra dimensão. Quando entrei aqui no primeiro dia disse que estava assustado pela grandeza deste clube. Hoje, continuo a ver coisas no Vitória que não tenho visto nem na I Liga”.

O timoneiro dos sadinos, de 65 anos, não tem dúvidas que os vitorianos são a principal mais-valia do clube, que teve mais de 1500 adeptos no estádio a incentivar a equipa numa partida que teve início a um domingo, às 14 horas. “É a massa associativa do Vitória que esteve aqui numa casa muito bem composta e é o pelo facto de, mesmo as coisas não estarem a correr bem no jogo, estão sempre do nosso lado”.

António Pereira não esconde o desejo de retribuir com o seu grupo de trabalho tudo o que os vitorianos têm feito pelo clube. “Quando assim é, as coisas são mais fáceis, vamos ver se conseguimos atingir os objectivos para levar o Vitória, clube com vasto palmarés no futebol nacional, ao que era. É um prazer para mim estar no Vitória. Eu e os jogadores estamos imbuídos no espírito de conseguir subir a equipa este ano”.

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Ainda sobre o apoio que foi dirigido das bancadas à equipa durante o jogo com o Vizela, o treinador vinca que é um sinal claro que “esta é uma massa associativa muito diferente de todas as outras”. “São muito exigentes, mas são nossos amigos. Independentemente de termos sofrido o golo, não se ouviu ninguém a assobiar, mas sim a bater palmas e a incentivar a equipa. É algo bonito e que já não se vê no futebol em muito lado”.

“Primeira parte horrível”

Sem ‘paninhos quentes’, António Pereira admitiu logo na sala de imprensa do Bonfim, após o encontro, que a equipa teve uma péssima actuação nos primeiros 45 minutos, período em que o Vizela fez os seus dois golos. “Na minha perspectiva, fizemos uma primeira parte horrível. Não foi a equipa do Vitória que costuma ser e quando assim é, com equipas de contextos diferentes em que uma é da I Liga e outra da Liga 3, paga-se caro”.

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O técnico, que na temporada transacta orientou o Cova da Piedade, na II Liga, e Alverca, no Campeonato de Portugal, disse que só após o intervalo a sua equipa melhorou o desempenho. “Uma das coisas que disse os jogadores foi que respeitassem a camisola do Vitória e o seu historial. Na primeira parte as coisas não aconteceram como nós queríamos. Ao intervalo, modificámos algumas coisas que não estiveram correctas como os vários passes infantis falhados no meio-campo”.

Na hora de explicar as razões que levaram a esse desacerto na primeira parte, o treinador dos setubalenses foi peremptório. “Há alguns jogadores com experiência, mas há outros com pouca que se calhar amedrontaram-se por ser uma equipa de I Liga. Foi um jogo engraçado e entretido para quem viu, não para mim evidentemente”, afirmou, não disfarçando o descontentamento pela eliminação.

Quando à justiça do resultado, António Pereira tem uma visão pragmática do desfecho com que terminou o jogo. “Não tenho nada a opor à vitória do Vizela. Ganharam bem, fizeram dois golos. Nós tivemos duas ou três oportunidades ao fim e não o fizemos. Quando assim é, quem ganha é quem marca”, rematou o técnico que procedeu a cinco alterações na segunda parte, duas delas logos no reatamento.

As entradas do médio André Pedrosa e do avançado Mendy para os lugares de Murilo e Bruno Luz, respectivamente, deram mais consistência no miolo e permitiram colocar no ataque o guineense Mendy ao lado de Varela e Kamo Kamo. “Queríamos ter mais tempo a bola e procurar fazer lançamentos em profundidade para três jogadores rapidíssimos para termos a possibilidade de fazer golo”, explicou, lamentando a falta de acerto na finalização. “Tivemos duas ou três situações para o fazer, mas não conseguimos. Paciência”.

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