“Administração não aguentou pressão dos adeptos e decidiu despedir-me”

“Administração não aguentou pressão dos adeptos e decidiu despedir-me”

“Administração não aguentou pressão dos adeptos e decidiu despedir-me”

“Por mim continuava, e sei que pelos jogadores também”, diz o treinador

 

Sem surpresa, dois dias depois da derrota com o Torreense, a administração da SAD vitoriana comunicou ontem à tarde ao treinador Pedro Gandaio o fim da ligação entre ambas as partes.

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Na hora da despedida, o técnico considera que os dirigentes, apesar de a equipa se manter em lugar de apuramento para a fase seguinte, cederam à pressão dos sócios. “A administração não aguentou a pressão dos adeptos, e decidiu despedir-me”.

O divórcio entre clube e treinador, que viu a onda de contestação dos vitorianos subir de tom no último jogo, acontece após a derrota (1-2) de sábado que os sadinos sofreram na recepção ao Torreense, em partida da 19.ª jornada da série B da Liga 3, competição em que seguem, com 30 pontos, no 4.º posto da tabela, que, a manter-se no final, dará acesso à fase de subida à II Liga.

Apesar de não esconder o seu desapontamento pela decisão tomada pelos responsáveis sadinos, Pedro Gandaio acredita que o plantel vai conseguir o objectivo traçado de avançar para a fase seguinte.

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“Fecha-se um ciclo e tenho a certeza que o Vitória irá á segunda fase”, disse em declarações exclusivas ao jornal O SETUBALENSE, confessando que tinha o apoio dos atletas. “Por mim continuava, e sei que pelos jogadores também”.

Pedro Gandaio, de 33 anos, que tinha chegado a Setúbal como adjunto de António Pereira a 7 de Julho de 2021, assumiu em Outubro o cargo de técnico interino após a saída do anterior líder.

Pouco depois, passou de solução provisória a definitiva, mantendo-se três meses e meio em funções. “A minha história no clube acabou, agora os jogadores têm que acabar o que começámos”.

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Com 21 pontos conquistados em 14 jornadas – fruto de seis triunfos, três empates e cinco derrotas – sob comando de Pedro Gandaio, o treinador lembra o anúncio feito pelo clube de que ficaria no cargo até ao final da época.

“Era para ser treinador para a época toda e era um projecto formador e de criação de infraestruturas. Ganhámos jogos e passámos o Vitória para o 2.º e 3.º lugar. Agora estamos em 4.º e já é o fim do mundo. É futebol”.

Na hora de deixar uma mensagem aos atletas que gostariam de ter continuado com o agora ex-timoneiro ao leme dos sadinos, Pedro Gandaio deixou-lhes uma mensagem de apoio.

“Continuo a acreditar cegamente neles e agradeço-lhes infinitamente o apoio que me deram e a forma como lutaram lá dentro”, disse, não se coibindo de transmitir também uma mensagem aos vitorianos. “Aos adeptos, desejo apenas que estejam sempre com os jogadores durante o jogo. Se quiserem contestar, façam-no apenas no final e não durante”.

Natural da Nazaré, Pedro Gandaio iniciou há cerca de 10 anos o seu percurso como coordenador do futebol de formação do Pataiense, clube do distrito de Leiria.

Depois seguiram-se experiências como treinador e preparador físico nos escalões de formação do Oeiras e do Sintra Football, respectivamente. Al Hilal (Arábia Saudita), Estoril Praia, Casa Pia e Cova da Piedade foram os clubes que se seguiram como responsável pela preparação física. Em 2020/21, Pedro Gandaio foi treinador adjunto de Toni Pereira no Alverca e, em seguida, liderou o Marinhense, antes de chegar a Setúbal.

Entretanto, os responsáveis do clube estão agora à procura de um homem para liderar a equipa técnica no que falta da temporada. Nas próximas horas, a decisão do sucessor de Pedro Gandaio será conhecida.

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