Esta foi, sem dúvida alguma, uma época atípica para o Barreirense que fez um campeonato muito abaixo daquilo que era desejado. Alfredo Almeida, que saiu à 9.ª jornada, cedeu o seu lugar a Rui Fonseca que conseguiu levar a água ao seu moinho mas não foi nada fácil
– O Barreirense terminou o campeonato em 4.º lugar. Certamente não era esta a posição desejada?
Não era certamente a posição que o clube e o grupo de trabalho desejava. Ficámos muito aquém do que era ambicionado, o que faz com que tenhamos de olhar para todo o trabalho desenvolvido e retirar as devidas ilações. Este clube, pelo seu passado e por todo o seu historial, obriga a quem o representa que lute sempre pelos lugares de topo da classificação.
– O Rui Fonseca entrou já com o comboio em andamento, isso dificultou de alguma forma o trabalho com a equipa e o desempenho dos jogadores?
Certamente que sim. Esta não foi uma entrada a meio da época tradicional, ou seja, não foi o clube que despediu o treinador (tradicional chicotada psicológica) foi o treinador de quis abandonar o clube e o grupo de trabalho, e isso acarretou algumas dificuldades na nossa entrada. Foi necessário fazer uma gestão de comportamentos para que conseguíssemos levar “o barco a bom porto”. E, como estamos a falar de barcos, o mar nunca esteve tranquilo, ora agitado, ora muito agitado, mas ainda assim conseguimos na maioria das vezes apresentar um bom futebol que nem sempre foi acompanhado pelos resultados.
– Que explicação encontra para o oito e o oitenta que o grupo foi fazendo ao longo da competição?
Um pouco do que falei anteriormente. A equipa foi de facto inconstante, nunca conseguimos dar seguimento a bons resultados. A dada altura tivemos 3 vitórias consecutivas e com boas exibições mas logo após isso tivemos 3 derrotas consecutivas. Houve durante todo este trabalho demasiados erros individuais, erros esses que nos custaram derrotas. Tivemos entre outras situações, jogos em que estávamos a vencer e que permitimos a reviravolta através de erros incompreensíveis, completamente desnecessários. Houve por vezes alguma falta de atitude competitiva. Todos nós que fizemos parte do grupo de trabalho deveremos ter consciência e saber analisar os erros que cometemos, pois levámos o clube a esta classificação que não nos agradou rigorosamente nada.
– Qual a análise que faz do campeonato. Considera que decorreu dentro da normalidade ou entende que houve alguma surpresa (positiva ou negativa)?
A classificação final mostra algumas evidências. Um campeão justíssimo, e um equilíbrio muito grande nas restantes equipas. Depois tivemos de facto duas equipas que estiveram um pouco longe das restantes que foram o FC Setúbal e o União Banheirense.
– E, quanto ao futuro, passa pela continuidade no Barreirense?
Muito brevemente a direcção irá falar sobre esse tema.
– Para finalizar, há algo mais que queira acrescentar?
Dar os parabéns ao GD Fabril e a todo o seu grupo de trabalho pelo título que obteve. Uma palavra de conforto mas também de incentivo ao União Banheirense, para que volte rapidamente à 1.ª divisão distrital e um agradecimento a todo o staff do FC Barreirense que me apoiou em todos os momentos, sem excepção.