24 Abril 2024, Quarta-feira
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Sadinos e estudantes em crise na Liga 3 jogam duelo de históricos no Bonfim

Último jogo em Setúbal entre os clubes foi em 2016, a contar para a I Liga. Vitória levou a melhor

 

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A viverem hoje uma realidade bem diferente da que tiveram no passado, Vitória e Académica, emblemas históricos do futebol nacional, reencontram-se domingo, a partir das 17 horas, no Estádio do Bonfim, em partida da 19.ª jornada da série B da Liga 3. Numa altura em que os clubes lutam pela fuga aos últimos lugares da tabela, os sadinos vão procurar repetir o triunfo (2-1) obtido a 22 de Janeiro de 2016, dia em que se defrontaram pela última vez em Setúbal.

Mais de sete anos depois dessa jornada 19 da Liga NOS 2015/16, temporada em que os verdes e brancos eram treinados por Quim Machado, o encontro reveste-se de enorme importância tanto para sadinos como estudantes, que estão a realizar épocas decepcionantes. A quatro jogos do final da fase actual, os clubes sabem já que o melhor que poderão fazer este ano é assegurar a sua continuidade na Liga 3.

Há quatro jornadas sem ganhar (um empate e três derrotas nos últimas três partidas), o Vitória, penúltimo classificado (11.º) com apenas 16 pontos em 18 jornadas, tem pela frente a Académica, que ocupa o 8.º posto com 18 pontos, que venceu dois, perdeu um e empatou outro dos seus últimos quatro compromissos. Apesar do ciclo negativo que atravessam, os sadinos têm como motivação extra o facto de saberem que a conquista dos três pontos permite ultrapassar os estudantes.

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Na crónica do jogo de 2016, quando os dois emblemas jogaram pela última vez em Setúbal, o Diário da Região enfatizou o golo de Arnold, aos 85 minutos, que colocou em festa os 2.289 adeptos presentes no Bonfim. “Um golo do congolês Arnold já perto do final do encontro permitiu ao Vitória bater a Académica, por 2-1, e voltar, quase quatro meses depois, a festejar um triunfo no Estádio do Bonfim”.

E continua: “A conquista dos três pontos possibilitou à equipa de Quim Machado ultrapassar o Arouca e subir ao 8.º lugar da I Liga. Além disso, colocou também um ponto final num ciclo de quatro jogos sem vencer e de três derrotas consecutivas. O avançado Hassan, formado na cantera vitoriana, estreou-se a titular e foi determinante para o reencontro com os êxitos ao marcar o primeiro golo do jogo aos 38 minutos. Nuno Piloto fez o golo da Briosa aos 59 minutos”.

Ao contrário do último jogo em Setúbal, a última visita a Coimbra não correu bem aos verdes e brancos. A 5 de Novembro de 2022, na primeira volta do campeonato, a contar para a 8.ª jornada da Liga 3, os estudantes venceram de forma clara, por 3-0. Numa partida em que tudo correu mal à equipa então treinada por Micael Sequeira, Benny (15 minutos), Diogo Costa (39) e Vasco Gomes (82) fizeram os golos do jogo em que o Vitória jogou com 10 jogadores a partir dos 30 minutos devido à expulsão de François, atleta que, curiosamente, vai falhar o duelo de domingo por ter visto o cartão vermelho na ronda passada em Alverca (derrota sadina por 2-0).

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Domínio sadino no confronto directo

 

Em retrospectiva, no confronto directo entre os clubes, que se defrontaram pela primeira vez na longínqua época de 1943/44, com uma goleada (3-9), em Coimbra, imposta pelos sadinos, o balanço geral, em todas as competições, é favorável aos vitorianos: em 136 jogos, a equipa ganhou 64 (47%), empatou 25 (18%) e perdeu 47 (35%). Destes duelos, 108 foram a contar para a 1.ª Divisão, 11 para a Taça de Portugal, oito para a II Liga, um para a Taça da Liga, sete para o Campeonato de Portugal e um para a Liga 3.

A percentagem de êxitos dos verdes e brancos aumenta ainda mais quando se tem em conta apenas os confrontos jogados em Setúbal. Em 66 jogos com os sadinos como anfitriões, houve 42 vitórias (64%), nove empates (14%) e 15 derrotas (23%). Entre todos os 136 duelos travados até hoje com a Académica nenhum é tão especial para os sadinos como a épica final da Taça de Portugal de 1967, que permitiu trazer o troféu para Setúbal.

A 9 de Junho desse ano foram precisos dois prolongamentos, além dos 90 minutos, que perfizeram um total de 144 minutos, para que os sadinos erguessem a Taça no final do encontro do Jamor. Guerreiro, José Maria e Jacinto João, que apontou o golo de ouro que, para gáudio dos sadinos, acabou com o jogo que permitiu à equipa treinada por Fernando Vaz bater os estudantes.

Entretanto, mais de 55 anos depois desse dia histórico, o contraste para esses dias de júbilo é evidente no universo vitoriano. Tal como aconteceu nos momentos felizes do passado, é importante que os jogadores que envergam hoje a camisola do clube tenham o apoio dos adeptos para terem êxito. Para atrair um maior número de vitorianos ao Bonfim, a direcção permite a entrada gratuita aos jovens que apresentem o Cartão de Estudante nas portas 6 e 7. O clube informa ainda que os detentores do Bonfim Pass poderão levantar 3 bilhetes de forma gratuita, enquanto os sócios pagam 2 euros e os não sócios 5.

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