27 Abril 2024, Sábado
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Paulo Martins, treinador do Vitória B: “Reconhecemos as nossas limitações mas sabemos onde queremos chegar”

Sadinos vão lutar pela subida à 1.ª Divisão da AF Setúbal depois de garantirem o 1.º lugar na série A da 2.ª Divisão

 

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Depois de a cinco jornadas do fim terem atingido um lugar na fase final do campeonato, o Vitória conseguiu agora, quando ainda falta realizar uma jornada, o 1.º lugar. Atingir este primeiro objectivo foi mais fácil ou complicado do que esperava?

Nada é fácil. Começámos a época com um jogador sénior da época passada, dois juniores que decidiram ficar no projecto e tivemos de fazer um processo de captações. No início tudo parecia muito difícil e tudo isso valoriza ainda mais o que atingimos. O 1.º lugar foi fruto de muito trabalho. Procurámos passar aos jogadores a grandeza do clube e a responsabilidade de que temos ao representá-lo. O mérito vai todo para os jogadores numa equipa que tem uma média de idades inferior a 20 anos, a mais baixa do campeonato.

Houve festa da equipa no domingo depois do triunfo (3-0) na casa do Estrela de Santo André ou nem por isso porque era algo que já tinham como dado adquirido?

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Não houve propriamente uma festa, mas foi realçado o trabalho que foi desenvolvido. A equipa está de parabéns pelo que fez nesta primeira fase da prova. Ficámos satisfeitos e desfrutámos um pouco do que conseguimos. É mérito nosso, mas estamos bem cientes de que nada foi alcançado, além de termos passado à próxima fase. Em primeiro lugar sabe ainda melhor. É gratificante e deixa-nos orgulhosos.

O que disse aos seus jogadores depois da conquista dos três pontos e da consolidação do 1.º posto?

Dei os parabéns ao grupo de trabalho e realcei o empenho que tivemos com um clube que merece que sejamos competentes. Temos de deixar tudo em campo, seja nos treinos seja nos jogos.

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Qual o segredo do sucesso da equipa que somou 10 vitórias, cinco empates e apenas uma derrota em 16 jogos?

Tivemos momentos difíceis e outros muito bons, como acontece com todos os clubes, o segredo foi o facto de termos todos, sem excepção, assumido um compromisso comum.

Não foi só no número de pontos que o Vitória se destacou em relação à concorrência, uma vez que também é, neste momento, o melhor ataque (30 golos) e defesa (10) da prova. Ficou satisfeito com estes números ou entende que à margem para melhorar a produção ofensiva e a solidez defensiva?

Os números dão-nos confiança. No processo defensivo estamos bastante consolidados, apesar de podermos sempre melhorar. O caminho é termos uma equipa em que reconhecemos as nossas limitações, mas sabemos onde estamos e onde queremos chegar. Sabemos que não somos os melhores, mas queremos ser como os melhores.

Seguramente, todos os jogadores são peças importantes na equipa. Em todo o caso, consegue eleger quais os atletas que mais se destacaram neste campeonato?

Não gosto de realçar nenhum jogador. Valemos pelo colectivo. O espírito dos que estão no plantel e dos que vêm do sub-19 é idêntico. Estão contentes e sabem que temos de nos ajudar uns aos outros. Em 16 jogos estreámos 23 jogadores diferentes. Todos contam, é esse o caminho.

 

“Não temos medo de nenhum clube”

 

O que podem os adeptos esperar da fase final? O Vitória assume-se como um dos principais candidatos à subida à 1.ª Divisão Distrital da AF Setúbal?

Independentemente de o jogo correr bem ou menos bem, os adeptos sabem que esta equipa tem de morrer em campo por esta camisola. O grau de exigência é máximo. Temos que dar tudo por este símbolo. Quanto à subida, vamos pensar jogo a jogo. Sabemos que vai ser bastante difícil porque são oito equipas bastante competentes, mas só duas poderão subir. Não nos podemos esquecer que para os miúdos que formam o plantel, a responsabilidade que existe num clube com a dimensão do Vitória é uma novidade.

Consegue eleger o melhor momento vivido até ao momento na presente época?

Foi na fase inicial, altura em que estávamos todos apreensivos porque íamos jogar nas primeiras jornadas com três das quatro equipas que se tinham assumido como candidatas. As coisas correram-nos bem e conseguimos embalar para uma boa prova.

E qual foi o mais complicado?

Os meses de Dezembro e Janeiro, altura em que tivemos uma fase menos produtiva. Não posso dizer que esse período tenha sido muito complicado, mas tivemos mais dificuldades. Tivemos uma derrota (1-0 com Lagameças) e encarámos isso como fazendo parte do processo. Despertou-nos, obrigou-nos a andar mais focados e exige mais dos treinadores e de toda a gente. Neste clube não se pode tirar o pé do acelerador, temos de querer sempre mais.

Pelo que conhece da prova, quais os adversários que mais teme e quais, no seu entender, são os favoritos à subida?

Não temos medo de nenhum clube. Acreditamos muito no nosso trabalho e nos processos que temos de desenvolver. Respeitamos os nossos adversários, mas vamos querer ganhar-lhes sempre.

Para quem não está familiarizado com a fase final pode explicar para quando está previsto começar a próxima fase, de que forma vão estar as equipas distribuídas e quem subirá de divisão?

Não vamos participar na última jornada, por isso, vamos ter uma semana de descanso. Depois disso, o campeonato pára e realiza-se o sorteio puro em que todas as equipas começam do zero em dois grupos de quatro equipas cada. Vão subir duas à 1.ª divisão distrital. Será extremamente difícil porque todas as equipas têm qualidade e estão nesta fase com mérito. Todas vão querer subir de divisão. Deixo um apelo aos sócios para que nos apoiem porque toda a ajuda é pouca. Esta equipa merece que os vitorianos puxem por eles. Por tudo o que têm feito, estes meninos merecem.

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