18 Abril 2024, Quinta-feira
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Jogador do Samouquense nunca vestiu outra camisola ao longo da sua carreira

“Foi aqui de cresci e foi aqui que fiz amizades, nunca senti necessidade de procurar carinho noutros clubes”, referiu João Angélico

 

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João Angélico, actualmente com 37 anos, ao longo da sua carreira desportiva vestiu apenas uma camisola e representou sempre o mesmo clube, a Associação Desportiva Samouquense, o clube da terra onde nasceu.
Começou a jogar na ADS em 1996, fez toda a sua formação no clube e jogou na equipa sénior até à última jornada do campeonato distrital da 2.ª divisão frente ao Lagameças. Para além de ser uma referência era um dos capitães da equipa e o clube como forma de reconhecimento pela sua dedicação resolveu homenageá-lo.

Como se sentiu com a homenagem que lhe foi prestada pelo clube?
Bom, para além de lisonjeado, senti um misto de emoções. Foi o orgulho com um sentimento de missão cumprida e ao mesmo tempo uma tristeza pelo meu pai não estar entre nós para assistir à surpresa. Foi ele quem me levou ao primeiro treino, foi uma das pessoas mais importantes pela prática de algo que sempre gostei.

Ao longo da sua carreira desportiva jogou sempre na AD Samouquense. Por amor à camisola ou porque nunca recebeu propostas de outros clubes?
Foi aqui que cresci enquanto homem e enquanto jogador e foi aqui que fiz amizades de uma vida. Como cresci no Samouco, foi fácil ser fiel à ADS. Nunca houve uma necessidade de procurar carinho em outros clubes. Respeito quem o faz, mas eu, enquanto jogador, nunca senti a necessidade de sair do clube.

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No seu perfil oficial de jogador há um longo período sem registo. Quer dizer que esteve inactivo ou por qualquer outra razão?
É natural porque a ADS esteve sem plantel sénior durante algum tempo, fosse a competir na distrital de Setúbal ou no Inatel. Acabou também por coincidir cronologicamente na formação da minha vida profissional. Ou seja, não havendo equipa e estando eu a estudar, acabou por influenciar a ausência desse registo.

Presentemente era um dos capitães de equipa. Que representava isso para si?
Mais importante que ser capitão, é incutir aquilo que muitos conhecem por mística de um clube. Tivemos este ano, jogadores novos de idade e novos no que diz respeito a ser a primeira vez que representaram a ADS. Eu acho que era essa uma das missões que nós, capitães, tínhamos, a par da equipa técnica que também foi composta por ex-jogadores do clube. Mas em balanço geral, acho que para qualquer jogador, é sempre uma honra capitanear um grupo de homens em defesa de um emblema, ou camisola.

Está actualmente com 37 anos. Sente-se com vontade de continuar a jogar?
Fisicamente sinto-me capaz de continuar, mas chega uma altura da nossa vida que existem factores com mais peso quando toca a tomar decisões.

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Qual o balanço que faz desta época desportiva a nível individual e colectivo?
A nível individual foi uma época positiva, com alguns golos, mas nunca estipulei objectivos individuais. Acho que o mais importante é ajudar o grupo. A nível colectivo, iniciámos o projecto para esta época de uma forma bem estruturada, mas o grupo sentiu de algum modo os maus resultados e no primeiro terço da época foi difícil conseguir uma segunda vitória consecutiva. Se isso acontecesse, dava um ânimo e uma auto-estima diferente. Depois com o trabalho e a união, conseguimos as duas vitórias seguidas e aí conseguimos ter alguma estabilidade emocional e conseguimos não só fazer uma boa segunda volta como também, boas exibições. Acabámos por encontrar na parte final uma confiança que ajudou à boa sequência de resultados favoráveis e isso deixa uma motivação extra ao grupo para a próxima época, porque é sinal que o trabalho pode ser bem feito. Basta melhorar alguns aspectos.

Há algo mais que queira referir?
Deixar um abraço a todos os jogadores, treinadores e staff com quem tive o gosto e a oportunidade de jogar. Em relação a esta época, um abraço para todos os samouqueiros, aos meus colegas de equipa, treinadores e um abraço especial ao presidente António Pinto, Margal e ao David.

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