28 Março 2024, Quinta-feira
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Rafael Cabrita: “Capitanear o Vitória é um grande privilégio e enorme responsabilidade”

“Objectivos? Acabar no top 5 da 1.ª Divisão da AF Setúbal e dignificar o clube”, diz o jogador de 27 anos

 

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O que representa para si ser capitão do Vitória? É especial liderar uma equipa do clube da sua cidade natal e onde fez a sua formação como futebolista?

Capitanear esta equipa de jovens jogadores é um grande privilégio e uma enorme responsabilidade. Liderar a equipa da minha cidade e que me viu crescer, desde os meus primeiros passos futebolísticos, já é por si especial. O facto de poder aliar essa situação à de liderar jovens jogadores com aspirações no mundo do futebol, possibilita que lhes transmita não só a cultura do clube mas também partilhar alguma da pouca experiência que tive enquanto jogador.

Decorridas 23 jornadas do campeonato, o Vitória está no top 5 da tabela. A posição está dentro das expectativas que tinham inicialmente?

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A meta inicialmente estabelecida foi acabar nos primeiros 5 lugares da tabela classificativa. Aceitámos, humildemente, que havia equipas com condições que não tínhamos, e que teríamos de dar sempre o nosso melhor, não só para atingir os objectivos propostos mas para também dignificar o símbolo que trazemos ao peito. Hoje, a caminho da vigésima quarta jornada, podemos dizer que estamos no caminho certo para alcançar a nossa meta, fruto do nosso trabalho e qualidade.

Ainda com muitas jornadas por realizar, até onde pode chegar a equipa?

O nosso foco passa por amealhar o maior número de pontos possíveis, o mais rápido possível. Somos uma equipa em crescimento. Temos muitos jogadores com idade inferior a 20 anos e este campeonato traz muitas aprendizagens resultantes de situações que nunca tinham vivido. Inicialmente, perdemos pontos por alguma falta de maturidade mas considero que, atendendo ao nosso registo dos últimos 10 jogos, consegue-se verificar o nosso crescimento como equipa e que, continuando o nosso trabalho, podemos seguir nesta senda vitoriosa.

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Pelo que conhece do plantel do Vitória e dos adversários, acredita que podem pensar em chegar a um lugar do pódio (3.º lugar)?

O que podem esperar desta equipa é que vamos jogar sempre para ganhar, pensando sempre jogo a jogo. Se queremos chegar ao topo, temos já de ganhar ao União de Santiago no domingo e só depois pensar no próximo adversário.

Na época de estreia da equipa na 1.ª divisão da AF Setúbal, quais considera serem os segredos do sucesso?

Trabalho, capacidade de superação, um querer imenso e mais de que uma equipa, uma família. Se faltasse um desses factores não resultaria.

Que importância atribui ao treinador Paulo Martins nesta caminhada?

O Paulo é uma pessoa com quem trabalho desde 2019, nessa altura no CDR Águas de Moura. É uma pessoa especial, foi ele que me fez voltar a jogar futebol. Tem uma capacidade tremenda de unir a equipa e de incutir um espírito de querer mais de nós e da equipa. Defende até ao fim os seus jogadores e não deixa que nos falte nada. Tem a felicidade de ter uma excelente equipa técnica ao seu lado, que lhe ajudam bastante não só em questões tácticas mas também na gestão de grupo.

Domingo deslocam-se a Santiago do Cacém, casa que foi sua em 2015/16. O que esperam desse jogo frente a uma equipa que luta pela fuga aos últimos lugares? Quais as cautelas a ter?

É um campo difícil. Temos de estar nos máximos índices de concentração para sairmos vitoriosos. Temos trabalhado durante a semana para chegarmos ao jogo preparados ao máximo.

Caso vençam domingo, o Vitória completa a melhor série da época com 5 triunfos consecutivos. Têm esse objectivo em mente?

Queremos continuar este registo, trabalhamos para isso. Iremos ter pela frente um adversário complicado e vamos ter que dar tudo para continuarmos no trilho de vitórias.

Nas últimas quatro vitórias a equipa não sofreu golos. Considera essa solidez defensiva um dos principais pontos fortes?

A equipa tem-se comportado de forma exímia defensivamente e isso tem-nos ajudado a ganhar jogos. É definitivamente uma das nossas qualidades que mais nos beneficia.

Na luta pelo 1.º lugar quem pensa que tem mais possibilidades de vencer: o Fabril ou o Comércio e Indústria? Porquê?

Creio que vai ser uma luta até ao fim, entre as duas melhores equipas do campeonato. Ambas têm argumentos para alcançar a subida de divisão, e qualquer uma que suba, será um justo vencedor. Não consigo adivinhar quem alcançará a tão desejada subida de divisão.

Sendo setubalense e por já ter jogado no Comércio está a torcer pelo seu antigo clube?

Obviamente que torço pelo Comércio. Não só por ser um clube da minha cidade e onde joguei, mas por todas as pessoas que pertencem à direcção do clube e a muitos jogadores do plantel que foram meus companheiros de equipa e são meus amigos. O clube tem vindo a crescer imenso com esta direcção e deve ser um orgulho para toda a cidade, o trabalho que tem sido realizado no Comércio. Espero que alguns jogadores e meus amigos do Fabril não fiquem chateados com a minha preferência (risos).

Sentem que os adeptos do clube têm estado ao lado desta equipa ou considera que está aquém das expectativas?

É uma pergunta difícil. É lógico que gostaríamos de ter mais adeptos nos nossos jogos, porque seria o reconhecimento do nosso trabalho. Mas também temos de compreender que equipa A luta pela subida de divisão e que nesta fase todo o apoio dos adeptos deve estar concentrado para que tal aconteça.

Se pudesse pedir um presente para a sua equipa qual seria?

O maior presente que podia pedir para a minha equipa seria ver o maior número de jogadores e treinadores alcançarem os seus objectivos. Seria o maior reconhecimento do trabalho realizado e do que há ainda por realizar até ao final da época.

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