8 Maio 2024, Quarta-feira

Pedido de AG destitutiva já foi entregue

Pedido de AG destitutiva já foi entregue

Pedido de AG destitutiva já foi entregue

120 sócios assinaram o documento que já estará na posse de Cândido Casimiro. Reunião magna tem de ser convocada em trinta dias.

 

Completa a recolha de assinaturas por parte de um associado, o pedido para uma Assembleia Geral Extraordinária com o intuito de destituir a direcção do Vitória já foi entregue a Cândido Casimiro. De acordo com Mário Paixão, sócio 827 do clube e responsável pela iniciativa, o líder da mesa da AG tem agora trinta dias para convocar a reunião.

Ao que O SETUBALENSE apurou, o documento entregue conta com 120 assinaturas, sendo que dois terços dos associados que assinaram terão de estar presentes da AG para que esta possa ter efeito.

“À luz dos acontecimentos recentes, parece-me quer a mim quer aos demais signatários, que a atual direcção não tem nem a credibilidade, nem a competência para tomar as decisões importantes que se adivinham, sendo que a palavra tem de ser devolvida aos sócios, não pondo em causa o seu vitorianismo. Situações como foi a do pagamento à Autoridade Tributária, a incapacidade de inscrever a equipa nos campeonatos principais, embora ainda exista a esperança de um erro processual que nos possa dar uma oportunidade, a participação pela primeira vez no terceiro escalão, a falta de comunicação com os sócios e os títulos executivos deixados nas mãos de treinadores são razões mais que suficientes para que a legitimidade desta direcção seja decidida pelos sócios”, pode ler-se no pedido entregue ao PMAG. É ainda sublinhado que o mesmo ficará sem efeito se, no prazo dos trinta dias estabelecidos, for convocada uma outra AG ou se a direcção se demitir ou for demitida. “Qualquer uma das alternativas seria preferível, visto que seria o próprio clube a resolver a situação que criou, não sendo obrigado a passar por uma pouco dignificante assembleia destitutiva”, acrescenta.

Resta saber com que contornos se realizará esta Assembleia Geral, uma vez que todo o país – e não apenas a Área Metropolitana de Lisboa, desde o passado dia 15 – está em situação de contingência, estando proibidos eventos com mais de dez pessoas. Como tal, a mesa da AG deverá precisar de endereçar um novo pedido ao delegado de saúde para obter uma autorização especial que foi rejeitada no passado. Mário Durval, delegado de saúde regional na altura, admitiu em entrevista O SETUBALENSE que a reunião poderia ter sido autorizada caso tivesse sido pedida para o Estádio do Bonfim e não para o Pavilhão Antoine Velge, com Cândido Casimiro a afirmar posteriormente que “em parte nenhuma do requerimento se diz que a Assembleia Geral era para ser realizada no Pavilhão Antoine Velge, nem aliás em qualquer outro lugar”.

 

Primeira fase contra dez

Depois de confirmada a desistência do Armacenenses, que seria adversário do Vitória no Campeonato de Portugal, a Federação Portuguesa de Futebol já decidiu e a vaga criada pela saída da formação de Armação de Pêra não irá ser preenchida por outra equipa. “A opinião do nosso departamento jurídico era diferente, mas a FPF entende que não pode haver a substituição de um clube que tenha informado a sua não participação depois do sorteio. Por isso, a vaga não irá ser preenchida. Cabe-nos respeitar a decisão”, afirmou à agência Lusa o presidente da Associação de Futebol do Algarve, Reinaldo Teixeira.

Como tal, a série H contará com apenas 11 clubes, um dos quais o Vitória. No caminho dos sadinos estão Aljustrelense, Amora, Esperança de Lagos, Juventude de Évora, Louletano, Lusitano de Évora, Moncarapachense, Moura, Olhanense e Pinhalnovense. De acordo com o regulamento aprovado para esta época, apenas o primeiro classificado de cada série avançará para o play-off que decidirá a subida à II Liga, enquanto que as equipas que terminem entre o segundo e o quinto lugar passam à segunda fase, na qual se disputará a presença na III Liga, que fará a sua estreia em 2021/22.

Entretanto, o Moura acedeu a um pedido do Vitória e aceitou o adiamento do jogo inaugural, inicialmente agendado para o próximo dia 20. A partida frente à equipa orientada por Bruno Ribeiro, antigo jogador e treinador dos sadinos, será disputada no dia 15 de novembro, pelas 15 horas. “Agradecemos ao Moura AC, ao seu presidente Luís Jacob, ao treinador Bruno Ribeiro e ao diretor desportivo José Brites, a disponibilidade e compreensão”, afirmou o emblema setubalense.

Partilhe esta notícia
- PUB -