Vitória e Lusitânia dos Açores somam seis pontos em dois jogos na fase de subida à Liga 3
O Vitória somou este domingo o seu segundo êxito consecutivo na fase de subida do Campeonato de Portugal (série 2) ao vencer, por 2-1, na casa do Moncarapachense, em partida da 2.ª jornada da prova que lidera a par do Lusitânia dos Açores. Os golos dos sadinos, que ao intervalo já venciam por 1-0, foram apontados por Caleb de penálti (14 minutos), e Marouca (59). Apesar de os algarvios terem marcado por Filipe Soares (68), os vitorianos seguraram a vantagem que lhes valeu os três pontos até ao apito final.
O Vitória apresentou-se ontem no campo António João Eusébio, em Moncarapacho, com Tiago Neto, Joel Monteiro, Lourenço Henriques, Tiago Duque, Gonçalo Maria, António Montez, Mauro Antunes, João Marouca, Caleb, Diogo Sequeira e Tuga no onze inicial. Em relação à ronda anterior, José Pedro apresentou duas novidades no onze: Marouca e Tuga foram titulares em detrimento de Daniel Carvalho e Heliardo.
Apoiados por centenas de adeptos, os setubalenses foram os primeiros a visar a baliza defendida por Ayoub num remate efectuado por Marouca, aos quatro minutos, que passou perto do alvo. Os anfitriões, que na partida anterior tinham perdido 2-0 com o Lusitânia dos Açores, responderam no minuto seguinte num cruzamento para o interior da área que foi desviado da zona de perigo por António Montez.
Depois de o perigo ter rondado ambas as balizas, os vitorianos conseguiram adiantar-se no marcador, aos 14 minutos, através de um penálti convertido por Caleb. A infracção que deu origem ao pontapé da marca dos 11 metros surgiu na sequência de uma falta cometida sobre Marouca. O médio brasileiro não desperdiçou a oportunidade e colocou o conjunto de Setúbal a ganhar por 1-0 antes de estar cumprido o primeiro quarto de hora de jogo.
De bola parada, sadinos e algarvios conseguiram chegar às áreas contrárias pouco depois do golo. Primeiro foi Mauro Antunes, aos 17, a bater um livre directamente para as mãos de Ayoub. Muito mais perigoso foi o lance criado pelo Moncarapachense que, aos 22 minutos, ficou muito perto do empate num remate de Davi que acertou no ferro e só depois disso Tiago Neto segurou a bola, impedindo males maiores para a sua baliza.
Até ao intervalo, o Vitória, que foi a melhor equipa no primeiro tempo, voltou a ameaçar o golo num lance em que, aos 28 minutos, não surgiu nenhum elemento a encostar. Aos 33 foi a vez do lateral Joel Monteiro subir no terreno para cruzar para a área onde surgiu Marouca a cabecear e a falhar por muito pouco o segundo golo. Ainda antes do intervalo, os algarvios responderam, aos 39, num lance em que António Montez tirou a bola da área.
Marcar, sofrer e segurar vantagem
Na segunda parte, o Moncarapachense, que estava obrigado a pontuar para não deixar os adversários do grupo afastarem-se na classificação, entrou forte e ficou perto do golo, aos 49 minutos, momento em que Tiago Neto viu a bola acertar novamente no ferro da sua baliza. O Vitória reagiu à ameaça e quase ampliou a vantagem aos 54 minutos quando Gonçalo Maria só não fez golo directo num lance de bola parada porque Ayoub estava atento.
No minuto seguinte, num jogo em que a equipa se adaptou ao sintético e às dimensões reduzidas do campo, os comandados de José Pedro, por intermédio do avançado Tuga, introduziram a bola no interior da baliza contrária, mas a jogada já tinha sido interrompida pelo árbitro por fora-de-jogo. O lance foi o pronúncio para o 2-0 que foi apontado, aos 59 minutos, por Marouca, de 24 anos, que foi eficaz a finalizar após uma assistência vinda do flanco.
Galvanizados pelo público e pela vantagem de dois golos, os sadinos só não festejaram o terceiro aos 65 minutos porque Gonçalo Maria rematou por cima da baliza contrária. Na área contrária, logo no minuto seguinte, o Moncarapachense criou perigo no ataque, momento em que o capitão Tiago Duque fez dois cortes a evitar males maiores para a sua baliza. Aos 68, nenhum sadino conseguiu impedir que Filipe Soares reduzisse para 2-1 e relançasse a incerteza quanto ao vencedor do jogo.
Apesar de os anfitriões terem ido em busca do golo da igualdade, os vitorianos seguraram a vantagem até ao apito final. De forma a dar maior frescura física à equipa, o treinador fez duas substituições aos 75 minutos – Flavinho e Daniel Carvalho entraram para os lugares de Diogo Sequeira e Marouca –, e outra, aos 88, momento em que Heliardo rendeu Tuga. Juntamente com os restantes colegas que terminaram o jogo, o Vitória segurou os três pontos e mantém, a par do Lusitânia dos Açores (ambos com seis pontos em duas jornadas) a liderança da série 2 da fase de subida do Campeonato de Portugal.