A União Desportiva e Cultural Banheirense, revoltada com as arbitragens, esteve para não regressar ao campo após o intervalo do jogo com o Trafaria. Esta foi inicialmente a decisão tomada pela direcção e equipa técnica, na sequência do que se havia passado na primeira parte que culminou com a expulsão de um jogador, mas depois acabou por ceder por respeito aos jogadores.
Mais tarde emitiu um comunicado a dar conta do seu descontentamento, não só em relação a este jogo mas também em relação a outros anteriores.
“Ouve se por aí que o futebol na UDCB é para acabar, não conseguimos perceber o problema: se é por não termos formação, se é por o nosso futebol ser amador (ninguém ganha no futebol) ou se o treinador é uma pedra no sapato, ou se são as 3 coisas juntas. O que sabemos é que alguém, afinal com muita sabedoria, nos disse ‘ganharam os 3 últimos jogos, estavam bem posicionados, agora que vão recomeçar do zero, não os vão deixar ganhar jogos’.
Tivemos dificuldade em acreditar, porque somos um clube humilde que merece respeito, mas já no último jogo em casa foi o que foi. Não sabemos se teríamos ganho o jogo ou não, mas fomos altamente penalizados quando ficámos a jogar com 10 no início da primeira parte. E hoje [domingo], a jogar na casa do Trafaria foi a maior das decadências, a vergonha das vergonhas”, lê-se no comunicado.
“A Direcção decidiu não entrar em campo na segunda parte em concordância com o treinador, mas os jogadores quiserem terminar o jogo e por respeito aos mesmos, assim aconteceu. Não andamos a dormir, e para que não digam que estamos sempre a ‘chorar’ os jogos são todos filmados e a partir do momento em que estamos a ganhar começa o ‘filme’. Não vamos explicar porque nos assinalaram um penalti sem ser, nem porque o nosso central foi expulso indevidamente (tudo na primeira parte), mais do que as palavras ficam as imagens. Aconselhamos a ver os vídeos deste roubo que iremos divulgar nos próximos dias. Não nos vergam nem nos calam. Esperem de nós tão-somente aquilo que nos deram”.