Clube acusa o dirigente de empurrar os problemas com a barriga porque não tem capacidade para mais. Em causa está também o Conselho de Disciplina
O Grupo Desportivo de Alfarim, revoltado com a falta de resposta da Associação de Futebol de Setúbal ao e-mail enviado no dia 8 de Março a pedir esclarecimentos sobre a demora na actualização da tabela classificativa na sequência da desistência do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão de Seniores (oficializada através da NI 109 de 11 de Fevereiro), pede a demissão do presidente da direcção e do presidente do Conselho de Disciplina.
O clube adianta que apoiou a lista vencedora porque em tempo de pandemia esta merecia um mandato mais calmo e dentro da normalidade.
Mas, porque no seu entender “tem faltado capacidade de liderança e união, dentro e fora da AFS, ao presidente da direcção, que vai empurrando os problemas com a barriga para a frente, estando à vista de todos que não tem capacidade para mais, deve-se demitir imediatamente, assim como o seu colega presidente do Conselho de Disciplina, que deixa uma simples funcionária, Marta Ferreirinho, fazer o que quer a seu belo prazer”.
O GD Alfarim adianta que é “um clube cumpridor com as suas obrigações e deveres mas sente que neste momento não há o mínimo respeito e equidade por parte da direcção da AF Setúbal para com os clubes.
Sendo assim, vê-se obrigado a dar a conhecer algumas situações que se têm passado”. O presidente da direcção é acusado de “ocultar dos colegas de direcção situações que vão ocorrendo ou então estes só lá vão marcar presença”, porque desconhecem muita coisa.
O clube interroga também se “alguém consegue explicar o elevado número de despenalizações que existem na Associação e porque as mesmas dizem respeito apenas a meia dúzia de clubes. Não venham com a treta que o árbitro não escreveu nada, pois para azar dos azares são sempre os mesmos”.
Ainda no que respeita a castigos “o clube lamenta a suspensão por 25 dias e 75 euros de multa, aplicada ao seu presidente pelas ocorrências no jogo com o Vasco da Gama, por reincidência, quando o mesmo tem mais de 1500 presenças no banco e apenas 5 expulsões, enquanto há agentes desportivos que já foram expulsos três vezes e advertidos meia dúzia delas e o máximo que levaram foi 50€”.
“Há também o caso de um jogador que jogou castigado contra o Grupo Desportivo de Alfarim e pelos vistos o Conselho de Disciplina não se apercebeu”. Outra situação que não dá para entender foi o que se passou num jogo de juniores com o Desp. Fabril, que não terminou”.
“O árbitro diz que o jogo não terminou porque “a equipa da casa, sem substituições, obteve muitas saídas de jogadores devido a lesões (sem especificar quantas), assim sendo só foi dado 14 minutos da 2.ª parte e o jogo foi dado como terminado”.
O clube interpôs recurso mas o CD manteve a sua decisão revelando uma verdadeira ditadura porque só ouviu uma parte quando no jogo estavam três equipas e um conjunto de espectadores para além das forças policiais”.
O GD Alfarim quer também ser esclarecido se à data, e com poucos meses de mandato, já se demitiram, ou foram demitidos, dois elementos do conselho de arbitragem e um do conselho técnico.