26 Abril 2024, Sexta-feira
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“Se houver subidas deveria ser considerada a classificação da primeira volta”

Presidente Joaquim Tavares está expectante em relação ao que vai acontecer e acrescenta que de futuro nada vai ser como dantes

 

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A ADQC está a viver a actual situação com grande apreensão e relega o aspecto desportivo para segundo plano mas ao mesmo tempo mostra-se preocupado com o futuro do clube que fica impedido de prosseguir aquilo que havia projectado por questões financeiras e também pela falta de capacidade de trabalho em função do isolamento social.

Sobre os campeonatos, o presidente do clube, Joaquim Tavares, concorda com o términus das competições mais jovens, mas considera discutível, outras decisões. No caso dos seniores entende que no caso de haver subidas o mais justo seria ter em conta o posicionamento das equipas no final da primeira volta.

Joaquim Tavares espera que tudo volte à normalidade o mais rápido possível com o mínimo de sofrimento e perda de vidas humanas. Mas, enquanto isto mostra-se expectante em relação à próxima época porque nada vai ser como dantes.

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Como está a ADQC a viver a actual situação causada pelo coronavírus?

A ADQC está a viver este momento com grande apreensão, em primeiro lugar e acima de tudo em relação à saúde de cada um dos membros da família ADQC e não só e, num nível inferior de preocupação, relativamente ao aspecto desportivo e de desenvolvimento do clube.

O clube está a sentir os efeitos negativos desta paragem obrigatória?

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Estamos a sentir esta paragem porque estamos todos impedidos de fazer aquilo que mais gostamos que é trabalhar em prol do clube e dos atletas e estes de treinar e jogar. Do ponto de vista financeiro, reduzimos drasticamente as receitas mas também as despesas. Esta situação não nos coloca em dificuldades mas impede-nos de realizar algumas melhorias que pretendíamos fazer no clube e que iríamos ter condições para o efeito. Não só pela questão financeira mas também pela capacidade de trabalho que todos perdemos em função do isolamento social a que estamos sujeitos.

A FPF decidiu dar a época por terminada nos escalões de formação. Concorda com esta decisão?

Não havendo datas suficientes para concluir os campeonatos, já previa que tal viesse a suceder. Contudo, o facto de não se produzirem quaisquer efeitos em termos de atribuição de campeonatos, subidas e descidas já me parece discutível e muito penalizador para clubes e atletas (opinião registada antes da oficialização da decisão por parte da AF Setúbal).

E se esta medida for também aplicada pela AF Setúbal nas competições seniores?

Tal como nos escalões de formação, não me parece que a prova possa ser retomada a tempo de ser concluída ainda nesta época. Não se prevê que a situação fique controlada tão cedo, por isso, não vejo outro desfecho, infelizmente.

Em sua opinião qual seria a melhor solução?

Deveremos procurar uma solução que, não sendo a ideal seja a menos penalizadora, menos injusta e mais equilibrada. Penso que o mais adequado à situação será operar pelo menos subidas, considerando a classificação da primeira volta de cada campeonato uma vez que é o momento da competição em que já todos jogaram contra todos. De resto, na AFS e penso que nas restantes Associações também, abundam as provas jogadas a uma só volta pelo que, por analogia poderá aplicar-se a esta situação extraordinária. Caso não pretendam fazer descidas de divisão (e parece-me bem) poderemos, excepcionalmente, aumentar o número de equipas nos campeonatos das divisões superiores.

Para finalizar, quer acrescentar algo mais ao que foi dito?

Espero que tudo volte à normalidade o mais rápido possível e com o mínimo de sofrimento e perda de vidas humanas. Para além desta época estou muito preocupado com a próxima. Nada vai ser como dantes. Para além das sequelas humanas, que são irreparáveis, veremos quais as consequências económicas, financeiras e desportivas que advirão desta situação. Prevejo grandes dificuldades para todos. Por fim, alertar de novo os nossos atletas para a necessidade de permanecerem em casa e deixar uma mensagem de esperança na certeza de que tudo faremos para voltar o mais cedo possível, mas em segurança, à actividade. Um agradecimento e uma palavra de especial reconhecimento a todos os profissionais deste País que continuam a trabalhar para que nada nos falte e a nossa solidariedade para com todos aqueles que de uma ou outra forma já foram atingidos por esta calamidade.

José Pina
Jornalista
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