José Semedo visitou com quatro colegas a Pediatria do Hospital de São Bernardo antes da recepção de sábado (15:30 horas) ao Santa Clara
Milton Raphael, José Semedo, Costinha, Nuno Valente e Zequinha, jogadores do Vitória FC, visitaram ontem ao final da manhã a unidade de pediatria do Hospital de São Bernardo, em Setúbal. A presença do quinteto no hospital proporcionou às crianças internadas e aos funcionários da ala pediátrica, a quem ofereceram presentes, deram autógrafos e tiraram fotografias, uma manhã diferente.
Depois de concluída a iniciativa, coube a José Semedo, médio que nasceu há 33 anos no Hospital de São Bernardo, falar aos jornalistas, lançando também o jogo de sábado, 15h30, diante do Santa Clara, a contar para a 14.ª jornada da I Liga. “Oxalá consigamos os três pontos para darmos como presente aos nossos adeptos”, disse, deixando-lhes elogios: “os vitorianos têm sido fantásticos connosco, durante e depois dos jogos”.
Qual a importância da iniciativa que hoje o trouxe com outros colegas a visitar a pediatria do Hospital de São Bernardo, local onde nasceu há 33 anos?
É muito gratificante regressar aqui para participar nesta iniciativa. Ainda mais nesta altura em que a magia do Natal está no ar e as pessoas sentem mais amor nesta época. Ver o sorrido das crianças é algo que não tem palavras para descrever. O facto de o Vitória estar presente nestas iniciativas é algo que nos faz muito felizes.
Houve alguma reação das crianças que o tenha marcado particularmente?
O sorriso que vi em todas as crianças foi especial, é algo que não tem preço. Estamos aqui e vamos continuar a estar porque a diretora disse que podemos vir aqui muito mais vezes porque fazemos um bem enorme às crianças com a nossa presença. Sabê-lo eche-nos o coração de felicidade.
O clube tem procurado reforçar a sua presença junto da comunidade. Em termos pessoais já deu a cara em várias iniciativas, como aconteceu no passado mês de Março no Bairro da Bela Vista. A título individual, o que representa para si estas iniciativas?
É muito importante. Estive muitos anos fora da minha cidade e, depois de vir para o Vitória, sinto uma satisfação enorme em estar presente nestas iniciativas. Já transmiti ao clube que estou disponível para tudo o que seja preciso fazer na nossa cidade e chegar perto das pessoas. Nunca me deixem fora destas iniciativas.
O que representa o Natal para si?
São as crianças. Ver a alegria dos meus filhos [gémeos de 9 anos de idade] e das outras crianças quando estão de férias da escola. Vê-las correr na rua, nos centros comerciais, a esperança de receberem presentes no Natal… é mágico.
O calendário futebolístico vai ser apertado este ano. Como vai passar o Natal?
Em família. Para mim o importante é estar com os meus filhos e sobrinhos. A minha felicidade está em vê-los sorrir. Levantam-se todas as manhãs e, ainda hoje (ontem), disseram-me: ‘pai, hoje é dia 20’. No dia anterior: ‘pai, hoje é dia 19’. Já estão ansiosos a contar os dias e isso é especial.
Depois do afastamento da Taça de Portugal, o Vitória centra agora atenções no campeonato e no jogo de sábado com o Santa Clara…
Jogamos sempre para ganhar, é esse o nosso objectivo. Trabalhamos todos os dias e jogamos com a intenção de vencer. Temos um jogo super importante e difícil frente a uma excelente equipa, que tem sido muito forte neste campeonato. Esperamos estar ao nosso melhor nível. Os resultados não têm acompanhado as performances que temos tido. As derrotas que tivemos não nos danificam em nenhum aspecto, pelo contrário enchem-nos de vontade de querer jogar para dar alegria aos nossos adeptos já no sábado. Os vitorianos têm sido fantásticos connosco, durante e depois dos jogos. Lembro-me de ver a alegria dos adeptos no tempo do Vitória do Yekini e Chiquinho Conde. Tem sido essa alegria que tenho visto este ano.
Querem dar sábado uma prenda aos adeptos?
Sem dúvida que sim. Merecem-no. Oxalá consigamos os três pontos para lhes darmos como presente.
Depois do jogo de sábado (22 de Dezembro), o Vitória joga dia 28 (Braga, a contar para a Taça da Liga) e a 2 e 6 de Janeiro, respectivamente, com Boavista e Chaves, ambos no campeonato. Como vê o facto de haver tantos jogos na altura do Natal e ano novo?
Faz parte da vida de futebolista. Em termos pessoais, como estive muitos anos em Inglaterra, jogava com frequência a 26, 28, 30 de Dezembro e até dia 1 de Janeiro. Estava num ritmo em que sempre me deu alegria jogar e nem ligar às festas. O nosso trabalho está em primeiro lugar.
Depois de ser tornado pública a batalha que Nuno Pinto está a travar contra um linfoma, como está o seu colega a reagir à situação e às manifestações de solidariedade que chegam de todo o lado?
O Nuno está bem. Tem sido muito bem acompanhado e o Vitória tem sido incansável no apoio. Faz parte da nossa família e temos de lhe transmitir uma mensagem de força. Está connosco todos os dias no balneário. É um de nós e estamos todos cá para o ajudar. Tenho a certeza absoluta que vai ficar bom e logo, logo vai estar connosco e, se Deus quiser, estar ao nosso lado a dar-nos força dentro do campo.
Enfermeiro chefe Francisco Vaz
«Importância da iniciativa é enorme»
No final da visita à ala pediátrica do Hospital de São Bernardo, Francisco Vaz, enfermeiro chefe da unidade, salientou a importância da iniciativa e agradeceu ao Vitória e aos jogadores a visita que fizeram. “O Vitória é o clube da terra e é extremamente prestigiado. A importância destas iniciativas é, como o Vitória, enorme e percebe-se isso olhando para o sorriso fantástico das crianças. Quando alguém conhecido, que aparece na televisão, lhes oferece um cachecol, um aperto de mão ou um sorriso, a reacção é sempre de felicidade. Louvamos este tipo de iniciativas e agradeço, em nome das crianças, pelo momento que foi hoje proporcionado”.