26 Junho 2024, Quarta-feira

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Músculo policial desbloqueia paralisação do porto

Músculo policial desbloqueia paralisação do porto

Músculo policial desbloqueia paralisação do porto

Autoeuropa vai tentar carregar um navio com 2000 carros. Navio “Paglia” chega hoje ao Sado  vindo de Santander. Estivadores estão à margem mas prometem luta

 

 

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A paralisação do Porto de Setúbal, que dura há quase três semanas, vai ser desbloqueada à força, com recurso à PSP que está hoje com grande aparato junto ao Terminal Ro-Ro, onde é aguardado um navio da VW Autoeuropa para carregar.

O navio “Paglia” dá entrada hoje no estuário do Sado, vindo de Santander, em Espanha, onde já carregou cerca de mil viaturas, para embarcar aproximadamente dois mil dos veiculos que a fábrica de Palmela tem estacionados no terminal portuário.

A chegada do barco, prevista para as 6 horas da manhã de hoje, é feita através do sistema “Marine Traffic”, diferente do sistema oficial usado pela Administração do Porto de Setúbal e Sesimbra (APSS), a Janela Única Portuária (JUB), pelo que é referido nos meios marítimos como um “navio-fantasma”.

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O embarque requer cerca de de 50 trabalhadores, e deverá levar aproximadamente 16 horas, dois turnos de trabalho e os estivadores eventuais do terminal não foram convocados para o trabalho.

Ao que tudo indica, os trabalhadores para esta operação são de portos espanhóis e vêm já no navio.

Os estivadores em luta no Porto de Setúbal vão estar no local. “Vamos concentrar-nos à porta do terminal às 8 horas da manhã”, disse Carla Rodrigues, estivadora eventual.

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Para garantir a segurança das pessoas envolvidas no embarque, os meios da PSP foram reforçados ontem em Setúbal, num aparato que não passou despercebido a quem circula pela cidade.

A PSP destacou agentes para a porta da empresa Operestiva, na Avenida Rodrigues Manito, onde os estivadores estiveram concentrados e junto ao Comando Distrital da PSP de Setúbal, na Avenida Luísa Todi, o reforço de meios foi também bastante notado, com várias viaturas estacionadas.

No interior do Terminal Ro-RO foi colocada logo ontem a viatura Posto de Comando Táctico, um autocarro onde funcionará a direcção operacional dos diversos meios, viaturas e homens, que estarão hoje no terreno em redor de toda a estrutura portuária.

A Operestiva, empresa de trabalho temporário dos dois terminais que estão paralisados, é o alvo principal da contestação dos trabalhadores em luta. A sociedade, que trabalha para os concessionários do Terminal Ro-Ro, a Navipor, e multiusos, Sadoport-Yilport, é a responsável pela contratação, ao dia, dos trabalhadores eventuais, que são 90% do total dos estivadores do porto de Setúbal.

Estes trabalhadores, em coordenação com o Sindicato dos Estivadores e Actividades Logísticas (SEAL) exigem o inicio de negociações, para a celebração de um contrato colectivo de trabalho, mas as empresas de trabalho portuário não aceitam negociar enquanto a paralisação não for cancelada.

 

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