Defesa Dankler garante que derrota em Braga não abalou confiança vitoriana para duelo de amanhã com Feirense
Após a derrota (2-1) em Braga, o Vitória FC quer já amanhã, na recepção ao Feirense, reencontrar-se com êxitos na partida da 10.ª jornada da I Liga. O defesa Dankler, reforço que chegou a Setúbal no início da época oriundo do Estoril, deu ontem voz à ambição sadina de somar os três pontos diante de um adversário “difícil”. O brasileiro, de 26 anos, confessa-se “feliz” no Bonfim e está confiante no regresso aos triunfos. “Vamos procurar retomar o caminho das vitórias”, afirmou, revelando que as taças de Portugal e da Liga são um objectivo. “Vamos tentar vencer uma”.
Em termos colectivos e individuais que balanço faz da presente época?
A nível colectivo a equipa vem crescendo e evoluindo a cada partida. Tivemos a lesão do Berto que era um jogador importante para a equipa, mas, ainda assim, temos vindo a mostrar a força e a qualidade da nossa equipa. Acredito que vamos crescer ainda mais e lutaremos para terminar numa boa posição. A nível individual, tenho evoluído a cada partida e conhecendo o grupo. Estou a viver um bom momento no Vitória.
Pela boa exibição realizada, pode-se dizer que a derrota com o Braga deixou uma marca positiva na equipa?
Uma derrota é sempre uma derrota, mas a equipa apresentou segurança e pôs em prática o que o mister pretendia. Sabíamos que ia ser um jogo muito difícil. A equipa do Braga ainda não perdeu no campeonato, mas fomos lá jogar de igual para igual. Fizemos um bom trabalho e creio que dessa maneira dificilmente vamos perder. Na sexta-feira vamos procurar retomar o caminho das vitórias.
O Feirense vem de uma derrota por 2-4 com o Tondela. Esperam um adversário mais fragilizado na sexta-feira?
Não. Vai ser um jogo difícil. Todas as equipas vêm demonstrando uma boa qualidade e não teremos jogos fáceis nessa temporada. Temos consciência total do que temos de fazer e temos vindo a trabalhar nesse sentido. O grupo está forte e sabe o que tem de fazer para alcançar um resultado positivo. Vamos estar muito bem preparados para conseguirmos os três pontos.
Foi apresentado como jogador do Vitória no último dia de mercado. Houve algum aspecto que o tivesse surpreendido no clube?
Tinha conhecimento da grandeza deste clube, da sua história e dos seus adeptos. Sabia que o Vitória é uma grande equipa. Quando cheguei fui bem recebido por todos os companheiros e equipa técnica, recepção que facilitou a minha adaptação. Pretendo continuar a fazer um bom trabalho e a dar alegrias aos vitorianos.
«Vamos lutar pelas taças»
O Vitória é um clube com tradição nas Taças. Ganhar um troféu é algo que passe pela ideia do grupo?
Vamos tentar vencer uma taça. A equipa é ambiciosa e, além de querer alcançar a melhor posição possível no campeonato, vamos lutar pelas taças. Se colectivamente tivermos bons resultados, poderei, a nível individual, pensar noutros voos.
Ao contrário de anos anteriores, em que o clube sentiu dificuldades em garantir a permanência, o que o leva a acreditar que o Vitória pode realizar uma boa temporada?
A estrutura e todas as condições extra-campo que o clube nos oferece leva-me a dizê-lo. A união do grupo, que é um dos melhores em que já tive a oportunidade de trabalhar, a amizade, companheirismo e a entrega dentro de campo dá-nos confiança para realizar uma boa época.
Lito Vidigal foi importante para ingressar no Vitória?
O Vitória foi uma escolha boa para mim e o treinador foi importante. Quando cheguei tivemos uma conversa, falou-me do trabalho que iríamos fazer e das pretensões do clube.
Como é trabalhar com o treinador Lito Vidigal?
É um dos melhores treinadores com quem já trabalhei em Portugal. É companheiro, pai e amigo. Conversa com o grupo permanentemente. É muito exigente nos treinos, tenho aprendido bastante e evoluído com ele.
O que o levou a enveredar pela carreira de futebolista. Quando e onde começou?
Comecei a jogar com sete anos de idade em Salvador (Bahia). O meu pai, tio e avô também foram jogadores. Venho de uma família em que todos têm paixão pelo futebol. Esse sentimento passou para mim e com sete anos comecei a treinar nas escolinhas do Vitória (da Bahia), clube que me formou e onde comecei como profissional. Depois fui para o Botafogo e tive também uma curta passagem pelo Joinville antes de vir para Portugal jogar no Estoril. Agora estou no Vitória, estou muito feliz e quero fazer a minha história aqui.