Região de Setúbal já perdeu três mil milhões de euros de fundos comunitários*

Região de Setúbal já perdeu três mil milhões de euros de fundos comunitários*

Região de Setúbal já perdeu três mil milhões de euros de fundos comunitários*

Sabíamos que existiam problemas, embora não estivessem estimados e quantificados.

Estamos a acabar o quinto Quadro Comunitário de Apoio (QCA). Nos dois primeiros estávamos integrados na Região de Lisboa e Vale do Tejo, como estava o Ribatejo, mas, em 2003, essa região de Santarém conseguiu que o governo autorizasse a sua saída e a integração no Alentejo, onde está hoje. Também o Oeste e o Médio Tejo passaram para a Região Centro.

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Orlando Santos – Presidente do Movimento
Pensar Setúbal (MPS)

A abrangência da Região de Lisboa, que era maior nos dois primeiros QCA, hoje está confinada à Grande Lisboa e Península de setúbal. Isso corresponde a um esmagamento muito grande e a diferença [entre as duas margens do Tejo] tem vindo a ser acentuada, porque integramos uma única NUT II e, nos dados lidos em Bruxelas, aparecemos com um PIB per capita muito acima da média nacional.

A AML está dentro dos padrões da média europeia mas a verdade é que a Península de Setúbal tem menos de metade do PIB da região de Lisboa.

Fomos prejudicados na distribuição das verbas dos fundos comunitários pelo território nacional e acabámos por ter pouco significado nos últimos três QCA, em que, de uma forma grosseira, não foram utilizados na Península de Setúbal cerca de três mil milhões de euros.

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Os dados actuais põem Setúbal entre as sub-regiões mais atrasadas do país.

Isto é uma coisa assustadora. Nós temos empresas de valia extraordinária mas que não conseguem absorver toda a mão-de-obra disponível e, neste momento, dois terços da nossa população vai todos os dias para a margem norte. Com enorme desgaste pessoal, social e ambiental.

A nossa luta é desenvolver a península, chamando a atenção dos seus cidadãos e fazendo sentir que é importante que Setúbal tenha condições de desenvolvimento semelhantes às outras regiões do país.

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Além do acesso equitativo aos fundos comunitários, o Movimento Pensar Setúbal está empenhado também na promoção e valorização da identidade regional. Não aceitamos ficar diluídos [em Lisboa] sob pena de não termos força para mobilizar para a região os recursos a que temos direito.

*Declaração proferida na apresentação pública do estudo ‘NUTS Península de Setúbal: Caminho para o desenvolvimento’, a 12/07/2018, em Setúbal. Titulo feito pelo DIÁRIO DA REGIÃO.

 

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