Joaquim Santos, presidente da Câmara do Seixal que preside à Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis, defendeu solução. Iniciativa contou com as presenças de Adalberto Campos Fernandes, ministro da Saúde, Fernando Gomes, presidente da FPF, e de Tedros Adhanom, director geral da OMS
Mobilizar os países para a promoção de melhores ambientes e para a prática segura de actividade física é o objectivo do “Global Action Plan for Physical Activity (2018-2030)”, que foi esta segunda-feira apresentado na Cidade do Futebol com o Seixal a marcar presença enquanto município que preside à Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis. Promovida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o evento contou, entre outros, com as presenças do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, do director geral da OMS, Tedros Adhanom, do presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, e de Joaquim Santos, presidente da Câmara do Seixal.
O autarca, que preside também à Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis, debruçou-se sobre o objectivo do plano, lembrando que “em Portugal os dados mais recentes mostram que a população pratica pouca actividade desportiva, mantendo um estilo de vida sedentário”.
“A obesidade infantil, que conduz a doenças graves, é actualmente uma grande preocupação, pelo que é urgente que os hábitos se alterem e que se adoptem medidas que invertam esta situação”, disse, reforçando que Portugal “está muito atrasado relativamente à União Europeia, pelo que é urgente implementar novas medidas”.
“Nos centros de saúde, por exemplo, deveria incentivar-se a prática desportiva e hábitos saudáveis. No ensino é conhecida a reduzida expressão das disciplinas de actividade física e desporto. No sistema desportivo, a grande aposta é quase exclusivamente ao nível das federações desportivas, quando somente uma pequena percentagem de jovens desenvolve desporto federado.”
Para Joaquim Santos, a solução passa pela “criação de um Plano Nacional de Actividade Física e Desportiva, verdadeiramente multi-sectorial”, que recupere o atraso que Portugal regista neste capítulo, “juntando os profissionais da educação, desporto, saúde e área social, entre outros, para que se consiga finalmente iniciar uma trajectória” de forma a que o nosso País possa alcançar os índices das comunidades mais saudáveis.
“Para a concretização deste plano nacional, deverá acrescentar-se ainda as autarquias, que há muito têm sido os verdadeiros ministérios do desporto, com uma acção coerente consubstanciada em instrumentos de planeamento e acção e os seus principais parceiros locais de desenvolvimento desportivo e cultural, que são as colectividades populares”, concluiu.
A Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis é uma associação que conta actualmente com 54 municípios, representando cerca de 38% da população portuguesa, quase 4 milhões de pessoas