6 Maio 2024, Segunda-feira
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Os desafios que a transição energética coloca: Parte I – A transição justa

A redução das emissões dos gases que contribuem para o aumento do efeito de estufa para os níveis definidos nos acordos internacionais, protegendo o meio ambiente e assegurando um desenvolvimento sustentável capaz de garantir o futuro para as gerações vindouras, muitas mudanças nos nossos hábitos de consumo, bem como nas tecnologias que usamos no nosso quotidiano terão de ocorrer.

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A que maior impacto terá será seguramente a redução ou mesmo eliminação da utilização de energias fósseis, responsáveis pelos elevados níveis de emissão de dióxido de carbono e óxido nitroso, os gases NOx, substituindo-as por energias renováveis e uma renovação tecnológica que permita processos produtivos mais eficientes e sustentáveis.

A redução das emissões de carbono assume assim um importante papel na salvaguarda do ambiente. Mas para que os níveis acordados sejam efectivamente alcançáveis vamos ter de proceder a muitas e importantes transformações em vários sectores económicos.

As novas tecnologias que têm de ser implementadas, a alteração das fontes de energias, os novos métodos de produção que têm de ser desenvolvidos vão impactar fortemente na economia global, afectando as empresas que terão de se adaptar a estes novos desafios e consequentemente acabará por afectar também os seus colaboradores e as relações laborais.

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Num futuro breve, muitos dos actuais postos de trabalho deixarão de existir, quer seja pela redução da necessidade de mão-de-obra consequência da optimização dos processos e métodos produtivos, ou devido as transformações necessárias pela adopção de novas tecnologias e energias renováveis. Para que seja evitados problemas sociais graves devido à perda de postos de trabalho, será então fundamental a reconversão destes, bem como dotar os trabalhadores das competências necessárias.

Naturalmente os postos de trabalho que surgirão fruto desta mudança, terão um nível de especialização mais elevado e consequentemente terão necessidades de formação mais específicas. A formação, formal ou profissional, assume aqui um papel de alavancagem para a reconversão desses trabalhadores. É necessário continuar a forte aposta na escola pública, no combate ao abandono escolar, a dar novas oportunidades aos que a abandonaram precocemente possibilitando a aquisição de mais conhecimentos e qualificações. Porém as empresas devem assegurar a formação dos seus trabalhadores para que estes possam adquirir mais competências e permitir o desempenho de novas funções.

O cumprimento das metas ambientais não pode ser conseguido à custa da perda de postos de trabalho e de direitos laborais bem como à custa da redução salarial. Fazê-lo será uma sentença de fracasso dessas medidas, pois só conseguiremos alcançar as metas propostas com o empenho de todos.

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A união europeia e os governos dos estados membros terão de encontrar formas de proteger empregos e direitos dos trabalhadores para que não comprometendo o sucesso das políticas de protecção ambiental consigamos assegurar uma transição justa.

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