Queixas foram realizadas a 19 e 26 de Fevereiro na PSP. No dia seguinte Bruno Costa foi agredido num café e o vídeo da agressão circula nas redes sociais
Bruno Costa, conhecido por “Monstro do Barreiro” por ter agredido, perseguido e importunado sexualmente dezenas de raparigas no Barreiro até 2020, voltou a atacar na cidade à beira Tejo e já foi visado em duas queixas de agressões indiscriminadas a raparigas na via pública. As queixas foram realizadas a 19 e 26 de Fevereiro na PSP do Barreiro. Um dia depois, a 27, Bruno Costa foi agredido num café. O vídeo da agressão circula nas redes sociais.
Bruno Costa foi visado ao longo de anos em dezenas de queixas de jovens raparigas por agressões, perseguições e importunação sexual, ganhou a alcunha de “Monstro do Barreiro” e viu o Tribunal de Almada condená-lo a três anos de pena suspensa no final de 2019 com a condição de se afastar do Barreiro e da Moita.
Volvidos quatro anos e depois de ter residido em Fronteira, onde foi alvo de queixa de violência doméstica pelos avós, com quem morava e de ter ficado em prisão preventiva, Bruno Costa voltou ao Barreiro e voltou a atacar raparigas. A 27 de Fevereiro, foi agredido num café. O seu agressor aborda Bruno enquanto toma café e a acusa-o de bater em mulheres. Bruno nega e confronta quem o filma, um jovem conhecido por Luva di Nike, ou Telmo Loko. O vídeo é cortado e retomado com o autor a gabar-se de ter sovado Bruno Costa, que aparece no vídeo com um golpe no nariz e a sangrar. Ao que foi possível apurar, Bruno Costa decidiu não apresentar queixa junto da PSP, que registou a ocorrência.
De acordo com fonte da PSP, foram já formalizadas duas queixas por jovens raparigas agredidas pelo “Monstro do Barreiro”, a 19 e 26 de Fevereiro e apesar de o suspeito ainda não ter sido constituído arguido, a mesma fonte afirma que há intenção de agir rapidamente para impedir que o alarme social se instale novamente nas ruas do Barreiro e que as raparigas tenham medo de sair à rua. As vítimas de Bruno são escolhidas ao acaso, cruzam-se com o suspeito, são interpeladas, seguidas nas redes sociais e são alvo de agressões de forma indiscriminada. Uma das situações ocorreu junto ao Tribunal do Barreiro, com uma rapariga a ser interpelada e agredida pelo agressor na via pública. Noutra, o suspeito atira um líquido contra a vítima e foge.
Bruno chegou a ser internado compulsivamente e foi inclusive realizada uma marcha no Barreiro para pedir o internamento compulsivo do agressor antes da condenação pelo Tribunal de Almada. Até esse momento e ao longo de anos, dezenas de queixas foram apresentadas contra o suspeito, que sempre que era presente a tribunal era libertado. Chegou a estar internado, mas saía pouco depois para voltar a aterrorizar raparigas.