Em terra de “gente trabalhadora”, o secretário-geral do PCP exige redução do passe, com vista à gratuitidade
Num regresso a casa, Paulo Raimundo esteve na manhã de ontem na sua “terra de gente trabalhadora”, onde exigiu a inclusão da travessia do “magnifico rio azul” no passe metropolitano, assim como a redução do valor do passe intermodal de 40 para 20 euros, com vista a tornar os transportes gratuitos no futuro.
O secretário-geral do PCP esteve em campanha eleitoral na cidade de Setúbal, tendo discursado no Largo da Misericórdia, diante de cerca de meia centena de pessoas. Esteve também acompanhado pela cabeça-de-lista pelo distrito setubalense Paula Santos, que liderou a bancada parlamentar na última legislatura, e Bruno Dias (ambos eleitos em 2022 pelo distrito).
Após percorrer as ruas do centro histórico da cidade, Paulo Raimundo sublinhou que foi o número de deputados alcançado em 2015 a nível nacional [17 deputados] que “obrigou o PS a vir a essa medida extraordinariamente importante para a vida das pessoas”, indicando-a como “exemplo” da relevância do voto na CDU.
“Propusemos que a travessia deste magnífico rio azul fosse integrada no passe intermodal… o PS chumbou, como tinha chumbado as propostas lá atrás de redução para os 40 euros. Mas nós temos uma experiência adquirida: com a luta do nosso povo, dos utentes e a força que o povo nos der, o mesmo PS que rejeitou vai ser obrigado a vir aos 20 euros para o valor do passe e a incorporação da travessia do Sado no passe intermodal”, assegurou.
Na arruada pelas ruas sadinas, Paulo Raimundo colocou a mobilidade como centro das atenções do secretário-geral do PCP. O líder partidário exigiu a redução do valor do passe intermodal de 40 para 20 euros, com vista a tornar os transportes gratuitos no futuro.
“É preciso que dos 40 passem para os 20 euros o custo do passe, num caminho progressivo para a gratuitidade dos transportes”, afirmou Paulo Raimundo, diante de cerca de meia centena de pessoas no final da iniciativa comunista pela cidade sadina, sublinhando: “Esta é uma grande reivindicação”.
O líder comunista apelou à população da cidade onde cresceu para o voto na CDU, que junta PCP e PEV, ao reivindicar a redução do valor do passe para os 40 euros nos tempos da geringonça (2015-2019), como exemplo de uma conquista do partido.
“Para continuar tudo na mesma temos a experiência da maioria absoluta do PS. Não é também para voltar aos tempos sombrios da ‘troika’. O que está em decisão no dia 10 de Março é se temos mais ou menos força para impor aquilo que é preciso. Independentemente das nuvens que assombram a campanha, eu estou muito confiante que as pessoas vão dar um voto nos seus anseios e interesses, que é o mesmo que dar o voto na CDU”, frisou. Com LUSA