“Há adeptos que arremessam copos de cerveja nas costas dos nossos treinadores, fiscais de linha e até mesmo dos directores do clube”, refere Vítor Hugo.
Indignado com a atitude incorrecta dos seus adeptos, e farto de represálias, o presidente do Palmelense Futebol Clube, Vítor Hugo, colocou o seu lugar à disposição.
A gota que fez transbordar o copo aconteceu no passado domingo no decorrer do jogo com o Vasco da Gama de Sines, no Campo Cornélio Palma, que terminou com a derrota da equipa de Palmela, que, em casa, o melhor que conseguiu durante toda a primeira volta, foram três empates.
A situação, como é compreensível está a gerar algum desconforto mas nada justifica o que se tem vindo a verificar. O presidente do clube em declarações ao SETUBALENSE referiu que “um grupo de adeptos afectos ao Palmelense teima em pensar que pode ofender tudo e todos. Semana após semana pagam-se multas por comportamento incorrecto do público que não tendo respeito por ninguém, arremessa copos de cerveja nas costas dos nossos treinadores, dos fiscais de linha e até mesmo dos directores do clube”.
Perante esta situação adianta Vítor Hugo, “como presidente do clube não posso pactuar com esta barbaridade e, nesse sentido, coloquei o meu lugar à disposição por entender que não existem condições para continuar a trabalhar por um clube que se quer respeitado e depois existem certos indivíduos que pensam que num campo de futebol vale tudo”.
O presidente do clube realça que tem 15 anos de Palmelense mas hoje “neste domingo senti um desrespeito enorme por mim e pelos meus. Sinto-me desgastado com estes indivíduos porque esta franja de adeptos deixa uma imagem de arruaça que infelizmente não é aquela que pretendemos. Quem anda no futebol sabe do que falo. Tiramos tempo à família, passamos horas no campo, andamos em regime voluntário e poucos são os que nos respeitam. Espero que o clube possa encontrar uma solução de sucessão porque dentro da direcção, existem pessoas válidas”.
Sobre os resultados menos bons da equipa, no seu reduto, Vítor Hugo é da opinião que “os bons resultados vão aparecer. A equipa técnica e os directores são da minha total confiança, mas precisam de sossego, bem como os jogadores que são jovens e precisam de paz para trabalhar”.
Perante esta situação a “batata quente” fica agora nas mãos do presidente da Assembleia Geral, arquitecto Pedro Borrego, que vai ter que encontrar uma solução para o problemas.