Mais de 70 utentes e autarcas à porta do primeiro-ministro a exigir novo hospital no Seixal

Mais de 70 utentes e autarcas à porta do primeiro-ministro a exigir novo hospital no Seixal

Mais de 70 utentes e autarcas à porta do primeiro-ministro a exigir novo hospital no Seixal

Cerca de 70 pessoas manifestaram-se hoje junto à residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, em Lisboa, onde entregaram uma carta a exigir a construção do novo hospital no Seixal, um projecto que ainda não consta do Orçamento do Estado para 2018.

“Queremos um hospital no concelho do Seixal”, “Estamos fartos de esperar, o hospital tem de avançar”, “Novo centro de saúde de Corroios, Eu Exijo”, foram algumas das palavras de ordem exibidas pelos manifestantes neste protesto agendado pela Comissão dos Utentes de Saúde do Concelho do Seixal.

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Representantes dos utentes e autarcas do Seixal e de Sesimbra entregaram na residência oficial de António Costa uma carta com alegações relativamente à necessidade de construção do hospital e com “as diversas incongruências que tem havido neste processo, tanto quanto ao financiamento dos projetos como à inexistência no OE2018 da verba para a sua construção”, disse José Lourenço, da Comissão de Utentes.

“Foram apresentados, de uma forma muito sucinta, os grandes problemas que nós temos a nível de saúde primária e do risco que representa a ida, em caso de doença aguda, para o Garcia de Orta [em Almada], que está sub-dimensionado para o número de situações que nós temos”, salientou José Lourenço.

“A partir de agora, por parte da Comissão de Utentes, tolerância zero. Não queremos um 2009 de novo”, acrescentou.

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Em 2009 foi assinado um “Acordo Estratégico de Colaboração para o Lançamento do Novo Hospital Localizado no Seixal”, entre o Ministério da Saúde e a Câmara Municipal do Seixal, ficando calendarizado que a construção seria concluída durante 2012, tendo chegado a ser lançado um concurso público em Janeiro de 2010.

No entanto, o processo não decorreu como previsto, ultrapassando os prazos estipulados, e o processo do hospital acabou por ser suspenso durante o primeiro Governo PSD/CDS-PP.

“A verdade é que nestes oito anos que já passaram entre 2009 e 2017 nada foi feito para que se concretizasse”, salientou o presidente da Câmara do Seixal, Joaquim Santos.

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“Aquilo a que assistimos é uma total descoordenação. Aquilo que se diz que o Governo está descoordenado, assim parece. Na verdade, ligamos para o ministério da Saúde e diz que está no Ministério das Finanças. Ligamos para o Ministério das Finanças e dizem-nos que está na Saúde. Por isso estamos aqui, junto do primeiro-ministro, para ver se ele põe ordem no Governo”, afirmou.

De acordo com este autarca, foi ainda sugerido a António Costa a criação de um grupo de trabalho entre o primeiro-ministro e as câmaras municipais, para que pudessem avançar com o processo.

“Não queremos acreditar que este compromisso, que já vem pelo menos desde 2009 e tendo havido já uma resolução da Assembleia da República, que aprovou por maioria que o hospital era para avançar já em 2015, que três anos depois não esteja no OE a verba para a construção do hospital”, lamentou Joaquim Santos, destacando que, se não estiver, “podemos dizer que o Governo do PS está a enganar a população do Seixal e de Sesimbra”.

A vice-presidente da Câmara de Sesimbra, Felícia Costa, acrescentou que “o hospital Garcia de Orta foi criado para 150 mil pessoas e agora tem mais de 450 mil, pelo que não é viável”.

“Os munícipes estão a deslocar-se para o hospital de São Bernardo, em Setúbal, que está neste momento também em situação de ruptura. (…) É uma luta que continua e continuará até que o hospital do Seixal seja uma realidade. Hoje, há pessoas a morrer pelo tempo de espera que tem no Garcia de Orta”, afirmou a autarca.

Os concelhos do Seixal e de Sesimbra representam mais de 200 mil habitantes.

Lusa

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