26 Junho 2024, Quarta-feira

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Câmara Municipal de Almada lamenta morte de Sara Tavares

Câmara Municipal de Almada lamenta morte de Sara Tavares

Câmara Municipal de Almada lamenta morte de Sara Tavares

Vereadores da autarquia aprovaram três votos de pesar pela morte da cantora e cumpriram um minuto de silêncio

 

A Câmara Municipal de Almada, lamentou “profundamente” a morte da cantora e compositora Sara Tavares, que morreu no domingo em Lisboa, aos 45 anos, vítima de um tumor cerebral.

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“A Câmara Municipal de Almada lamenta profundamente a sua morte e envia sentidas condolências à família e amigos”, indicou a autarquia num comunicado.

A Câmara lembra ainda o percurso de Sara Tavares que cresceu no Pragal, em Almada, onde viveu com a avó até aos 18 anos.

Sara Tavares foi também lembrada na reunião da Câmara de Almada, que decorreu ontem, pelos vereadores de todas as forças políticas (PS, CDU, BE e PSD), tendo sido aprovados três votos de pesar pela morte da cantora e cumprido um minuto de silêncio.

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“Calou-se a voz brilhante, límpida e envolvente de uma jovem mulher que apenas com 16 anos de idade, num concurso de talentos da televisão portuguesa, teve a ousadia de interpretar uma das vozes contemporâneas mais impressionantes da música norte-americana e do mundo que, ironicamente, como a Sara, partiu também demasiado cedo do nosso convívio, Whitney Houston”, disse o vereador da CDU António Matos.

Já a vice-presidente da Câmara Municipal de Almada, Teodolinda Silveira, disse, lendo o voto de pesar do Partido Socialista, que foi em Almada que Sara Tavares viveu, deixando “um legado extraordinário, um herança de empatia, de candura e doçura, de uma voz suave, mas firme e assertiva”.

“Ocupa um lugar matriarcal neste espaço lusófono, abrindo portas para uma geração de artistas e músicos da diáspora africana”, disse.

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A vereadora Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda, disse que Sara Tavares deixou um marco e teve um papel imprescindível na promoção da cultura africana, levando as suas raízes cabo-verdianas em todos os seus trabalhos e ideias.

“Muito antes de se falar de Lisboa crioula, de representativa e das múltiplas conquistas feministas recentes, Sara foi pioneira, uma mulher negra que agarrou nas suas raízes e fez referência na música portuguesa, abrindo caminho para tantas cantautoras femininas, batendo de frente contra a discriminação racista e machista”, disse.

Pelo PSD, o vereador Nuno Matias disse que Sara Tavares era da sua geração de Almada, sendo um orgulho para o concelho.

A cantora portuguesa Sara Tavares morreu ao final da tarde de domingo.

Ao longo do último ano tinha vindo a divulgar alguns temas novos, ao fim de cinco anos de silêncio. O mais recente tema, intitulado “Kurtidu”, saiu em Setembro passado pela Sony Music.

Sara Tavares, que nasceu em Lisboa em 1978, deu-se a conhecer ainda adolescente, nos anos 1990, no concurso televisivo de talentos “Chuva de Estrelas”, da SIC, a interpretar um tema de Whitney Houston.

Pouco depois venceu o Festival RTP da Canção de 1994 com “Chamar as Música”, tema de Rosa Lobato de Faria e João Oliveira, e com o qual obteve o oitavo lugar no Festival Eurovisão da Canção por Portugal.

Em 2011, recebeu Prémio de Melhor Voz Feminina nos Cabo Verde Music Awards e, no ano seguinte, deu continuidade à digressão internacional “Xinti”, título do álbum editado em 2009, que lhe valeu o Prémio Carreira do África Festival na Alemanha.

Em 2018 esteve nomeada para os Grammy Latino com o quinto álbum, “Fitxadu” (2017), no qual aprofundou a relação com a música cabo-verdiana, contando com Manecas Costa, Nancy Vieira, Toty Sa’Med e Kalaf Epalanga entre os convidados.

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