Assalto em Almada acaba com mulher morta em Lisboa, por engano da polícia

Assalto em Almada acaba com mulher morta em Lisboa, por engano da polícia

Assalto em Almada acaba com mulher morta em Lisboa, por engano da polícia

Inspecção da Administração Interna abriu inquérito à morte de mulher em perseguição policial. PSP diz que carro baleado “aparentava” ser a viatura dos suspeitos de terem rebentado um multibanco em Almada

A Inspecção Geral da Administração Interna (IGAI) abriu um inquérito para apurar em que circunstância ocorreu a morte de uma mulher durante uma perseguição policial esta quarta-feira, em Lisboa, anunciou hoje o Ministério da Administração Interna (MAI).

“A Inspeção Geral da Administração Interna determinou a abertura de um inquérito para apuramento dos factos relacionados com a ocorrência que teve lugar na madrugada de hoje, da qual resultou a morte de uma cidadã na sequência de uma intervenção policial”, refere o MAI, em comunicado.

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Numa nota divulgada pouco antes, a PSP informou ter determinado a instauração de um processo de averiguações para apurar as circunstâncias da morte da mulher, baleada acidentalmente.

O Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP diz, em comunicado que, às 03:05, no Pragal, concelho de Almada (distrito de Setúbal), ocorreu um furto por arrombamento, pelo método de explosão, a uma caixa multibanco, após o qual os assaltantes se colocaram em fuga na direcção de Lisboa.

“Na Segunda Circular, em Lisboa, no sentido Benfica-Sacavém, foi detetada uma viatura suspeita com as características correspondentes à viatura usada no furto. Os suspeitos que se faziam transportar na viatura, ao detetarem a presença policial, encetaram, de imediato, fuga na direção da Rotunda do Relógio, circulando em diversas vias a alta velocidade e em contramão, colocando em perigo todas as pessoas que ali se encontravam”, explica o Cometlis.

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Já nas imediações do Aeroporto Humberto Delgado, refere a nota, “foram efetuados por parte dos suspeitos diversos disparos com arma de fogo contra os agentes da PSP que os perseguiam, ao que estes ripostaram, igualmente recorrendo a arma de fogo”.

Pelas 03:35, na zona da Encarnação, foi detectada por elementos policiais “uma viatura que aparentava corresponder às características da viatura suspeita, cujo condutor desobedeceu à ordem de paragem”, segundo o Cometlis.

“Esta viatura, durante a fuga, tentou atropelar os polícias, que tiveram de afastar-se rapidamente para não serem atingidos e, em ato contínuo, os polícias foram obrigados a recorrer a armas de fogo. Mais à frente, a viatura voltou a desobedecer à ordem de paragem por outra equipa de polícias, tendo sido interceptada pouco tempo depois”, relata o comunicado.

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A bordo seguiam o condutor e uma mulher “ferida por impacto de projéctil de arma de fogo”, que acabaria por morrer no local.

“O homem que conduzia a viatura foi detido por condução sem habilitação legal, por desobediência ao sinal de paragem e por condução perigosa”, indica o Cometlis, sublinhando que a Polícia Judiciária foi “de imediato” chamada ao local.

A PSP “lamenta a morte da cidadã envolvida na ocorrência”.

Fonte policial disse anteriormente à Lusa que o condutor detido deverá ser ouvido pela Polícia Judiciária, que tomou conta da ocorrência, e que os alegados assaltantes – que seriam pelo menos dois – não foram ainda identificados.

Fonte ligada à investigação adiantou também anteriormente à Lusa que, até ao momento, “não há nenhum elemento que ligue directa ou directamente” a vítima (sentada ao lado do condutor) aos alegados assaltantes.

Lusa

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