Autarca destaca, no congresso dos 50 anos da cidade, que o concelho se “recusou sempre a ser um dormitório”
Inês de Medeiros, presidente da Câmara Municipal de Almada diz que o congresso ‘Almada – 50 anos de cidade, 50 anos de liberdade”, que começou esta segunda-feira e termina na terça-feira, é um “momento de celebração sobre a cidade”.
Na abertura do encontro de dois dias, que está a decorrer no Fórum Romeu Correia, a autarca defendeu a importância de “revisitar o passado com distância”, representando uma “vantagem da nossa memória, e que fica do ponto de vista afectivo”.
Inês de Medeiros considerou ainda que “é nessa força das memórias, e na capacidade de não sermos submergidos pelo presente, que conseguimos lançar as bases para o futuro”.
Sendo Almada uma cidade à beira-rio plantada e às portas de Lisboa, Inês de Medeiros, deixou um retrato positivo do município, enaltecendo a sua “situação geográfica e estratégica, que tem na sua génese um pequeno passado industrial não apenas ligado à Lisnave”. Uma cidade que “se transformou num município de serviços, que lutou sempre contra a ideia de ser um dormitório, que aposta forte na cultura, nas instituições, na inovação e no futuro”, acrescentou.
“Almada tem sido percursora na construção da liberdade”
António Matos, o vereador da CDU ainda em funções, e que é neste momento o autarca mais antigo da região afirma que “Almada tem sido uma cidade percursora na construção da liberdade”. Em declarações a O SETUBALENSE, António Matos lembrou que “a história e as qualidades de Almada já vêm de longe”, e salientou que noutros tempos, “Almada já era dos fenícios, dos árabes, da República e das conquistas”.
Se “este congresso convida a uma viagem no tempo”, foi o que o vereador António Matos fez ao considerar que “Almada foi crescendo ao longos destes 50 anos de liberdade”, e apontou “o desenvolvimento das infra-estruturas, das escolas, dos pavilhões desportivos, dos espaços públicos de lazer e recreio”, como alguns dos exemplos do crescimento do concelho.
Com o intuito de fazer história sobre a própria história da cidade, este congresso pretende assinalar os 50 anos de elevação de Almada a cidade, num evento que junta investigadores, historiadores, autarcas, actuais e antigos, e instituições locais.
Ao longo de dois dias, a iniciativa traz a público, a partilha de experiências entre os intervenientes, projetos de investigação sobre a cidade e documentos que integram o Arquivo Municipal e pertencem ao espólio da autarquia.
“A arquitetura e o urbanismo”, o “Património Histórico”, a “Arte e a Cultura”, “O movimento Associativo na Cidade, a “Liderança Local no Feminino” são alguns dos temas em destaque nas apresentações e nas mesas redondas, que são abertas à participação do público em geral.