André Martins e Carlos Correia reiteraram cooperação entre a autarquia e a APSS
O fórum “A Relação Porto-Cidade na Agenda 2030: desafios e oportunidades para o Porto de Setúbal” marcou o início das Festas da Baía de Setúbal que estão já a decorrer em vários pontos da cidade, com um vasto programa que se vai estender até 30 de Setembro.
O Fórum Municipal Luísa Todi ouviu, durante a manhã de ontem, oradores distribuídos em painéis onde as principais temáticas se focaram na dinamização dos portos-cidade, o cumprimento da Agenda 2030 bem como a apresentação de casos prácticos internacionais e desafios e oportunidades futuras para o porto sadino.
Na abertura da conferência falou André Martins, presidente da Câmara Municipal de Setúbal, que, à semelhança do que também disse na apresentação das festas, reforçou a estreita relação entre a autarquia e a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS).
“Como referiu a APSS na altura, esta parceria é, de facto, um passo muito significativo para o objectivo comum das duas entidades de reforçar a relação porto-cidade, proporcionando o usufruto da zona ribeirinha pela população de Setúbal. E os seus visitantes e, por outro lado, sendo esta área um cartão de visita da cidade, potenciar ainda mais o desenvolvimento das actividades relacionadas com o turismo”.
O autarca comprometeu que esta cooperação vai mais além da administração do porto, e estende-a mesmo ao projecto da Marina de Setúbal. “É nesse desenvolvimento que continuamos a trabalhar activamente com a APSS em projectos como da Marina
de Setúbal, que constituirá um dos instrumentos para melhor aproveitar este magnífico recurso que a natureza nos deu que é a nossa baía. Estamos certos de que é caso para dizer, neste projecto, assim como noutros que estão a fazer a sua rota, chegaremos a bom porto”.
No âmbito da associação “porto-cidade” também Carlos Correia, presidente do Conselho de Administração da APSS, relembrou as actividades náuticas que são desenvolvidas e que garantem um futuro risonho para a infra-estrutura portuária.
“O Porto de Setúbal, agora centenário, aposta na modernidade e tira partido da sua forte ligação à cidade e à sua baía. Está inserido numa região turística natural e única e num rico e vasto ecossistema. Conciliar uma actividade portuária responsável com o desenvolvimento da pesca, da náutica de recreio, do turismo e da cultura é uma responsabilidade do presente e que garantirá um futuro mais próspero e sustentável”.
Responsabilidade que, salienta, muita intervenção tem tido por parte da câmara municipal sadina que desenvolve o seu trabalho na reabilitação e distinção dos espaços. “É uma responsabilidade em sinergia com a Câmara Municipal de Setúbal, com relevo nas intervenções de requalificação, valorização e gestão nos espaços ribeirinhos e na persecução de projectos significativos para a cidade e para os setubalenses, como no caso da nova Marina de Setúbal, um marco no que concerne ao desenvolvimento da actividade do turismo náutico”.
O programa do plenário contou com a conferência “Desafi os e Oportunidades da Relação Porto-Cidade na Agenda 2030” com José Sanchez, director da Agenda AIVP 2030, também “Casos Práticos Portos-Cidades” com Rui Terra, presidente do Conselho de Administração dos Portos dos Açores, Martinho Fortunato, director da Marina de Lagos e Gerardo González, chefe da Divisão de Projectos e Obras.
O último dos painéis, “Setúbal: Um Porto, Um Rio, Uma Cidade”, contou com intervenções de Leonor Picão, do Turismo de Portugal, Eduardo Cabrita, director-geral da MSC Cruises, João Silva, director executivo da NAVEX, e, António Caracol, vogal do Conselho de Administração da APSS.