26 Junho 2024, Quarta-feira

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Frederico Rosa: “O Barreiro vai ganhar uma frente de rio brutal”

Frederico Rosa: “O Barreiro vai ganhar uma frente de rio brutal”

Frederico Rosa: “O Barreiro vai ganhar uma frente de rio brutal”

Megaoperação de limpeza no terreno da Torralta em curso. Zona será requalificada como espaço de fruição e para alguma actividade económica. E não vai contemplar habitação

 

Cerca de 64 toneladas de lixo foram recolhidas só no primeiro dia de trabalhos de demolição e limpeza que estão em curso no terreno da Torralta, numa área com 42 mil metros quadrados. E ontem, pela manhã, a megaoperação iniciada pelo município do Barreiro nesta segunda-feira deixava antever resultado idêntico ao da véspera. A intervenção era há muito aguardada e reveste-se de capital importância para autarcas e população. Até porque, no final, o território vai sair bastante valorizado.

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“Vamos ganhar uma frente de rio brutal”, diz Frederico Rosa, presidente da Câmara Municipal do Barreiro, que tem acompanhado os trabalhos “in loco”.

“Toda a gente esperava há muitas décadas pela limpeza deste espaço, uma zona ‘abarracada’, que tínhamos identificada como prioritária para intervenção. Era um desejo muito antigo da população, para uma zona que estava na posse da Direcção-Geral do Tesouro e das Finanças e que conseguimos que passasse para domínio municipal”, lembra o autarca que, antes de se debruçar sobre o futuro pensado para o terreno, deu conta da dimensão dos trabalhos.

“Já foram retiradas muitas toneladas de lixo. Só ontem [segunda-feira] saíram oito camiões completamente carregados e hoje [terça-feira] vão ser outros tantos. Cada camião leva oito toneladas. É uma tarefa hercúlea.”

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A limpeza irá prolongar-se “por mais cerca de sete dias”, se não ocorrerem contratempos, e só depois é que o município avançará “para uma outra fase de intervenção”, com olhos postos na requalificação do espaço. Ainda não existe um projecto para o local, mas já estão traçadas “as linhas orientadoras” para transformar aquele num espaço nobre do Barreiro. E há uma certeza. “Esta zona não será para habitação”, garante Frederico Rosa, sem se escusar a levantar a ponta do véu sobre as intenções da gestão socialista para aquela zona: “Queremos ter ali um espaço de fruição junto ao rio para as pessoas, complementado com alguns equipamentos que promovam a actividade económica. E arranjar também ali um espaço de acesso ao rio para as embarcações.”

Todavia, para já, o edil confessa que o foco está colocado por inteiro na acção de limpeza, que foi preparada “com antecedência e articulada com várias entidades”, entre as quais a Polícia de Segurança Pública, a Polícia Marítima e a Administração do Porto de Lisboa. “Desde Dezembro passado que temos vindo a fazer visitas ao local”, revela. A operação, de resto, não implicou desalojamentos propriamente ditos. “Foram apenas sinalizadas quatro pessoas, sem-abrigo, que ali pernoitavam e que foram alojadas numa casa partilhada do município, onde vão permanecer”, aponta o edil, a concluir.

Bairro Alves Redol Realojamentos em curso e obras prestes a arrancarem

Também iniciada na passada segunda-feira foi a operação de realojamento de moradores do Bairro Alves Redol, para que as obras de reabilitação das habitações sociais existentes naquela zona da freguesia de Alto do Seixalinho possam arrancar.

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“O realojamento das primeiras pessoas em habitações já adquiridas pelo município começaram ontem [segunda-feira] e vão prosseguir hoje [terça-feira] e quarta-feira”, revela Frederico Rosa. De acordo com o presidente da autarquia, a assinatura do auto de consignação da empreitada – que, em termos formais, marca o início dos trabalhos – está prevista realizar-se “já na próxima semana”, depois de o município ter recebido o visto do Tribunal de Contas.

“Vamos proceder à reconstrução total do bairro. Ao todo, vão ser intervencionadas 92 casas, ao abrigo da Estratégia Local de Habitação do município, com financiamento garantido no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência”, salienta o autarca que espera ver os trabalhos no terreno “a curto prazo [até ao final do mês]”. Este constitui o maior investimento de sempre no concelho no que toca a operações de reabilitação de habitação social.

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