Requalificação “urbanística profunda” com empreitada adjudicada, tendo um prazo de execução perto dos quatro meses
Foi aprovada a adjudicação da empreitada destinada a executar uma reformulação urbanística profunda na Praça do Brasil. A obra, que terá um custo superior a 474 mil euros, viu a sua adjudicação ser aprovada esta quarta-feira, em reunião pública.
Esta empreitada foi adjudicada à empresa Decoverdi, Plantas e Jardins, SA, por 474 mil e 282,89 euros. Em nota de Imprensa, a autarquia sadina garante que este foi o valor mais baixo das três propostas apresentadas no concurso público, assim como o prazo de execução menor, 120 dias.
A autarquia esclarece que a intenção deste projecto é transformar o parque de estacionamento actual e as áreas de enquadramento às fachadas norte da Praça do Brasil num “espaço pedonal definido por três grandes áreas verdes, uma área de parque infantil, atravessamentos pedonais e zonas de estar e convívio”.
Já o novo espaço, que ‘nasce’ com a relocalização do parque de estacionamento na Praceta Quinta do Tavares, será destinado à utilização por moradores, visitantes e transeuntes que se dirigem “desde e para a estação de comboios”.
Da apresentação à adjudicação
No passado mês de Junho, a Câmara de Setúbal havia previsto que a requalificação urbana prevista para a Praça do Brasil e da Praceta Quinta do Tavares, avance em 2024 e seja executada no prazo de seis meses.
O projecto foi apresentado a 27 de Junho no Cinema Charlot, com o presidente da autarquia, André Martins, a garantir que este investimento vai “criar melhores condições de vivência, tanto para moradores como para visitantes”.
O município sadino explica que a empreitada “destina-se a requalificar esta área da cidade, aumentando de forma significativa a área de lazer, sem reduzir a capacidade do estacionamento autorizado”.
Isto porque “os lugares disponíveis na Praça do Brasil são deslocados para a praceta”, na qual vai ser reforçada a capacidade de estacionamento através da criação de “mais duas dezenas de lugares, num total de 175, para utilização exclusiva e gratuita dos moradores”.
“O estacionamento é dedicado a residentes, que devem tratar do dístico para ter acesso gratuito ao estacionamento”, frisou o autarca à data da apresentação do projecto.
Os trabalhos vão começar na Praceta Quinta do Tavares, “a qual mantém a estrutura arbórea existente”, avançando depois para “a Praça do Brasil, que recupera a função de logradouro, com novas dinâmicas e vivências que dão primazia ao usufruto público”.
Ou seja, vão ser criadas “áreas de estadia e mobiliário urbano, com estrutura verde reforçada, em que se incluem mais de duas dezenas de árvores e dois mil arbustos”.
Além disso, “a proposta municipal para a nova Praça do Brasil contempla amplas áreas de atravessamento pedonal que permitem ligações entre as avenidas da República da Guiné-Bissau e dos Ciprestes, a par de um moderno parque infantil”.
Nova escultura para lembrar estação ferroviária
“É um projecto ambicioso, com várias valências e intervenções complexas”, disse André Martins. Com esta intervenção vai ainda “avançar a qualificação da nova rotunda, a qual recebe uma escultura que retracta uma criança a brincar com uma locomotiva”.
A obra escultórica, que pretende “evocar a memória da estação ferroviária ali existente”, é da autoria do artista Ricardo Romero e será envolvida “por uma área ajardinada, com iluminação cénica”. Na apresentação do projecto em Junho, Carlos Rabaçal, vereador das Obras Municipais, explicou que “o projecto está numa fase relativamente avançada, com o procedimento de contratação pública para a empreitada a poder ir em breve a apreciação em reunião pública da Câmara Municipal”.
Ao mesmo tempo, a edilidade prepara-se para avançar “com o reperfilamento da Rua Olavo Bilac, acção ainda em fase de projecto de execução, a qual recebe um novo desenho urbano com estacionamento ordenado, mais iluminação pública e um reforçado sistema de drenagem de águas pluviais”.
O vereador das Obras Municipais explicou que “está ainda em estudo a forma de circulação nesta via”, mantendo-se, para já, “os dois sentidos de trânsito”.
