Quase metade das albufeiras do País tem menos de 40% do volume total de água, mas a nossa região é mesmo a mais afectada
A bacia hidrográfica do Sado é a que apresenta menor armazenamento de água, com apenas 20% da sua capacidade nesta altura, de acordo com o Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos.
Logo a seguir à bacia do Sado, surge a bacia do Lima (34%), como a segunda mais afectada pela seca extrema que está a flagelar o País.
A bacia do Guadiana é a que regista actualmente a maior capacidade de armazenamento 66,5%, seguindo-se a do Douro (62,5%), do Cávado (60,1%), de Mira (54,4%), do Tejo (54,1%), do Barlavento (51.3%), do Mondego (49,2%), do Ave (42,7%) e do Oeste (40,7%).
Quase metade de 60 albufeiras do País têm disponibilidades hídricas inferiores a 40% do volume total, segundo um relatório hoje divulgado, que regista uma descida da água armazenada em dez bacias hidrográficas.
“No último dia do mês de Outubro de 2017 e comparativamente ao último dia do mês anterior verificou-se um aumento do volume armazenado em duas bacias hidrográficas e uma descida em dez”, refere o Boletim de Armazenamento nas Albufeiras de Portugal Continental do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH).
O boletim refere também que, das 60 albufeiras monitorizadas, três apresentam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e 28 têm disponibilidades inferiores a 40% do volume total.
Segundo o SNIRH, os armazenamentos de outubro de 2017 por bacia hidrográfica apresentam-se inferiores às médias de armazenamento de outubro de 1990/91 a 2016/17, exceto para as bacias do Cávado/Ribeiras Costeiras, Douro e Arade.
A cada bacia hidrográfica pode corresponder mais do que uma albufeira.
Lusa