Artefactos, exposições permanentes e temporárias e arqueologia industrial mineira mostram-se em locais distintos
A história de Grândola, como bem se conhece da Revolução dos Cravos, guarda em si tesouros muito mais antigos que já faziam da cidade uma verdadeira relíquia. As Ruínas Roma[1]nas de Tróia, o Núcleo Museológico da Igreja de São Pedro e Reservas, o Museu Mineiro, parte do Centro Ciência Viva do Lousal. Fala-se apenas de três, mas longa é a lista de espaços que mostram as antiguidades grandolenses.
Ruínas Romanas de Tróia
Classificadas como monumento nacional, desde 1910, as Ruínas Romanas de Tróia mostram o que era considerada a “ilha de Ácala”, assim conhecida entre os séculos I e VI. Fábricas, casas, túmulos, banhos quentes e frios, vestígios de uma ver[1]dadeira cidade antiga que ainda são alvo de investigações arqueológicas, e que todos os anos conta com novas descobertas – expostas depois em exposições, visitas guiadas e eventos temáticos.
Os horários e preçários sofrem alterações ao longo do ano. De 1 de Abril a 31 de Maio, e, de 1 de Setembro a 31 de Outubro o horário cumpre-se das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 18h00 – estando aberto de quarta–feira a sábado. Já de 1 de Junho a 31 de Agosto funciona no mesmo horário, de terça-feira a sábado. As visitas guiadas decorrem nos meses de Julho e Agosto, durante as quartas e sextas-feiras, às 10h30.
Sobre o que são os preços dos bilhetes normais estes variam dos 6 euros aos 7,5 euros (com visita guiada), os estudantes, maiores de 65 anos, caminhantes, ciclistas e grupos pagam entre os 5 euros e os 6 euros (com visita guiada), para qualquer das visitas, os menores de 12 anos entram gratuitamente.
Núcleo Museológico da Igreja de São Pedro e Reservas
Um edifício mandado construir no final do século XVI para fins religioso dá hoje lugar a um espaço museológico que acolhe as mais diversas exposições – temporárias ou permanentes – e onde se pode viajar atrás no tempo, desde a Pré-História ao século XX.
Tudo isto agrupado num só local: o Núcleo Museológico da Igreja de São Pedro e Reservas. No século XX deixou de ter função religiosa, e no ano de 1934 passou para a alçada da Câmara Municipal de Grândola, que lá construiu a primeira central eléctrica da cidade, nos edifícios anexos.
Monumentos megalíticos, necrópoles de cistas, minas, fábricas de salga, templos, ruínas e naufrágios, todos eles artefactos históricos que a arqueologia se encarregou de investigar, e que podem agora ser encontrados no espaço museológico. Para livre acesso estão as zonas da antiga nave, do altar-mor e as três salas laterais.
Com horário de funcionamento das 9h30 às 13h00 e das 14h00 às 17h00, estando encerrado aos domingos e feriados, a entrada no espaço cultural é gratuita.
Museu Mineiro (Centro Ciência Viva do Lousal)
Entre os anos de 1934 e 1992 teve uma central eléctrica responsável por fazer chegar energia ao complexo industrial mineiro do Lousal, e aos seus fregueses. No âmbito do Projecto de Revitalização e Desenvolvimento Integrado do Lousal (RELOUSAL), em 1996, foi assinado um protocolo entre a Fundação Frédéric Velge e a Associação Portuguesa de Arqueologia Industrial (APAI) para que aquele fosse o espaço do Museu Mineiro do Lousal, que viria a ser inaugurado a 20 de Maio de 2001.
Desde então que o Museu Mineiro tem função museológica de albergar o espólio documental, objectos e equipamentos sobre arqueologia industrial mineira.
No seu interior ficam por descobrir a Unidade de Produção de Electricidade, a Unidade de Produção de Ar Comprimido, a Casa do Gelo, a Casa de Saúde e a exposição permanente “Modelos de Minas do século XIX – Engenhos de Exploração Mineira”.
Está em funcionamento das terças-feiras aos domingos, incluindo feriados, das 10h00 às 18h00. Os preços rondam entre os três e os quatros euros, mas podem ser consultados no site do Centro Ciência Viva do Lousal.