As gentes da “borda d’água” que trazem tradição e cultura no sangue

As gentes da “borda d’água” que trazem tradição e cultura no sangue

As gentes da “borda d’água” que trazem tradição e cultura no sangue

A vila de Alcochete orgulha-se das suas tradições e do seu passado, fazendo a transição para a cultura do presente

 

A vila de Alcochete caracteriza-se por ter vida própria, e o mesmo pode ser dito da sua agenda cultural. Nesta vila ribeirinha, a oferta cultural é variada, mas a tradição é muito vincada e está sempre presente, com os valores dos ‘antigos’ a serem transmitidos para os mais novos, sempre em prol das tradições alcochetanas.

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As festas do Barrete Verde e das Salinas são o maior evento cultural da vila de Alcochete, o verdadeiro cartaz de apresentação a todos os visitantes desta terra à beira Tejo.

 

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Sentida como a mais genuína tradição das gentes da “borda d’agua” as Festas do Barrete Verde e das Salinas têm um lugar especial no coração de cada alcochetano, mas também de muitas pessoas que não sendo de Alcochete, gostam de visitar, em particular no segundo fim-de-semana de Agosto.

 

Reconhecidas nacionalmente pelo seu carisma e tradição tauromáquica, as festas são organizadas pelo Aposento do Barrete Verde, em colaboração com a Câmara Municipal, mantendo e revitalizando ano após ano a forte tradição festiva deste povo ribeirinho.

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Anualmente, são milhares os visitantes que atraídos pela festa brava, pela fé, pela tradição e pela forma espontânea e entusiasta de receber que o povo alcochetano tem.

 

As festividades preservam na sua génese um culto religioso, muito vincado, e uma grande paixão pela tauromaquia, consolidada na homenagem a três fi guras basilares: o Campino, o Forcado e o Salineiro.

 

As Festas do Barrete Verde e das Salinas são um misto de sentimentos, emoção e diversão, onde o fado acontece em cada esquina, o flamenco ecoa por becos e vielas e onde os mais aficionados arriscam frente ao touro nas arenas improvisadas nas ruas.

 

Também a devoção a Nossa Senhora da Atalaia mantém viva em Alcochete uma tradição com mais de cinco séculos. Alicerçada nas raízes marítimas deste povo, que durante anos encontrou no Tejo a sua forma de sustento, esta festa tem sido mantida pelos marítimos ou barqueiros, que através de tradição oral, a mantiveram viva até hoje.

 

Actualmente, a Festa do Círio dos Marítimos, ou Festa da Páscoa, como também é conhecida, mobiliza muita gente, quer na sua organização, quer no número de devotos, que durante o fim de semana da Páscoa participam activamente nos rituais muito próprios que ela integra.

 

As festividades têm início no Sábado de Aleluia, prolongando-se por mais três dias numa sequência de momentos únicos de devoção e convívio, que anualmente reúnem centenas de pessoas, naquela que é a festa mais antiga de Alcochete.

 

Contudo, o momento alto da festa, tão esperado pelas gentes locais, acontece na segunda-feira, com a realização da missa na Igreja de Nossa Senhora da Atalaia, seguindo-se a procissão no adro da Igreja da Atalaia e o leilão de bandeiras e fogaças, no mesmo local.

 

Em honra de Nossa Senhora do Carmo realizam-se ainda, anualmente, as Festas Populares do Samouco, marcadas por uma componente religiosa muito forte.

 

Sensivelmente na segunda quinzena de Julho têm início as Festas Populares do Samouco, que são uma referência na região, reunindo centenas de visitantes atraídos pela diversificada panóplia de espectáculos musicais que integram a programação.

 

Em terra de aficionados não podiam faltar nas Festas Populares do Samouco as tradicionais largadas de toiros, que são vividas com muita emoção.

 

Entre espectáculos musicais, exposições, actividades desportivas e infantis, o Samouco vive nesta altura do ano momentos inesquecíveis, que só terminam com o tradicional espectáculo de pirotecnia que reúne centenas na Praia Fluvial.

 

Alcochete é uma vila que se preza muito pela tradição, tendo na tauromaquia um Património Cultural Imaterial de interesse Municipal. Ao longo da história do concelho de Alcochete a tauromaquia está presente nas tradições mais antigas e populares de uma forma tão exacerbada que não pode ser dissociada do “ser e sentir” alcochetano. É plenamente reconhecida a Festa Brava, nas suas mais diversas manifestações, como parte integrante da identidade cultural local, documentalmente referida já na segunda metade do século XV, no reinado de D. João II.

 

A ‘afición’ das gentes de Alcochete traduz-se na forma como exaltam a verdadeira essência que dá forma e cor à Festa Brava, bem como as figuras que personificam a identidade tauromáquica.

 

Cavaleiros, campinos e forcados fazem parte da memória colectiva deste povo que se revê na bravura do Grupo de Forcados Amadores do Aposento do Barrete Verde e do Grupo de Forcados Amadores de Alcochete.

 

A paixão e cultura tauromáquica são ainda transmitidas a todas as pessoas que visitam Alcochete em momentos festivos, nomeadamente nas Festas do Barrete Verde e das Salinas, nas Festas Populares do Samouco e nas Festas de Confraternização Camponesa de São Francisco.

 

O Aposento do Barrete Verde apresenta-se com um dos locais de visita obrigatória para quem visita Alcochete. Entidade que anualmente organiza as Festas do Barrete Verde e das Salinas, o aposento faz parte da história, da tradição, da identidade da vila e das gentes ribeirinhas. Local de reunião de associados e amigos, o Aposento do Barrete Verde é uma associação onde se respira a tradição tauromáquica e se compartilham momentos de convívio.

 

No interior do Aposento do Barrete Verde destaca-se o Museu Taurino, espaço que enaltece o toureio a cavalo, a arte de pegar toiros e a campinagem, sem esquecer a salicultura, e que também é de homenagem ao cavaleiro tauromáquico Samuel Lupi, aliás é essa mesma a sua designação – Museu Taurino Samuel Lupi.

 

Aquando das obras efectuadas no edifício no início da década de 60 do século XX, foram criadas as três salas museu que evocam as figuras do Salineiro, do Forcado e do Cavaleiro.

 

Além da tauromaquia, Alcochete também tem um vasto programa cultural, que tem três espaços que promovem a cultura do concelho, sendo eles a Biblioteca de Alcochete, o Museu Municipal de Alcochete e o Fórum Cultural de Alcochete.

 

Quanto à programação anual do concelho, a Biblioteca de Alcochete, mensalmente dinamiza várias actividades, entre elas a Oficina de Escrita Criativa (dirigida a público adulto), Tinóni dos livros (actividades de animação da leitura que decorrem nos Hospitais Garcia de Orta e Distrital Barreiro Montijo), Projecto Conto Contigo, de literacia familiar e em saúde com os seguintes parceiros: Agrupamento de Escolas de Alcochete, Arco Ribeirinho – Centro de Saúde, Fundação Aga Khan Portugal) dirige-se às famílias dos alunos do ensino pré-escolar), Serviço educativo com actividades que contemplam a mediação, narração e a escrita dirigidas aos alunos desde o ensino pré-escolar ao ensino secundário), e ainda a programação por ano lectivo, que é feita em articulação com as bibliotecas escolares do Agrupamento de Escolas de Alcochete.

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