Álbum “Amor Urbano” na base do concerto que incluiu os grandes êxitos dos 25 anos de carreira do músico
O programa musical da Feira de Sant’Iago deixou o dia 25 para João Pedro Pais brilhar no palco principal em Setúbal. Com um novo álbum editado recentemente, João Pedro Pais é um dos nomes que mais consenso reúne, no panorama da música portuguesa.
Cantor, compositor, João Pedro Pais está com 25 anos de carreira e uma discografia vasta, coerente e recheada de temas de sucesso. Ao vivo transmite uma energia associada a um talento único, com uma viagem pelo seu presente e futuro, sem esquecer o passado que o trouxe até aos dias de hoje.
Logo ao primeiro álbum, “Segredos”, no final de 1997, dois temas ficariam para sempre ligados ao seu autor: “Ninguém (é de ninguém)” e “Louco por ti”. A par das vendas, o número de concertos começa a ser grande e cerca de dois anos depois, a consolidação no panorama pop/ rock português, surge com “Outra vez”, álbum que inclui mais um clássico (até hoje): “Mentira”, além de nomeações para os Globos de Ouro.
O álbum seguinte, “Falar por sinais”, abre-lhe as fronteiras e é convidado para fazer a primeira parte da tour ibérica de Bryan Adams, que resultou numa serie de concertos esgotados em várias cidades dos dois lados da fronteira.
Em 2004, é convidado do primeiro Rock in Rio, edita o seu quarto álbum, “Tudo bem” e escreve “Fado de Pessoa” para Ana Moura. Dois anos mais tarde, João Pedro Pais apresenta-se ao lado de Mafalda Veiga, no projeto “Lado a Lado”, um concerto no Olga Cadaval em Sintra, que resultaria num álbum ao vivo e numa tour pelo país, que terminou com os coliseus, de Lisboa e Porto, esgotados.
“A Palma e a Mão”, disco de 2008, reúne nomes como Pedro Abrunhosa, Jorge Palma e Zé Pedro, dos Xutos & Pontapés, e mais um tema para ficar, “Um volto já”, que foi o ponto de partida para uma extensa tour pelo país, que terminaria em grandes novamente nos coliseus de Lisboa e Porto.
Dois anos mais tarde regressa ao palco maior do Rock in Rio e edita um disco ao vivo gravado no Coliseu de Lisboa, transformado em Disco de Platina. Concertos por todo e país, são uma constante e o álbum “Desassossego”, em 2012, reforça o caminho que, atinge um momento alto, já em 2013, com um grande concerto acústico no CCB em Lisboa.
Em 2015 vai a Londres gravar o seu álbum “Identidade”, rodeando-se de grandes nomes internacionais como Keith Scott (Bryan Adams), Ian Thomas (Seal, Sting, Eric Clapton) e o incontornável Luís Jardim que, além de tocar baixo, produziu o disco.
A tour estende-se ao longo do ano seguinte com grandes concertos, dos quais João Pedro Pais destaca o Meo Sudoeste, Cascais, Corroios e Grândola. Vinte anos depois do primeiro disco, uma colectânea com 18 dos seus sucessos, integram o álbum “João Pedro Pais 20 anos”, que incluiria ainda dois originais.
A tour prolonga-se ao longo de mais de um ano, passando pela Casa da Música, no Porto e pelo Coliseu de Lisboa, onde esgota duas noites. O oitavo disco de originais, “Confidências”, surgiu em finais de 2019 e deixou antever um grande êxito, dado que entrou directamente para o primeiro lugar de vendas e esgotou as duas apresentações oficiais: Altice Forum Braga e Tivoli BBVA em Lisboa.
A pandemia alterou tudo e João Pedro Pais só conseguiu retomar, mas em grande, no final de 2021, com um Campo Pequeno e uma Super Bock Arena, no Porto, esgotados.
O ano de 2022 foi tempo de novo álbum, “Amor Urbano”, que serve de base à tour que percorre o País e que chegou esta semana a Setúbal, à Feira de Sant’Iago, num concerto que foi, sem dúvida, contagiante.
Opinião Musical