26 Junho 2024, Quarta-feira

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Sapador de Setúbal agredido não vai apresentar queixa mas quer pedido de desculpa

Sapador de Setúbal agredido não vai apresentar queixa mas quer pedido de desculpa

Sapador de Setúbal agredido não vai apresentar queixa mas quer pedido de desculpa

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Nuno Sousa conta ter sido “sovado a murros e pontapés” por desempenhar funções no Serviço Municipal de Protecção Civil.

 

Nuno Sousa, o bombeiro sapador de Setúbal agredido esta quinta-feira no quartel, foi suturado no Hospital de São Bernardo a um golpe no sobrolho e teve alta ainda durante o dia de ontem.

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O bombeiro, que integra o Serviço Municipal de Protecção Civil, diz que não vai apresentar queixa-crime, mas considera que deve existir um pedido de desculpa por parte dos colegas. A Polícia de Segurança Pública foi chamada ao local, mas não identificou ninguém. 

“Estava a regressar do almoço e fui apupado pelos colegas, que se manifestavam e fiz um esgar que eles consideraram como um assobio contra eles. Fui para dentro do gabinete e entraram logo uns dez para me agredir, nem sequer me ouviram, fui sovado a murros e pontapés e atiraram o monitor do computador contra mim”, conta.

O bombeiro sapador diz ter sido agredido por ser elemento mais próximo do comandante e do presidente da autarquia. Nuno Sousa explica que os seus colegas o imaginavam como o presidente da câmara ou o comandante da corporação por desempenhar funções no Serviço Municipal de Protecção Civil.

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Acrescenta que tentou explicar aos colegas que também ele sofreu cortes no ordenado como todos, mas ainda assim foi agredido. Por isso quer um pedido de desculpa. 

O bombeiro foi contactado pela PSP quando estava no hospital, tendo sido informado de que podia apresentar uma queixa no espaço de seis meses. Nuno Sousa já decidiu. “Não quero ir para a justiça porque não vejo qualquer benefício nisso, mas fui agredido sem justificação, também fiquei como eles sem subsídio de turno e passo dificuldades, mas não me ouviram quando me agrediram e peço agora um pedido de desculpa”. 

Na génese da animosidade contra o bombeiro está o tornar público do seu recibo de vencimento há cerca de um mês. Nuno Sousa apresentou queixa na Polícia Judiciária de Setúbal pela forma como o documento foi tornado público. 

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A Câmara Municipal de Setúbal deixou de pagar o subsídio de turno e as horas extraordinárias aos Sapadores de Setúbal por ter concluído que esse pagamento é proibido por lei.

Os bombeiros sapadores, em protesto contra a decisão da autarquia, pousaram nos últimos dois dias os capacetes no chão, deixaram as viaturas à entrada e juntaram-se às dezenas à porta do quartel para mostrar o seu descontentamento.

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