“Com o budget mais baixo do campeonato a manutenção é o principal objectivo”

“Com o budget mais baixo do campeonato a manutenção é o principal objectivo”

“Com o budget mais baixo do campeonato a manutenção é o principal objectivo”

O plantel ainda está em construção mas o treinador adianta que o jogador que prefere ganhar mais 100 ou 200 euros na distrital não tem o perfil que procura.

 

 

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O Clube União Fabril, que vai disputar pela segunda vez consecutiva o Campeonato de Portugal, começou a preparar a nova época desportiva na passada segunda-feira, dia 17 de Julho, sob o comando de Jorge Prazeres que está de regresso ao clube cinco anos depois de se ter sagrado campeão distrital.

 

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De então para cá muita coisa se passou, o técnico andou por outras paragens e o clube depois de ter voltado às competições domésticas regressou aos nacionais com vontade de lá permanecer durante muito tempo. Na época passada garantiu a manutenção e esta época vai tentar fazer o mesmo numa competição que se prevê muito competitiva e ao mesmo tempo muito interessante devido à participação de outros dois históricos do distrito, o Barreirense e o Vitória FC.

 

Com o objectivo de saber como está a ser preparada a nova época e o que pensa o treinador sobre o clube e o campeonato, fomos ao encontro de Jorge Prazeres.

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Está de regresso ao Fabril onde foi feliz há cinco anos atrás. Como encontrou o clube passado este tempo?

O clube encontra-se basicamente com a mesma estrutura. A estabilidade decorre do facto do clube ter uma postura séria e cumpridora. Precisa obviamente de evoluir, algo que a direcção anterior tentou sob a forma de parceria de investimento, ou participação no capital social da SAD, aprovada em assembleia geral, mas ninguém demonstrou a idoneidade inquestionável que a direcção liderada pelo presidente Faustino Mestre entendeu ser obrigatória.

 

O que lhe pediram quando foi contratado?

O presidente quando me contactou tinha claro que ia deixar o cargo que ocupava. Procurou garantir uma equipa técnica experiente na divisão, que pudesse aportar uma mais-valia de conhecimento, em função de um budget que seguramente é o mais baixo do Campeonato de Portugal. Este valor tem como base a capacidade objectiva do clube em gerar receita ordinária. Não quis deixar uma herança financeira complicada para a actual direcção. Com a condicionante financeira referida, a manutenção numa série brutal é o objectivo primário.

 

O plantel que tem à disposição dá garantias para a realização de uma boa temporada?

O plantel ainda está em construção. Sabemos o que queremos e necessitamos de paciência e nervos de aço. Acima de tudo queremos atletas que apostem em si e no seu futuro porque somos um clube sério e cumpridor. Temos um estádio fantástico, onde dezenas de empresários e clubes procuram talento, é neste contexto que trabalhamos. O jogador que prefere ganhar mais 100 ou 200 euros na distrital, ou em clubes sem esta história e pedigree, não tem o perfil que procuramos. Esta equipa técnica e administrativa já ajudou muitos atletas a chegar ao rendimento. Se não têm fome e perderam a ilusão, não se enquadram no nosso projecto. Como diz o meu amigo Patrick Morais de Carvalho, presidente do Belenenses, nunca vi um saco de dinheiro fazer golos.

 

A planificação da pré-época como está a decorrer?

Não tendo sido a primeira opção da direcção, a planificação está aquém do ideal. A saída de 90% do plantel cria dificuldades na construção e adaptação de quem chega. Era preferível ter ficado com a espinha dorsal do plantel anterior mas a decisão foi de rotura e o fim de ciclo de um grupo. Vamos ter que lidar e montar uma nova família. Esses são os valores fundamentais. Se analisarmos os plantéis das equipas que subiram na época passada, não eram candidatos teóricos mas sim grupos que quiseram mais, foram família. O Fabril tem de seguir esse caminho. Teremos que fazer o mais rapidamente possível um grupo coeso onde a equipa seja maior que individualidade.

 

O Campeonato de Portugal não é novidade para si. Com que objectivo o Fabril vai entrar na competição?

O Fabril só pode jogar um jogo de cada vez. Irá lutar por cada ponto, porque no fim, todos, e cada um, vão fazer a diferença.

 

Quer deixar alguma mensagem aos adeptos?

Aos adeptos peço para terem a coragem e a percepção que Roma e Pavia não se fizeram num dia. Vai haver gente jovem e com ela erros, certamente. A nova direcção está a fazer o que pode para aportar mais meios financeiros que nos permitam ser mais competitivos numa série onde existem orçamentos seis vezes superiores. Vamos a jogo para dar o nosso melhor. Vamos ter um arranque difícil, mas juntos [sócios, direcção e plantel] vamos atingir os nossos objectivos.

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